|
Esse foi o clima da Virada Cultural, o respeito com o público e a admiração para o artista. Aqui André Matos do VIPER se entregando ao público enquanto canta! |
E lá vamos nós
ler mais uma história que eu vivi, sim porque resenha seria muita prepotência
de um cara que saiu de casa 3 horas da madrugada de busão rumo à capital do
estado de SP sem credencial nem moral pra contar pros amigos no seu blog o que
viu, com fotos toscas de celular tiradas do meio da multidão. É isso que vocês
queridos leitores irão ler aqui, a experiência d’um cara que tá nas ‘trincheiras do Metal nacional’ desde
sempre e não é um amigo do colega do
parente de alguém que foi agraciado com a pulseirinha especial ou uma
credencial de imprensa, ok?
Se não fosse ‘a little help from my friends’, vocês
iriam ter que se contentar com as fotos mais toscas da Terra, hehehehe…
Explicado isso lá
vamos nós. A Virada Cultural desse ano era uma incógnita até o último minuto
pros amantes do Rock, afinal, o curador da Virada responsável pelo lado ROCK da
coisa, nosso querido Percy Weiss faleceu há uns 2 meses e ninguém sabia se iria
ter Rock nessa Virada e sim, teve e muito. Quisera eu poder ir no sábado pra
pegar as atrações desde o primeiro minuto, mas, como a vida é feita de escolhas
eu escolhi sacrificar o sábado em prol das atrações de Metal Nacional que iriam
dominar o Palco Rio Branco no domingo à partir das 6hs da manhã.
6 horas o KRISIUN
subiu ao palco pra começar a ‘moeção’, mas o mané aqui ainda tava dentro do
Cometão essa hora e só conseguiu pegar os últimos segundos da apresentação do
trio mais poderoso do país!
|
KORZUS |
Me restou se
preparar psicologicamente para o massacre dos veteranos do KORZUS que entraram
com o ‘pé na porta’ às 8 horas em ponto. Um show do KORZUS é sempre uma aula de
peso, talento e, acima de tudo, respeito para com o público Metal, com Marcelo
Pompeu usando o dom da oratória para mais uma vez defender os fãs de Metal e
louvá-los pelos mais de 30 anos de estrada, onde ele agradeceu a cada um ali
por amanhecer no centro velho de SP em nome do Metal. Clássicos não faltaram, ‘Pay
for Your Lies’, Agony’, ‘Correria’ e ‘Guerreiros do Metal’ se misturavam à sons
novos como a polêmica ‘Vampiro’ do último CD. Uma aula de como se deve fazer um
show de Metal e de como se deve tratar os fãs, aliás uma coisa que se repetiu o
dia todo em todos os shows.
|
Final do show do KORZUS. |
Às 10 da manhã
sem deixar a peteca cair entra em cena o VOODOOPRIEST com seu repertório
baseado no primeiro CD da banda “Mandu” que conta a história de um guerreiro
indígena brasileiro que defendeu seu território por 7 anos sozinho, território
esse que hoje se chama Piauí, tudo isso explicado detalhadamente pelo vocalista
e Vítor Rodrigues (veja vídeo https://www.youtube.com/watch?v=6-_L4xtnXY8),
também conhecido como Vitinho, ex- vocalista do TORTURE SQUAD.
|
VOODOOPRIEST |
Vitinho uma
pessoa sem igual botou o público na palma da mão com sua educação e simpatia e
com os sons ‘Warrior’, ‘Trail of Blood’ e a faixa título do play em questão fez
todo mundo bater cabeça e abrir rodas enormes de mosh-pit.
Um dos destaques
deste show e também do DR SIN e do VIPER foram os discursos em prol da
igualdade das minorias, nesse caso das raças e etnias dentro do país. Ao final
da apresentação foram atender aos fãs e vender alguns CD’s e camisetas,
distribuindo autógrafos e fotos com quem aparecesse. Nota 10!
|
Edu Nicolini (bt), Covero (g) e Vitor (v) autografando CD's "Mandu" do VOODOOPRIEST |
|
DR. SIN (Andria Busic, Ivan Busic e Eduardo Ardanuy) |
12 horas era hora
do maior nome do Hard Rock nacional pisar no palco, DR. SIN que começaram o
show com ‘Down in the Trenches’ e desfilaram vários clássicos desses mais de 20
anos de banda, como ‘Miracles’, ‘Fire’ e novos sons como a festeira ‘Saturday
Night’ e ‘We’re not Alone’. Ivan Busic ainda passou a bateria ao seu roadie
para tomar a frente do palco e cantar ‘You Really Got Me’ do KINKS na versão
VAN HALEN e se divertir um pouco enquanto agitava o público com seu carisma
inigualável. O auge final ficou por conta de ‘Futebol Mulher e Rock and Roll’
que sempre alegra todo mundo, afinal putaria move o mundo hehehehe.... (aqui um
pequeno resumo em vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=pcs1-AsgoYQ
)
|
DR. SIN com Ivan Busic cantando. |
Era hora de uma
das apresentações mais esperadas pelo público subir ao palco, VIPER, sim André
Matos incluído, que, ao lado de Pit Passarel, Felipe Machado, Guilherme Martin
e Hugo Mariútti fizeram daquela Avenida Rio Branco uma puta festa. Pra quem já
viu um show do VIPER com essa formação sabe que não é show e sim, uma reunião
de velhos amigos, uma celebração aos 30 anos de amizade
|
VIPER (Hugo Mariutti (g), Gui Martin (bt), Pit Passarell (bx/v), André Matos (v) e Felipe Machado (g-escondido) num dos momentos de descontração |
|
Pit e André divertindo a galera com Val Santos no baixo (VIPER) |
(confira mais nesse
link http://tocadoshark.blogspot.com.br/2012/09/viper-em-itapira-uma-noite-de.html
) e esse show aqui foi mais especial ainda, pois contou com a presença de
ex-integrantes da banda, como Ricardo Bocci, o último vocalista que gravou com
a banda o disco “All my Life” e também já cantou no REI LAGARTO, e Val Santos
que já tocou bateria e guitarra em outras formações do VIPER, inclusive nesse
citado disco além de integrar o TOYSHOP com Guilherme desde os anos 90.
|
VIPER com Ricardo Bocci nos vocais |
A festa
foi tamanha que em certos momentos virou Stand-Up
Comedy com André e Pit contando
piadas no microfone, zoando os moradores de um certo prédio afronte do palco
que supostamente reclamaram do barulho, Pit se complicando com piadas sobre
bordéis e igrejas entre outras peripécias ímpares como André e Pit indo pro
meio do público cantar com os fãs, sim Pit cantou ‘Rebel Maniac’ cedendo seu
baixo ao Val Santos. Ainda tivemos ‘H.R.’ com até 6 vocalistas e André fazendo backin’vocals no microfone do prato da
bateria, sim uma puta bagunça e vocalistas cantando sem microfones, enquanto
outros cantavam com 3 microfones nas mãos, Nando Machado (irmão do Felipe) no
baixo e Val cantando, Felipe Machado pulando pra todo lado e clássicos mais
clássicos, ‘Nightmare’ e ‘At Least a
Chance’ (cantadas pelo Ricardo Bocci), ‘Living for the Night’, ‘To Live Again’ entre
outros finalizando com a versão deles pra ‘We Will Rock You’ do QUEEN. Festa
igual essa será difícil de vermos de novo!
|
"♫Ev'rybody Ev'rybody...♪" Pit Passarel cantando 'Rebel Maniac' |
|
HELLARISE no 'Palco TEST' em momento milagroso! |
Nessa hora 15hs
sai correndo pra ver o HELLARISE no Palco TEST ali dois quarteirões e ainda
consegui ver uns 20 minutos do show, com uma estrutura bem menor esse palco
fazia parte do tal Dia da Música, um
evento menor que foi inserido dentro da Virada Cultural e o Palco TEST ainda
abrigou mais 24 bandas do underground como o próprio TEST, CÄTÄRRO, FIM DO
SILÊNCIO entre outros. Mesmo com pouco tempo o pessoal do HELLARISE conseguiu destrinchar alguns de seus sons como o novo single 'Darkened Flames' e o clássico 'More Mindless Violence' entre um 'pacote de bolacha voador' e 'uma garrafa de Fanta fervente'. Teve de tudo um pouco nesse show, até aleijado se curando heheheh...
|
HELLARISE |
|
Robertinho de Recife (METALMANIA) |
Voltei rapidão
pra ver o penúltimo nome do Palco Rio Branco, o renomado guitarrista Robertinho
de Recife e a nova versão da banda METALMANIA que pegou a todos de surpresa com
um repertório mega-pesado, totalmente baseado em sua guitarra ultra-rápida e
metálica ao extremo, acompanhado de um baterista que também cantava (Raphael
Sampaio), Júnior Mauro no baixo e um ser metálico à lá DAFT PUNK sem face nos
teclados e efeitos robóticos, Robertinho desfilou simpatia e carisma, aliado ao
seu talento mais do que comprovado.
|
METALMANIA |
Entre novos sons num show 80% instrumental,
ele homenageou os fãs de São Paulo dizendo que somente a Virada Cultural numa
cidade como São Paulo poderia ter um palco tão pesado como aquele por onde
passaram vários garotos talentosos onde um ‘velho como ele’ não iria ficar
botando banca, palavras do próprio que ganhou o público de assalto com seu
carisma. Ainda tocou uns clássicos como ‘Trem Fantasma’, ‘Gata’, ‘Como um
Animal’ e ‘Metal mania’, seu maior clássico metálico e fez uma justa homenagem
ao falecido curador da Virada, Percy Weiss tocando uma versão Heavy Metal para
‘Jack, o Estripador’, seu maior sucesso com o MADE IN BRAZIL, mas não encerrou
sem antes agradecer ao festival Monsters of Rock (usou a camisa do festival o
show inteiro) por ter tocado com o MANOWAR e detonar o festival Rock in Rio,
alegando que o único festival de Metal do país é o paulista e ainda teve espaço
pra uma instrumental ‘Bicho de Sete Cabeças’ do ZÉ RAMALHO e um pout-pourri de
riffs clássicos inegáveis do Metal mundial como ‘Crazy Train’, ‘Breaking the
Law’, ‘Iron Man’ e ‘The Trooper’! Mas ele não saiu do palco sem antes tocar uma
versão para ‘Metal Daze’ do MANOWAR com o baterista cantando junto com o
público, era bate cabeça pra todo lado! A maior surpresa do dia, sem dúvidas!
Também temos um resumão disponível pelo pessoal do canal Rock na Mochila do youtube, https://www.youtube.com/watch?v=8oMV11MYEEo
|
MADE IN BRAZIL (Celso e Oswaldo Vecchione) |
Pra fechar em
grande estilo essa edição e esse palco o MADE IN BRAZIL subiu ao palco com 20
minutos de atraso para fazer adequadamente seu show ‘Tributo à Cornélius Lúcifer e Percy Weiss’ que contou com
vocalistas convidados para homenagear a obra e a memória dos dois maiores
vocalistas que a banda já teve com um repertório calcado em cima dos dois
primeiros álbuns “Made in Brazil” de 1974 (com Cornélius nos vocais) e “Jack, o
Estripador” de 1976 cantado por Percy.
Para isso Oswaldo que recentemente
operou o tornozelo direito e ainda está impossibilitado de botar o pé no chão recebeu
uma visitinha de SERGUEI que foi lhe cumprimentar na passagem de som, e tocou a
maior parte do tempo sentado. Começou o show cantando ‘Jack, o Estripador’
chamando na sequência Dino Linardi (ex-vocal do GOLPE DE ESTADO) para cantar
‘Tudo Bem, Tudo Bom’ da fase Cornélius que na voz dele ficou muito semelhante,
estridente como tem que ser. Em seguida subiu ao palco Paulão de Carvalho
(VELHAS VIRGENS) para cantar ‘Rock de São Paulo’ e ‘Vou te Virar de Ponta
Cabeça’ da fase Percy.
|
MADE IN BRAZIL & SIMBAS |
A minha curiosidade era saber qual o Pompeu do KORZUS
iria cantar e ela foi sanada em seguida com Pompeu pedindo a bênção de Oswaldo
e interpretando a mais rápida e pesada canção do primeiro disco ‘Menina Pare de
Gritar’, sim, Pompeu fez todos gritarem essa letra que era berrada pelo
poderoso Cornélius Lúcifer. Pompeu que ficou ao lado do palco o show inteiro
acompanhado de seu filhinho Otto (o menino roubou a cena várias vezes) não saiu
do palco sem antes agradecer os irmãos Vecchione pela obra da banda dizendo que
se não fossem eles e outros tantos pioneiros ele não estaria em cima do palco
há mais de 30 anos e Oswaldo reiterou dizendo que Pompeu carrega o Metal BR nas
costas há três décadas, o que não deixa de ser verdade.
|
Marcello Pompeu (KORZUS) de volta ao palco da Virada para homenagear Cornélius Lúcifer com o MADE IN BRAZIL! |
Oswaldo retoma o
microfone para cantar ‘Paulicéia Desvairada’ e ‘Os Bons Tempos Voltaram’ que
ele disse, foi escrita enquanto ele ia para um show de RITA LEE & TUTTI
FRUTTI em 1975. E dessa época também é a amizade dele com outro convidado da
noite, o mais esperado, diga-se de passagem, Simbas (ex-CASA DAS MÁQUINAS,
TUTTI FRUTTI e INTELLIGENCE) que dominou o palco como ninguém, seu carisma, sua
destreza, seus trejeitos e principalmente sua voz deu vida à ‘Aquarela do
Brasil’, clássico de Ary Barroso que o MADE reformulou transformando-a em Rock
na voz de Cornélius no primeiro disco e ‘Anjo da Guarda’. Sim, ele serelepe
como só, ainda trocou de lugar com o backing vocals Rubão para este tomar a
frente do palco em alguns momentos.
|
Wander Mafra (t) e o MADE mostrando como se faz O Rock em Sampa city! |
|
As vozes reunidas em uma só festa! (Celso e Ziggy nas guitarras com as vozes de Simbas, Oswaldo em pé, Dino, Paulão e Pompeu) |
Os momentos finais reuniram todos os
membros da banda (completa por Celso Vecchione e Ziggy Mendonça nas guitarras,
Rick Vecchione na bateria, Otávio Bangla no sax, Ivani Venâncio backing vocals
e Wander Mafra nos teclados) e os convidados especiais para bradarem os dois
maiores hinos da história da banda, ‘Minha Vida é Rock And Roll’ e ‘Uma Banda
Made in Brazil’ que aqueles mais de 2 mil presentes cantaram à plenos pulmões.
|
Cantando em honra de Cornélius e Percy! Simbas, Oswaldo (que não aguentou ficar sentado), Dino Linardi, Paulão de Carvalho e Marcello Pompeu. |
E assim terminava
mais um belíssimo show/celebração/espetáculo apaixonado de ROQUENROU e também
findava-se mais uma Virada Cultural às 19:30 do dia 21 de junho de 2015.
Fotos toscas by ‘Me,
Myself and I Photobook co.’
Fotos decentes por parte do mestre Lincoln Baraccat, a
lenda!
|
Celso 'Kim' Vecchione e... |
|
...Ziggy Mendonça (as guitarras do MADE) |
|
Simbas e Oswaldo (com Dino ao fundo) apontando para a lenda viva das lentes, Lincoln Baraccat! |
|
KORZUS
|
|
VOODOOPRIEST |
|
VOODOOPRIEST atendendo os fãs |
|
Pit Passarell e... |
|
...André Matos se entregando ao público do VIPER
|
|
KORZUS |
|
Ivan Busic cantando e incitando a galera ( com Andria - DR. SIN)
|
|
DR. SIN
|
Obrigado. Honra participar com minhas fotos desse Blog autoral. Abrax brow
ResponderExcluirLincoln Baraccat