DISCO: “Até o Freio Estourar”
ANO: 2017
SELO: Baratos Afins (http://www.baratosafins.com.br/)
FAIXAS:
1. Filha
dos Anjos/
2. Pra
Sempre Campeão/
3. LOCO
– MOTIVA/
4. Janela
dos Tolos/
5. Ziriguidum
Blues/
6. Frágil
como o Vidro/
7. Célia/
8. O
Canto da Morte/
9. S-21
Em 2013 eu
descobri uma banda nova no melhor estilo ROQUENROU que contava com Paulão Thomaz
(na época do BARANGA) na bateria e o histórico dele ajuda, afinal, pra mim, o
Paulão Thomaz é uma espécie de ‘Midas do
Rock Pesado Brasuca’, afinal, som
que tem suas baquetas, vira ouro (vejam CENTÚRIAS, FIREBOX, BARANGA, GÜDENLAWD,
CHEAP TEQUILA, etc...) e no balcão do bar (lugar sugestivo) da casa de shows
onde iria rolar o festival “Super Peso Brasil” no mesmo ano, eu encontrei o Fábio
Maka, vocalista desta promessa, lá fiz uma rápida entrevista com ele (http://tocadoshark.blogspot.com.br/2014/01/kamboja-o-novo-ataque-sonoro-do-rock.html)
e desde então sempre foi um grande prazer acompanhar os sucessivos trabalhos
desta banda que chega agora ao seu terceiro disco cheio que, pra dar mais
moral, foi lançado pelo lendário selo Baratos Afins do Luiz Calanca, figura que
nunca lançou porcaria nesses últimos 40 anos e está investindo pesado nesse
disco novo do KAMBOJA que também conta com o excelente guitarrista Edu Moita e
o versátil baixista Edu Fiorentini.
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Maka (v), Paulão (bt), Moita (g), Edú (bx) |
Pois bem, as letras
são em bom português sobre situações notívagas, sacanas, lascivas como em ‘Filha
dos Anjos’, ‘LOCO MOTIVA’ e ‘Ziriguidum Blues’, a mais criativa pra mim, que
narra a cruza de um rockeiro nato com
uma mulata passista de escola de samba, dando uma liga poderosa, vale muito à
pena acompanhar esta letra que é uma saga das mais picantes.
Mas também temos
letras sérias como ‘Pra Sempre Campeão’, tributo da banda ao eterno herói
brasileiro Ayrton Senna, ‘Janela dos Tolos’ sobre os julgamentos virtuais aos
quais somos sujeitos todos os dias. Temos também ‘Frágil como o Vidro’ narrando
dificuldades diárias de nossas vidas e ‘Célia’ uma singela canção que
homenageia todas as grandes e lutadoras mulheres que nunca fogem às lutas impostas
pela dureza do dia-a-dia. O peso também tem espaço em ‘O Canto da Morte’ e pra
fechar o disco uma estória triste e canção tão densa quanto o tema, ‘S-21’ que
foi uma espécie de DOI-CODI do Camboja na ditadura vivida por lá nos anos 70,
hoje lá temos o Museu do Genocídio, só pra terem uma ideia.
Esse é aquele
disco que o cara só não gosta se for louco ou tiver um péssimo gosto, pois não
há meias notas nem meias palavras, é como diz o título, um trem descarrilado
pra cima da audiência. Vai KAMBOJA!
Corra atrás do seu: http://www.baratosafins.com.br
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KAMBOJA com o patrão Calanca na porta da firma Baratos Afins |
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