Em 15 anos de
atividade como entrevistador nesse mundo do Rock and Roll, seja em Rádio,
impresso ou em web, sempre dei preferência para entrevistar o artista ao vivo
(ou por telefone), com gravador em punho e vendo as expressões, sacando
‘coelhos da cartola’ durante a entrevista ( leia-se: fugindo da pauta conforme
a conversa caminha, podemos expandir o bate-papo) e tudo o mais. Mas nem sempre
é possível ou viável (fisicamente) a entrevista acontecer assim e com o advento
das redes sociais e e-mails podemos nos aproveitar dessas ferramentas on-line
para entrevistarmos artistas das mais diversas regiões geográficas do mundo.
Por tanto
passei a usar entrevistas via e-mail faz uns bons anos para não perder de
entrevistar verdadeiros artistas que valham a pena. No caso do PEDRA, fiz via
e-mail e PELA PRIMEIRA VEZ em todos esses anos o resultado (para mim) foi mais
do que satisfatório e acima da média em questão de interação. Ao receber o
e-mail de resposta da banda com todas as perguntas respondidas, comecei a ler e
acertar alguns detalhes de formatação e pontuações, mas de repente me senti
como se tivesse numa sala de ensaio ao vivo com a banda toda presente, tamanha
foi a espontaneidade e dinâmica presente nessa pauta, que na verdade, deixou de
ser uma fria pauta em preto e branco para se tornar uma das melhores
entrevistas que já fiz em 15 anos, e a melhor que fiz via e-mail.
Talvez tudo
isso seja resultado das personalidades e caráter de cada um dos envolvidos
nessa matéria, talvez seja a vontade e alegria dos artistas ou a satisfação em
responder as minhas perguntas, não sei, só acho... Um dia, ao vivo, num dos
bastidores dessa infinita estrada esburacada chamada ROCK AND ROLL BRASILEIRO
eu pergunte à eles e lhes passo a resposta... Por hora, deliciem-se com essas
perguntas e respostas e espalhem aos 4 ventos que é sim possível criar algo de
bom e real nesse meio.
Obrigado
Luiz Domingues (bx/v), Xando Zupo (g/v), Rodrigo Hid (t/v/g) e Ivan Scartezini
(bt/v) por me proporcionarem essa incrível matéria. O SHARK agradece!
PEDRA
TOCA
DO SHARK - O PEDRA se formou das cinzas da formação século XXI da PATRULHA DO
ESPAÇO que se separou em 2004 correto? Mas dessa época do primeiro disco vocês
ainda não tinham baterista, gostaria de saber como se deu essa união embrionária
dos três originais, Rodrigo Hid e Luiz Domingues que vieram da PATRULHA na
época, Xando Zupo (que também tocou na PATRULHA em 91 e mais tarde gravou
com a sua banda BIG BALLS em meados de 96) e como chegaram ao baterista Ivan
Scartezini?
LUIZ DOMINGUES - Quando eu deixei a PATRULHA DO ESPAÇO,
em setembro de 2004,
recebi o telefonema de Xando Zupo, cerca de 20 dias
depois de eu ter comunicado minha saída. Ele convidou-me para um novo projeto,
onde a ideia era fazer um trabalho mais aberto, não se limitando ao nicho do
Hard Rock e de cara essa proposta me interessou bastante, pois tenho outras
raízes, além do Rock.
Haviam outros músicos envolvidos nesse projeto embrionário, mas que acabaram não se fixando e foi aí que o Rodrigo Hid entrou, em dezembro do mesmo ano.
O baterista Alex Soares gravou o primeiro álbum, mas não havia uma sincronicidade de idéias conosco, e portanto, convidamos o Ivan Scartezini, que já era nosso velho conhecido, visto que ele fora baterista do QUARTO ELÉTRICO, banda que abriu shows da PATRULHA DO ESPAÇO várias vezes.
Haviam outros músicos envolvidos nesse projeto embrionário, mas que acabaram não se fixando e foi aí que o Rodrigo Hid entrou, em dezembro do mesmo ano.
O baterista Alex Soares gravou o primeiro álbum, mas não havia uma sincronicidade de idéias conosco, e portanto, convidamos o Ivan Scartezini, que já era nosso velho conhecido, visto que ele fora baterista do QUARTO ELÉTRICO, banda que abriu shows da PATRULHA DO ESPAÇO várias vezes.
RODRIGO HID - Em 2004, o Xando começou a ensaiar
com alguns músicos amigos para dar
início a um projeto autoral. Algumas formações
depois o Luiz ingressou no projeto (que ainda não tinha um nome), e na
seqüência fui eu quem chegou. Já com o nome PEDRA, gravamos o primeiro clipe da
música 'O Dito Popular' em 2005. Neste momento nossas músicas entram para a
programação diária da rádio 107,3 FM (Brasil 2000) em São Paulo. O primeiro
disco “Pedra” é lançado no início de 2006, com o Alex Soares como baterista
convidado. A formação definitiva fechou quando convidamos o Ivan para ingressar
na banda. Logo no primeiro ensaio, tivemos a certeza de que ele era o cara
certo para o PEDRA. Foi com esta formação que fizemos nosso primeiro show em
maio de 2006 na tradicional 'Feira de
Artes da Vila Pompéia', em São Paulo.
XANDO ZUPO - A banda foi inicialmente formada por mim após lançar pela net o ZUPO
& Z SIDES em 2003 e montar o Overdrive Studio em 2004 já com o intuito de
voltar ao formato banda. Durante uns 3 meses busquei músicos e fizemos ensaios
tentando achar a formação com melhor química. O Luiz Domingues foi uma
indicação do Marcello Schevano (CARRO BOMBA) que soube que eu estava atrás de
um baixista. A PATRULHA havia se separado e numa conversa telefônica ele me
sugeriu que ligasse para o Luiz que andava com idéia de talvez parar de
tocar e que, como todos nós sabemos, isso não poderia acontecer com um baixista
do quilate dele. O Rodrigo Hid veio dois meses após por um convite do Luiz. Nós
já havíamos gravado dois temas juntos no meu disco “Zupo & Zsides”, onde a
PATRULHA inteira participou, então eu já sabia que a química iria funcionar.
Alex Soares fez um grande trabalho no primeiro álbum e eu o conheço desde os
tempos de BIG BALLS, é um baterista excelente, mas Ivan Scartezini é a
personificação do que o baterista do PEDRA deve ser.
IVAN SCARTEZINI - Desnecessário mencionar a honra
que é para mim ser amigo e parceiro musical desses caras, num trabalho tão
ímpar como o do PEDRA. A "personificação
do que o baterista do PEDRA deve ser" seria um "Baterista Pedreiro"?
T.S.
- Qual foi a filosofia artística (se é que podemos dizer assim) que a banda definiu
para uma identidade do PEDRA no momento da sua formação?
R.H. - Nossa proposta, naquele momento e agora,
sempre foi fazer uma música livre de rótulos. Logicamente as influências
pessoais dos músicos transparecem nas composições, e o som no geral acaba sendo
enquadrado dentro de alguma vertente sonora.
L.D. - Como já mencionei de passagem, a proposta de
uma música mais aberta, trazendo elementos extra-Rock, sempre permeou a
filosofia da banda.
Portanto,
aliado ao Rock, que é a base de todos nós, temos doses generosas de Black Music
(leia-se Soul, R'n'B e o "Funk de verdade"...), MPB, Folk predominantemente,
e gotas de Jazz & Blues, em alguns aspectos.
Acrescento que mesmo no aspecto "Rock", temos múltiplas influências. Não nos limitamos ao Hard Rock setentista, mas gostamos bastante de Psicodelia, Jazz-Rock, Progressivo, Soft Rock, Country/Folk Rock etc etc. E como diz sempre o Rodrigo, numa piada interna nossa: "Tudo acaba em BEATLES!"...
Acrescento que mesmo no aspecto "Rock", temos múltiplas influências. Não nos limitamos ao Hard Rock setentista, mas gostamos bastante de Psicodelia, Jazz-Rock, Progressivo, Soft Rock, Country/Folk Rock etc etc. E como diz sempre o Rodrigo, numa piada interna nossa: "Tudo acaba em BEATLES!"...
I.S. - A maneira como nós nos expressamos
musicalmente, tocando nossos instrumentos é Rock, pela bagagem de cada um,
sempre em bandas de Rock, e por sermos apaixonados por Rock obviamente. Mas a verdade
é que todos nós sempre ouvimos e gostamos muito de música, simplesmente!
Enxergamos o PEDRA como uma banda de música. No PEDRA, instintivamente, sabemos
(ou não?), quando é preciso "aplicar"
algo que determinada canção pede, por termos escutado diversos outros estilos e
gêneros.
T.S.
- Vemos na musicalidade da banda uma grande gama de estilos que passeiam entre
o Rock Clássico, Hard Rock, Progressivo, Blues, MPB, Pop e umas pitadas de Jazz
entre outros temperos. Como vocês conseguem conectar tantas informações e sintetizar
algo tão mágico como são as músicas do PEDRA?
R.H. - Isto é algo que flui naturalmente dentro da
banda e também creio que seja um ponto muito positivo para nós.
L.D. - Acho que pelo fato de gostarmos de tantos
estilos musicais diferentes, naturalmente a nossa música adquire um colorido.
Com tais ferramentas sonoras e estéticas, fica mais fácil pintar uma tela com
grande profusão de possibilidades, no tocante às matizes.
Gostei do termo que usou :"Mágico". Se existe uma magia, é a de que conseguimos transportar essa gama enorme de influências ao trabalho, mas sem, contudo, "copiar" as idéias alheias. O som do PEDRA tem sua identidade própria, ainda que um conhecedor de música consiga detectar as nossas múltiplas influências.
Gostei do termo que usou :"Mágico". Se existe uma magia, é a de que conseguimos transportar essa gama enorme de influências ao trabalho, mas sem, contudo, "copiar" as idéias alheias. O som do PEDRA tem sua identidade própria, ainda que um conhecedor de música consiga detectar as nossas múltiplas influências.
X.Z.: O que mais une o PEDRA artisticamente é
exatamente a decisão de que com tantos estilos e músicas maravilhosas que a
história produziu e nos alimentou a cabeça e alma principalmente durante o século
XX, seria muito pouco querermos castrar essas informações em nome de qualquer
coisa que não fosse a riqueza sonora. A intensidade da banda é sempre do Rock, mas
a abrangência é muito maior e é assim que queremos estar... “Excuse us while we kiss the sky”...
Xando Zupo (guitarra/vocal) |
T.S.
- Uma das coisas que mais chamam a atenção na curta discografia da banda são as
versões
que vocês fizeram para músicas completamente lado-B da música brasileira como
foi o caso de 'Filme de Terror' que abre o segundo play "Pedra II" do
SÉRGIO SAMPAIO e a maravilhosa 'Cuide-se Bem' de GUILHERME ARANTES que foi
gravada para sair no terceiro disco da banda que nunca saiu (até agora) e
acabou sendo lançada naquela leva de singles que a banda disponibilizou pela
internet em 2010. Conte-nos mais sobre essas versões.
Rodrigo Hid: Concordo que ‘Filme de Terror’ seja
lado-B, porém discordo de ‘Cuide-se Bem’, pois esta foi um hit no Brasil, em
meados dos anos setenta. Ambas são boas releituras de músicas maravilhosas. A
versão de ‘Filme de Terror’ foi sugestão do Xando e a de ‘Cuide-se Bem’ foi
minha.
X.Z. - As versões que gravamos são menções a
algumas de nossas referências.
Funcionam
além de como uma homenagem a alguém que a gente respeite,como um:
- Olha aqui, pessoal ! Vcs conhecem isso?
Algo que deveria ser a essência de quem está na noite, apresentar sons diferentes e novos mesmo que não autorais e não ser uma Jukebox humana. Interpretar músicas e não Xerocar mecanicamente. Particularmente eu sempre adorei tocar músicas dos outros e odeio o termo "cover".
- Olha aqui, pessoal ! Vcs conhecem isso?
Algo que deveria ser a essência de quem está na noite, apresentar sons diferentes e novos mesmo que não autorais e não ser uma Jukebox humana. Interpretar músicas e não Xerocar mecanicamente. Particularmente eu sempre adorei tocar músicas dos outros e odeio o termo "cover".
I.S. - Legal ver como essas duas músicas já
funcionaram com a banda desde as primeiras passagens.
T.S.
- Ainda sobre esses singles lançados via web em 2010, foram lançados 5 ao todo:
'Só', 'Cuide-se Bem', 'Mira', 'Pra não voltar' e 'Queimada das larvas nos
Campos sem fim'. Era pra ser um disco físico ou era pra web mesmo? Afinal, após
esses singles a banda deu uma pausa precoce na carreira e ficamos sem muitas
informações sobre o ocorrido?
R.H. - Os cinco singles fariam parte do terceiro
disco da banda. Mesmo com a pausa, esta idéia permanece a mesma.
L.D. - A idéia original de 2010, era que essas
cinco canções citadas por você, e lançadas em forma de singles na internet,
servisse como avant-premiére do terceiro álbum.
Infelizmente, a banda entrou numa fase difícil, com escassez de oportunidades para se apresentar ao vivo e em condições legais, isso gerou um desgaste interno.
Quando surgiu a iniciativa da volta em 2012, o plano foi retomado, e acrescento que fora os cinco singles lançados, tínhamos três músicas gravadas a mais.
Infelizmente, a banda entrou numa fase difícil, com escassez de oportunidades para se apresentar ao vivo e em condições legais, isso gerou um desgaste interno.
Quando surgiu a iniciativa da volta em 2012, o plano foi retomado, e acrescento que fora os cinco singles lançados, tínhamos três músicas gravadas a mais.
Portanto,
com oito músicas da safra 2010, mais uma série de novas que surgiram no pós-2012,
estamos a todo vapor preparando o terceiro disco, enfim.
Luiz Domingues (baixo/voz) |
T.S. - Voltando no ano de 2007, como
surgiu a idéia da HQ desenhada por Diogo Oliveira
onde
veio encartado o disco "Pedra II"? Diga-se de passagem, uma obra
prima das artes gráficas.
R.H. - Obrigado pelo elogio. A idéia do HQ partiu
da banda e do próprio Diogo, que a executou com maestria e genialidade.
L.D. - O Diogo já havia participado de shows ao
vivo conosco, fazendo intervenções sensacionais como artista plástico. Sabíamos
de muito tempo, que ele era genial, aliás, também como músico, pois toca vários
instrumentos com maestria, sendo a guitarra, sua especialidade.
Já na época do primeiro disco, eu havia colocado a idéia de nós produzirmos fotos
Já na época do primeiro disco, eu havia colocado a idéia de nós produzirmos fotos
da banda, fazendo alusões às músicas. Isso
não é uma idéia original minha, basta
fazer uma pesquisa e rapidamente se levanta uma
série de capas nessas circunstâncias (de memória, lembro do "War
Child", do JETHRO TULL - refiro-me à contracapa; "Live Evil", do
BLACK SABBATH, "Moving Pictures", do RUSH, etc).
Mas acabou não vingando, pois demandaria um tempo para a produção, e não houve
Mas acabou não vingando, pois demandaria um tempo para a produção, e não houve
meios na época. Quando surgiu o “Pedra II”,
retomamos a idéia, só que com ilustrações, avançando, no formato HQ, e com uma
história permeando a ação, mediante o teor das letras das músicas (OK, sabemos
que o"Too Old To Rock'nRoll, Too Young to Die", do JETHRO TULL e o
"Victoria" do THE KINKS são nessa onda, mas nunca dissemos ser uma
idéia inovadora) .
Claro, só demos o mote e toda a criação ficou a cargo da criatividade do Diogo Oliveira, inclusive com a criação do personagem ‘Jefferson Messias', que virou uma espécie de eminência parda ou mascote, sei lá...
Claro, só demos o mote e toda a criação ficou a cargo da criatividade do Diogo Oliveira, inclusive com a criação do personagem ‘Jefferson Messias', que virou uma espécie de eminência parda ou mascote, sei lá...
I.S. - Diogo "Hipgnosis" Oliveira.
Capa da HQ e CD "Pedra II" by Diogo Oliveira |
T.S.
- E a parceria fechada com o ativista cultural Antonio Celso Barbieri na
criação das montagens/clipes das canções 'Projeções' e 'Longe do Chão'?
X.Z. - Conheci o Barbieri durante minha passagem
pelo HARPPIA. Ele produziu uma tour da banda em 1987 dentre várias produções de
shows de Rock nos anos 80.
Em 2007 voltamos
a nos falar pela net para uma entrevista para o site dele, “Barbieri Memórias
do Rock”, sobre essa tour (do HARPPIA em 87). Ele conheceu o trabalho do PEDRA,
gostou e produziu esses dois videos. Foram lançados em 2007. Infelizmente
tivemos discordâncias quanto à maneira como os videos foram postados nesse
período e tanto nós quanto ele retiramos os mesmos de circulação.
O tempo passou e, apesar das divergências que houveram, sempre nutrimos um respeito mútuo. Recentemente ele os postou novamente no You Tube da maneira que ambas as partes aprovam e estamos felizes que estejam de volta ao ar, pois sem dúvida são muito bons.
O tempo passou e, apesar das divergências que houveram, sempre nutrimos um respeito mútuo. Recentemente ele os postou novamente no You Tube da maneira que ambas as partes aprovam e estamos felizes que estejam de volta ao ar, pois sem dúvida são muito bons.
L.D. - Foi uma iniciativa dele, Barbieri, e claro
que curtimos muito. No caso do clipe de ‘Longe do Chão’, ele comprou os direitos
de um video experimental chamado "Android 207", de um artista
plástico e performático, chamado Paul Wittington, e o assombroso nessa
dinâmica, foi que o Barbieri teve que fazer ajustes mínimos de edição, pois o
video parecia ter sido feito sob encomenda para a música ou vice-versa.
(N.doR: Veja o clipe em http://www.tocadoshark.blogspot.com.br/2013/07/banda-pedra-longe-do-chao-2008.html)
No caso de ‘Projeções’ a criatividade do Barbieri foi a de usar as ilustrações de Diogo Oliveira.
No caso de ‘Projeções’ a criatividade do Barbieri foi a de usar as ilustrações de Diogo Oliveira.
R.H. - O vídeo de 'Longe do Chão' foi baseado na
animação “Android 207”, do artista canadense Paul Whittington. Barbieri, que
vive em Londres há 20 anos, foi um produtor muito ativo nos anos 80 no Brasil,
e foi nessa época que conheceu o Xando e o Luiz. Ele adquiriu para a banda, os
direitos de uso do vídeo em todo Brasil. A animação foi então reeditada por ele
em Londres e enviada para nós, que a recebemos de forma inesperada. Adoramos o
presente. Mas o melhor ainda estava por vir: o clipe tornou-se destaque no
"You Tube Brasil", atingindo a incrível marca de mais de 100.000
visitas em pouco mais de um mês! Na sequência ele veio com um clipe de ‘Projeções’,
baseado em uma montagem de recortes do HQ de "Pedra II".
Recorte da HQ do "Pedra II" |
T.S. - Outra parceria de vocês que eu
gostaria que fosse mencionada aqui também é com
o
músico e compositor Cézar das Mercês (lenda viva que fez parte da banda O TERÇO
no início da carreira).
L.D. - Só tenho a dizer, que para mim, é uma honra
tê-lo como parceiro do PEDRA. O Cézar é um raro exemplo de um artista que eu
admirava e que além de virar amigo, descobri que é gente boa demais. Rodrigo
Hid esclarece melhor como aconteceu a nossa aproximação.
R.H. - O Cézar é uma pessoa sensacional e um grande
músico e compositor, todos o admiramos. Nos conhecemos em 2006, e de lá pra cá
nos tornamos amigos e parceiros, estando envolvidos em diversos projetos, com
destaque para o nosso show "multimídia", realizado no Centro Cultural
Vergueiro em fevereiro de 2007. Cezinha é também nosso parceiro em duas
músicas: ‘Jefferson Messias’ do “Pedra II” e também em ‘Luz da Nova Canção’ que
fará parte do novo disco "Fuzuê".
X.Z. - Cezinha é SuperB. Simples assim.
I.S. - Monstro da Música Brasileira e um cara
demais! Ótima companhia para se tomar uma garrafinha de vinho...Tinto.
Ivan Scartezini em meados de 2009 |
T.S. - Uma curiosidade de fã. A letra da
música ‘Madalena do Rock'n'Roll’ é sobre alguém em particular ou sobre muitos
'alguéns' da dita cena do Rock Nacional?
R.H. - Kkkkk!! Ninguém em particular, e sim sobre
muitos "alguéns"... rs!
L.D. - Xando Zupo é que a escreveu, e tem sua
explicação mais precisa do que quis exprimir. De minha parte, interpreto como
uma crítica ao Ego inflado de alguns artistas, que adotam um comportamento
deselegante e inadequado, em minha opinião.
X.Z. - É tudo o que eles escreveram acima. Não é
dirigida a alguém em especial, mas teve inspiração em alguém, sim. O filme que
deu origem à série. Quem é? Não vou contar, jamais... hehehe
Todo mundo tem de se policiar sempre para não virar uma ‘Madalena do Rock'n Roll’ que alterna ego inflado e auto comiseração em alguns momentos. É preciso saber viver, não ?
Todo mundo tem de se policiar sempre para não virar uma ‘Madalena do Rock'n Roll’ que alterna ego inflado e auto comiseração em alguns momentos. É preciso saber viver, não ?
I.S. - Pô conta aí Xando.
Primeiro disco de 2006 - "Pedra" |
T.S.- Para um futuro próximo o que
podemos esperar do PEDRA?
R.H. - O disco novo, novos shows e outras novidades
que estão por vir. O PEDRA está sempre rolando...
T.S.
- Algo mais a mencionar? O espaço está aberto.
RODRIGO HID - Valeu Alexandre por você ser um
grande incentivador da cena roqueira
brasileira. Beijos e abraços pro nosso público, e
vida longa ao "Blog do WildShark".
Rodrigo Hid nas teclas |
LUIZ DOMINGUES - Alexandre, que prazer interagir
contigo nessa entrevista e compartilhar esse bate-papo com os seus leitores. Do
PEDRA, espere muita música, sempre. Apareça nos shows !
XANDO ZUPO - A volta do PEDRA se fez por ter sido
simplesmente necessário para nós,
que voltássemos a fazer as músicas. A banda gosta
de produzir música juntos. Claro que toda banda tem seus altos e baixos, mas os
motivos que fizeram a gente voltar a fazer música são tão verdadeiros como as
pessoas que a gente espera que acompanhem o trabalho. A gente tenta do fundo do
coração fazer música para quem quer ouvir música totalmente independente de
qualquer outro fator que seja agregado ou embalado com ela hoje. Não é música
para embalar alguma "atitude",
"estilo", "postura" ou qualquer coisa assim. É música
feita da melhor maneira que a gente consegue fazer e é apenas para embalar a
alma e a estrada.
Muito obrigado pelo espaço. Esperamos vê-los nos shows. Abração.
Muito obrigado pelo espaço. Esperamos vê-los nos shows. Abração.
IVAN SCARTEZINI - Fiquem espertos com O PEDRA em
seu caminho. Valeu, abração!
Contatos: http://www.pedraonline.com.br
Rodrigo Hid atacando as 6 cordas |
Matéria no Jornal da Tarde |
Vendo essa sessão de fotos dá pra se ter uma idéia do porque "tudo sempre acaba em BEATLES" hehehehe |
Rodrigo Hid, Luiz Domingues, Ivan Scartezini e Xando Zupo |
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