Devido à aproximação do evento
"Pinhal Rock Music Festival 2012" a ser realizado em 11 de agosto
próximo em Espírito Santo do Pinhal/SP com a participação do SLASHER (além de
TORTURE SQUAD, SHADOWSIDE, SALÁRIO MÍNIMO, BARBÁRIA, HELLISH
WAR, LOTHLÖRYEN, DESECRATED SPHERE, HALLOWED, WOLFPACK e FILARMÔNICA CARDEAL
LEME) estou re-publicando uma resenha recente que fiz sobre o mais recente
álbum do SLASHER no site do meu amigo Fernando Jr., o Rock On Stage (www.rockonstage.org).
Em tempo, tanto a TOCA DO SHARK quanto o ROCK ON STAGE apóiam o "Pinhal
Rock Music Festival 2012"!
Há muitos anos que acompanho de perto (ou
de dentro) a cena Rocker da região da Baixa Mogiana ( Mogi-Guaçú, Mogi
Mirim, Itapira, Aguaí, etc...) e em mais de uma década esta é a primeira banda
que sinto que realmente é profissional e encara a dita cena underground com
seriedade nesta região.
Formada por um time que está junto desde o
começo da década passada, mas que teve aí um intervalo nos trabalhos de uns
bons anos desde a época em que respondiam pela alcunha de Manthus, o Slasher é formado por Daniel Macedo nos vocais, Alyson Taddei na bateria, Lucas Bagatella (responsável pelo encarte do cd) e Lúcio Nunes nas guitarras e Wellington Clemente no baixo - veterano
das antigas e comumente conhecido como ‘Vomitão’ - a banda chega agora ao seu debut, onde eles
estão apresentando por completo o trabalho de qualidade que foi antecipado em
2009 na demo Broken Faith,
já à época com muita qualidade. A produção é assinada por Ricardo Piccoli e os membros da banda enquanto
que a gravação e mixagem é um trabalho de Nivaldo
Junior ( Boka ), Sylvio Scarpeline e Mayara Alves.
Após
a breve introdução instrumental de Skeptic, a banda vem com a faca nos dentes e o pé na porta
com World’s Demise, uma faixa que transborda violência e Thrash Metal. Hate começa com uma linha de baixo que tem
uma certa semelhança com o riff inicial de Eu Quero Ver o Oco! do saudoso Raimundos, mas isso é só um
aparte que o seu amigo aqui pescou, nada que comprometa este grande som que
descamba para um thrashão infernal, desenfreado e até meio insano, o que
também pode ser notado na faixa seguinte que dá nome ao disco e também dá
destaque ao batera Alyson Taddei que a cada beat prova ser um exímio baterista.
Em Enemy
Of Reality Daniel vem com ‘sangue nos zóio’ bradando uma ode à liberdade
própria. Já Till the End começa diferente, lenta, densa e
até melódica , mas dura poucos segundos até o ‘coro
comer’ de novo. Linha de
vocais limpas permeiam no refrão dando outro toque de diferença nela, de longe
uma das mais intrincadas e difíceis do play.
Broken Faith é um clássico da banda, que dava nome
ao EP de 2009 e desde então vem sendo o cartão de visita da banda nos palcos.
Um dos grandes destaques deste disco é a capa ( assinada pelo designer francês Stan W-D ) e a arte gráfica muito bem
desenhada e caprichadíssima, o que espelha a dedicação da banda ao seu
trabalho.A dupla de guitarristas Lucas e Lúcio também merecem os parabéns pelas composições e execuções perfeitas e dignas de nota. Já o baixista e compositor Wellington ‘Vomitão’ é uma lenda itapirense, multiinstrumentista já passou pela linha de frente de várias bandas aqui na região desde o fim dos anos 80, o que reflete na ficha técnica da banda, onde nota-se que ele participou da composição de 10 das 11 faixas do play, e seu talento culmina na penúltima faixa do disco, Tormento ou Paz, única faixa em português do disco, mostra as influências punks da banda resultando num puta Crossover de letra contundente e refrão cativante. O fim não poderia ser melhor, Time To Rise me lembrou um pouco de Venom dos discos Ressurrection e Metal Black na parte instrumental, mas é só a minha opinião. Em resumo, um disco nota 10.
Faixas:
01 - Skeptic
02 - World’s Demise
03 - Hate
04 - Pray For The Dead
05 - Enemy Of Reality
06 - ‘Till The End
07 - Broken Faith
08 - Lifeless
09 - Art Of War
10 - Tormento Ou Paz
11 - Time To Rise
(texto originalmente publicado
em www.rockonstage.org)