domingo, 16 de fevereiro de 2014



BANDA: ELECTRIC AGE
DISCO: “Good Times Are Coming” (EP)
ANO: 2013

FAIXAS:
1 – Rise
2 – Snake Eater
3 – Echoes of Insanity
4 – All Night Long
5 – Dreamer
6 – Good Times Are Coming

  Essa banda, que foi destaque no final do ano passado por ser escolhida no concurso do mega-festival Monsters of Rock para abrir a programação do dia clássico do festival, está sendo uma das gratas surpresas da cena atual. Sim, pois ela é mais uma prova de que não precisa fazer som extremo nem ter vocais guturais pra fazer um trabalho de destaque na cena de som pesado brasileiro.
  O ELECTRIC AGE é uma banda extremamente livre das amarras dos rótulos, praticam um som totalmente deles, mas que é declaradamente influenciado pela cena setentista e nota-se claramente umas pitadas de bandas trabalhadas daquela década mágica, tipo URIAH HEEP, DEEP PURPLE, entre outras.

  O vocalista Junior Rodrigues é um frontman de mão cheia e que tem uma garganta privilegiada e de timbre único, que dem determinadas passagens tem uma sombrinha de Michael Kiske cruzado com Dave Lee Roth. O guitarrista Luiz Felipe Cardim deixa bem claro em ‘Echoes of Insanity’ que tem feeling e técnica de sobra pra não passar despercebido por quem procura emoção e não somente técnica no instrumento. Em ‘All Night Long’, que Júnior domina com seu vocal incrível, Luiz Felipe também mostra uma veia que lembra VAN HALEN em certas passagens.
  Já o baterista Rafael Nicolau, também conhecido como ‘The Boss’, tem seu instrumento devidamente timbrado e destacado nas canções, de técnica esmerada ele toca com extremo bom gosto e ‘joga pro time’ sem deixar de provar à que veio, principalmente na última faixa ‘Good Times Are Coming’.

  Otavio Cintra que gravou o baixo também desempenhou um trabalho digno.
  Em suma, a banda veio pra mostrar todo seu potencial sem ser enfadonha ou ‘punheteira’, musicalmente falando. Não é chata, nem exagerada, é um disco pra se tocar em boas festas de Rock And Roll e os shows (que infelizmente, na ocasião do Monsters, cheguei no final podendo ver somente a última faixa, que foi ótima) devem ser uma bela festa também.
  Na faixa ‘Dreamer’ tem um teclado atmosférico que também não está creditado no release por quem foi tocado, mas lembrou várias bandas que sabiam trabalhar essas nuances, provando mais uma vez que a banda sabe muito bem em que terreno esta pisando.
  Se eu tivesse que dar uma nota a este EP, daria nota 9 de olhos fechados, mas, porque não dou 10 duma vez? Simplesmente porque 6 faixas são muito pouco pra tamanha qualidade, quero mais, logo um début completo. E que venha logo esse full-lenght!


  CONTATOS IMEDIATOS COM A BANDA EM:



sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

ANDRAGONIA - "The Challenger"


Novo single na área!
  A banda paulistana de Prog-Metal ANDRAGONIA, volta à tona com “The Challenger” novo single que tem o nome do vindouro EP que apresentará ao público a nova pegada e direcionamento da banda no ano de 2014.
  O som é um destaque, com passagens intrincadas e virtuosas, com destaques vastos às guitarras de Cauê Leitão e a voz de Raphael Dantas, que por vezes tem umas pitadas de Edu Falaschi (no ALMAH), deixando espaço também pro baixista Toni Laet brilhar.

  Completam a banda o guitarrista Thiago Larenttes e o baterista Alex Cristopher, todos exímios virtuoses em seus instrumentos.
  Mais informações vocês podem conseguir nos seguintes endereços:




segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

ANGEL - Esquecidos tanto na Terra quanto no Céu!


  Por volta do ano de 2002 comecei a tocar com um baterista brasileiro que retornava da Europa naquela época e ele me apresentou várias bandas entre elas uma antiga, chamada ANGEL da qual eu nunca tinha ouvido falar. Foi paixão à primeira ouvida e, como era radialista na época, tratei de fazer um programa especial de meia-hora do ANGEL na FM, mas, onde arrumar a biografia da banda? Internet? Sim, ou não...
  Fiquei pasmo em não encontrar NENHUM texto em português na web na ocasião, o que me levou a ler alguns raros textos em inglês e espanhol para criar meu texto pra rádio. Feito isso em 31 de Agosto de 2001 ia ao ar a edição número 36 da 'Enciclopédia do Rock' no programa Coda On Line de Mogi Guaçú/SP onde eu iria discorrer a curta trajetória do ANGEL e tocar alguns sons dos discos "On Earth As It's In Heaven" de 1977 e o ao vivo "Live Without a Net" de 1980.
3º e mais famoso disco do ANGEL "On Earth As It Is In Heaven"
  Um ano depois eu estava escrevendo pro site A Barata onde eu tinha a coluna 'Toca do Shark' (que originou este blog) e resolvi botar no ar o meu texto de rádio adaptado pra coluna, sendo assim uma espécie de 'primeiro texto em português sobre o ANGEL na net' (não sei se foi e nem me interesso nesse tipo de coisa), que foi publicado no dia 18 de Julho de 2003 e sendo posteriormente indicado pelo site Whiplash.net como dica de leitura. Ótimo, não achei que aquela banda que o meu amigo e baterista Fredd Cassiano fosse render tanto.
  11 anos depois lembrei dessa história e resolvi re-editar aquele texto e postá-lo aqui, pois, além dele estar fora do ar há anos, o ANGEL é uma banda tão legal que merece um espacinho aqui na minha Toca.
  Aproveitem, leiam, comentem, compartilhem, mas, o mais importante, corram atrás dos materiais dessa banda pois vale muito à pena.


(TEXTO ORIGINALMENTE POSTADO {com algumas ressalvas a menos} NO SITE www.abarata.com.br em 18 de Julho de 2003 na coluna 'Toca do Shark).


  O ANGEL foi formado em 1975 pelo guitarrista Punky Meadows e pelo vocalista Frank DiMino e ainda contava com Gregg Giuffria nos teclados, Mickie Jones (baixo) e Barry Brandt (bateria).

  Depois do lançamento do terceiro LP, o famoso "On Earth As It's In Heaven" (de 1977), o baixista Mickie Jones é substituído por Felix Robinson. Punky Meadows e Mickie Jones já tinham tocado juntos em outra banda chamada BUX, antes do ANGEL, com esta banda gravaram um disco no começo da década de 70, mas este disco nunca tinha sido lançado até 1976, quando o ANGEL já era considerado uma grande banda, sendo ela contratada pela Casablanca Records, gravadora essa que lançou o KISS, carro chefe do selo, as pessoas brincavam que o ANGEL era a ‘banda branca do selo’ e o KISS a ‘banda negra’, devido às vestimentas das mesmas, o KISS sempre vestido em coro e spandex preto e o ANGEL trajava sempre vestimentas espalhafatosas brancas. Neste disco você poderá encontrar a primeira versão do clássico "White Lightning" gravado depois pelo ANGEL no seu 3º play.

  O último disco de estúdio do ANGEL, "Sinful", originalmente vinha com o título de "Bad Publicity" e algumas cópias saíram da fábrica com este nome impresso na capa e no selo. Hoje uma cópia dessas deve estar valendo uma fortuna incalculável para fãs do bom e velho HARD ROCK setentista! 


  Por anos a fio o ANGEL excursionou ao lado de grandes ícones dos 70's, como o HUMBLE PIE, FRANK MARINO & MAHOGANY RUSH e LEG DIAMONDS entre outros, mas curiosamente, mesmo sendo distribuído pela mesma gravadora (Casablanca Rec.) o ANGEL nunca tocou no mesmo palco que o lendário KISS! Só que o caminho de dois membros (um de cada) dessas bandas se cruzariam no futuro! (Há aqui um pormenor, nos idos de 1976 a esposa do baterista do KISS, Peter Criss, Lydia Criss, famosa na KISStória por vários motivos, se viu sendo traída pelo seu esposo rockstar e começou um caso com o baixista do ANGEL Mickie Jones através de um dos responsáveis pelo KISS na estrada, o faz-tudo Sean Dellaney, isso tudo segundo a auto-biografia do próprio baterista que, por vezes, menospreza o baixista devido à sua banda ser menor que o KISS).

A 'Banda Branca' da Casablanca Records
  Com o fim do ANGEL em 1981, logo após o lançamento do disco ao vivo "Live Without A Net", o tecladista Gregg Giuffria montou sua própria banda chamada GIUFFRIA (com o guitarrista Craig Goldy que tocaria no ROUGH CUTT e no DIO) que chegou a lançar 2 discos nos anos 80, sem muita repercussão. Com a dissolução do GIUFFRIA em 1987, Gregg segue em frente com uma nova banda, o HOUSE OF LORDS que conquistaria um modesto respeito na cena Hard-Oitentista graças ao Aval do produtor do seu primeiro disco e dono do selo que os distribuía ($immons Records), Gene Simmons, líder do KISS que naquela época estava se metendo a produtor/empresário de bandas menores!

  Com o peso de "Mr.KISS" por trás, o HOUSE OF LORDS aguentou firme até 1993. Mas...a saga do "Anjo" continua. Em 1998 o ANGEL retorna aos palcos e estúdios com 3 membros originais, a saber: Frank DiMino (v), Gregg Giuffria(t) e o batera Barry Brandt. Para a guitarra foi recrutado Steve Blaze que tinha tocado no LILLIAN AXE nos longínquos anos 80, já que Punky Meadows resolveu não participar desta reunião por mero comodismo. Hoje Punky Meadows mora em Springfield (será que ele não anda frequentando o Bar do Moe e andando com Homer Simpson pra cima e pra baixo? Só isso poderia explicar o seu comodismo em não retornar aos palcos!). Para o baixo veio um tal de Randy Greg.
Frank DiMinno no lançamento do KISS Minigolf recentemente

Punky Meadows nos áureos anos do ANGEL
  Em 1999 saiu o fruto desta re-união do ANGEL, o CD "In The Beggining", lançado por uma gravadora do Reino Unido que também pretende lançar uma coletânea de materiais raros do ANGEL à qualquer momento!


  No dia 09 de Julho de 2001 o ANGEL abriu o segundo dia do Sweden Rock Festival daquele ano, no mesmo dia de bandas como DOKKEN, DEE SNIDER, GRAVE DIGGER, HELLOWEEN, ROSE TATTOO entre outras num dia de grande repercussão de público.

  Caso você um dia esteja fuçando em algum sebo ou loja da Galeria do Rock em SP e se deparar com um disco de uma banda com nome de balada de novela das 7 (ANGEL), compre, você sendo fã de HARD ROCK nunca irá se arrepender!






DISCOGRAFIA:

"ANGEL" (1975),
"HELLUVA BAND" (1976),
"ON EARTH AS IT'S IN HEAVEN" (1977),
"WHITE HOT" (1978),
"RADIO CONCERT" (1978),
"SINFUL" (1979),
"FOXES" (trilha sonora do filme de mesmo nome - 1980),
"LIVE WITHOUT A NET" (ao vivo - 1980),
"CAN YOU FEEL IT" (coletânea lançada somente em fita K7 - 1992),
"AN ANTHOLOGY"(col. - 1992),
"IN THE BEGGINING" (1999).





FOTOS by: Google Images

sábado, 1 de fevereiro de 2014

VINCULUM - A Nova Força Metálica Brasileira!

 
       Acaba de sair no mercado nacional o primeiro registro fonográfico da banda paraibana de Heavy Metal Tradicional VINCULUM.
  O EP "Pássaro Sem Domínio" contém 5 faixas impecáveis cantadas em bom português e de um extremo bom gosto na execução, timbragem, sonoridade (não datada) e de letras bem expressivas e claras aos ouvidos. Acabamento visual digno de nota e que nos deixa realmente felizes e satisfeitos ao saber que o brasil está produzindo mais um grande nome pro futuro.
  À seguir uma entrevista com o guitarrista Ari Sabbath revelando a origem da banda e vários outros detalhes como a visão que eles tem da cena nacional e uma pequena resenha do lançamento.
      
Ari Sabbath, Lucimario, Moisés, Jacob Wild e Eduardo Barbosa


TOCA DO SHARK : Como a banda foi montada?

ARI SABBATH: Bem, a idéia de montar a banda surgiu em 2007, ano no qual chegamos a fazer algumas reuniões, mas sem pretensão em fazer músicas autorais e tendo um tempo disponível muito reduzido, a ideia foi deixada em hibernação. Só em 2011, apenas como um mero hobby, começamos de fato a encarar a jornada de ensaios aos finais de semana e interpretar músicas de bandas como: JUDAS PRIEST, ACCEPT, SAXON, GRAVE DIGGER, DIO, OZZY OSBOURNE, etc. Nesse mesmo ano, o guitarrista Eduardo Barbosa foi convidado a fazer parte da banda, dando mais corpo e engajamento ao trabalho.
 No início de 2012 a banda foi convidada, em quatro ocasiões, a se apresentar em pequenos bares da cidade, havendo assim a necessidade de se adotar um nome. Deste modo, foi escolhido o nome provisório METAL RISING. Já em meados de julho de 2012, a banda sentiu a necessidade de compor suas próprias músicas e, diante da nova proposta musical, de mudar novamente o nome, sendo escolhido o nome VINCULUM. Como já havia certo entrosamento entre os integrantes, rapidamente surgiram cinco composições autorais e a iniciativa de gravação de um EP contendo os cinco registros.

T.S.: De onde vieram seus integrantes (ex-bandas e tals)?

ARI: O vocalista Moisés e o baixista Lucimário faziam parte, no início dos anos 90, da banda AGRESSION, uma linha musical mais voltada a um Death e Thrash Metal. O baterista Jacob Wild e o guitarrista Eduardo Barbosa, chegaram a integrar alguns projetos musicais, mas ambos nunca fizeram parte de alguma banda propriamente dita. Eu fazia parte da banda de Heavy / Doom Metal chamada ABHYMANIUM,  que não mantinha uma frequência contínua de ensaios, o que deu mais tempo hábil para me dedicar exclusivamente a apenas uma banda.

T.S.: De onde veio a ideia para o nome da banda?

ARI: A escolha do nome da banda foi um dos processos mais difíceis pra todos nós, pois teria que ser um nome sugestivo aos nossos ideais e que tivesse aceitação entre todos da banda. Daí, Luciomário Nascimento, nosso baixista sugeriu o nome VINCULUM (latinização de Vínculo), que no nosso contexto simboliza a união entre o Heavy Metal e seus seguidores nos mais variados cantos do globo.Independentemente da nação, idioma, todos nós possuímos uma só bandeira.

T.S.: As letras são totalmente realistas (às vezes até um pouco negativas) e com aquele ar libertário do Metal Tradicional. Quem compõe as letras da banda?

ARI:  As letras retratam os conflitos e ensejos dos dias atuais, que em outrora também era a proposta de bandas como BLACK SABBATH e JUDAS PRIEST. O existencialismo é um tema preponderante em nossas letras, na qual questionamos a existência do ser humano e o que ele provoca no ambiente.
 Na letra da música ‘Indecifrável Mundo’ deixamos no ar a reflexão clara desse pensamento: “...Como entender o mundo, como viver no mundo?” Na música ‘Ser Humano’ existe um trecho adaptado da obra de Friedrich Nietzsche: “...eu não sei o que quero ser, mas sei o que não quero me tornar...”. Na música ‘Pássaro Sem Domínio’ é demonstrado o desejo de liberdade no mundo caótico em que vivemos, cheio de regras e imposições sociais. Nessa música também é possível encontrar outra adaptação literária de Friedrich Nietzsche, em: “...Não há fatos eternos nem verdades absolutas...”. As três músicas acima citadas são de minha autoria (Ari Sabbath).
 Já as músicas ‘Tolo’ e ‘Olhos e Alma’, foram escritas pelo vocalista (Moisés Lima), inspiradas em experiência real, em que residindo na Líbia a trabalho, viu de perto a devastação causada por uma guerra e tudo que estava envolvido por trás de um conflito, ficando encurralado e praticamente preso naquele país. Tal episódio ficou conhecido na mídia como A Revolta Árabe.



T.S.: A capa me lembrou o clássico EP “A Ferro e Fogo” da pioneira banda HARPPIA e as canções, talvez por serem cantadas em português, nos remete àquela época mágica do Metal Nacional. Vocês se sentem influenciados pelas tradicionais bandas oitentistas que cantavam em português?

ARI: Sim, com toda certeza. As bandas daquela época foram pioneiras nesse sentido, mostraram que podiam fazer diferente de tudo que era feito na época e com isso suas letras atingir diretamente o público, que de fato não dominavam o inglês.

T.S.: Nos últimos 10 anos essa cena parece que veio numa crescente, que culminou em novembro último com o festival ‘Super Peso Brasil’ em SP, com 5 bandas pioneiras de várias partes do país. Alguns afirmam que 2014 será o Ano do Metal em Português, como vocês estão encarando toda essa agitação na cena?

ARI: Estamos encarando tudo isso com grande satisfação, sempre é bom poder contribuir com o que você gosta e somar forças com bandas pioneiras e promissoras. Fazer parte de uma banda de Metal no Brasil não é fácil e a quebra de paradigmas do tipo: se é metal, tem que ser em inglês, torna essa atividade bem mais dificultosa. Ver que a cada dia estão surgindo nomes fortes e um público maior que aposta nessa ideia, é algo gratificante para todos nós.

T.S.: Vocês, em algum momento, cogitaram cantar em inglês?

ARI: Sim, tal assunto já foi bastante discutido por nós, ocorrendo até uma divisão com maioria sendo a favor de cantar em inglês. A minoria ganhou a causa com uma simples indagação. Se mal sabemos falar português porque devemos cantar em inglês? (risos)

T.S.: Vou citar 5 grandes nomes veteranos e mais 5 da nova safra e quero que me dê suas opiniões sobre essas bandas:

STRESS: Banda desbravadora na qual todos nós curtimos por unanimidade. Temos uma música do STRESS como componente do no nosso repertório ‘Coração de Metal’.
ANTHARES: Outra importante banda dos anos 80, sendo citada como influência por parte dos integrantes.
MADE IN BRAZIL: Importante banda do Rock Nacional, sendo muito admirada por todos da banda. A música ‘Kamikaze do Rock’ faz parte do nosso repertório de show.
KAMIKAZE: Outra grande banda que curtimos bastante.
PATRULHA DO ESPAÇO: Banda que curtimos muito, mas que não foi influência direta em nosso som.
COMANDO NUCLEAR: Banda conhecida e curtida por parte dos integrantes, mas que não foi influência direta em nosso som.
CARRO BOMBA: Importante e boa banda formada nos últimos 10 anos. Muita coisa boa!
MUQUETA NA OREIA: Não faz parte de nossas influências musicais.
PROJECT 46: Não conhecemos.
MADAME SAATAN: Não faz parte de nossas influências musicais.

T.S.: Faltou algum nome que vocês gostariam de citar como influências?

ARI: Sim, vários nomes. Mas citaremos a priori: HARPPIA, CENTÚRIAS, SALÁRIO MÍNIMO, VÊNUS e SHOCK. Seguindo o critério da pergunta anterior, a banda dos últimos 10 anos que curtimos por unanimidade é o COMANDO ETÍLICO de Natal (RN).
 Como a pergunta foi voltada para as influências dentro do Metal Nacional, não citamos as bandas internacionais, as quais foram até mesmo mais influentes do que muitas das que citamos.

T.S.: Espaço final disponível para o que vocês queiram falar para o público.

ARI: A banda VINCULUM agradece a todos os leitores, em especial aos que acreditam em nosso trabalho e que de alguma maneira ajudam a fortalecer o Metal Nacional. Seja indo aos shows, comprando material das bandas etc. Sem o apoio, as coisas realmente não acontecem.   Agradeço veementemente em nome do VINCULUM, o espaço cedido pela TOCA DO SHARK, podendo assim contar um pouco de nossa trajetória. Vida longa ao Heavy Metal!!!!

SERVIÇO


ARTISTA: VINCULUM
DISCO: “Pássaro Sem Domínio”
ANO: 2013
FAIXAS:
1.   Indecifrável Mundo/
2.   Ser Humano/
3.   Pássaro Sem Domínio/
4.   Olhos e Alma/
5.   Tolo/
  Grande revelação de Campina Grande/PB, o VINCULUM é uma banda rápida e direta que pratica o mais tradicional Heavy Metal oitentista à lá SAXON, GRIM REAPER e várias outras bandas da N.W.O.B.H.M., mas, como cantam em bom (ótimo) português brasileiro, temos que admitir que as canções lembram em muito os pioneiros oitentistas como HARPPIA, INOX, STRESS entre tantos outros, isso, sem contar que a capa com o pássaro nos remete às capas do EP do HARPPIA, o clássico “A Ferro e Fogo” e também ao petardo do JUDAS PRIEST “Screaming for Veageance”.
  Com duas guitarras cortantes (à cargo dos guitarristas Ari Sabbath e Eduardo Barbosa), uma voz de timbragem única de Moisés Lima e uma cozinha tradicionalíssima (mas nunca datada) composta por Jacob Wild (bateria) e Lucimario Nascimento (baixo/vocais) a banda destrincha temas realistas como a destruição do planeta na faixa ‘Ser Humano’, angústias humanas e dúvidas infindáveis em ‘Indecifrável Mundo’, ‘Tolo’ e ‘Olhos e Alma’ e o grito libertário que sempre permeou o Heavy Metal está presente na faixa título.
  Vale destacar que, apesar de ser totalmente tradicional e oitentista no som e no visual, o VINCULUM não é aquelas bandas datadas que deixam se expelir o ranço de uma era no seu som, jamais soando moderna, eles são simplesmente e brilhantemente dosados e de extremo bom gosto em seus acordes e timbres, nada que vá salvar o mundo, mas que nos faz abrir um belo sorriso no rosto sem remorso.
  Já não é de hoje que o Brasil vem vivendo uma verdadeira ressurreição do som pesado, sincero e puro cantado em português, com a dose certa de melodia, peso, consciência e ‘pegada’, esses caras em breve mudarão a cara da cena underground que nas últimas duas décadas foram quase que completamente dominadas pelo som extremo.
  É, 2014 tá parecendo que será mesmo o ANO DO HEAVY METAL CANTADO EM PORTUGUÊS!