quarta-feira, 10 de julho de 2019

MAGNÉTICA - "Homo sapiens brasiliensis" (2017)



BANDA: MAGNÉTICA
DISCO: “Homo sapiens brasiliensis”
ANO: 2017
SELO: Independente
FAIXAS:
1.  Inflamáveis
2.  Super Aquecendo
3.  Homo sapiens brasiliensis
4.  Céu de Abril
5.  Descãonhecido
6.  Crianças
7.  Interstellar
8.  Os Magnéticos
9.  Natural
10.      Minha Hora

    Essa banda foi formada no interior paulista, na cidade de Bebedouro em 2013 com alicerces claramente calcados no Rock brasileiro dos anos 90/2000, me lembra bastante bandas como JUNK, CARRÃO D-GÁS, TIJUANA (sem a parte do pula-pula) entre outras daquela mesma geração, mas se dizem influenciados também por THE WHO, BUSH, NEIL YOUNG, STONE TEMPLE PILOTS entre outros.
    O que eu percebi é que as músicas desse disco são bem polidas, trabalhadas, estudadas a ponto de sair um disco redondinho que flerta com o Pop, aquele que deveria, mas não toca mais em lugar nenhum sabe? As FM’s tocariam facilmente esse disco 15 anos atrás, mas hoje, estão relegados ao undeground com muita bala n’agulha, muito talento e letras fortes, a faixa título por exemplo, sampleou até o hino nacional pra destrinchar aquela letra pomposa que nosso hino traz, uma crítica ácida que se espelha já na capa do disco, com um triste palhaço envolto na nossa bandeira nacional e um galão de líquido inflamável, o que remete ao primeiro som ‘Inflamáveis’, foda mesmo!

   Outros sons fodas, mas melancólicos são ‘Crianças’ onde o vocalista Elvio Trevizone deixa bem claro que tem medo da vida adulta e ‘Descãonhecido’ que, para quem já perdeu um animal de estimação que era considerado mais da família do que alguns humanos, dói no fundo da alma, uma narrativa trágica que nos pega pelo pescoço e aperta nossa respiração.
    Mas o astral volta a subir com ‘Os Magnéticos’ com uma letra cantada em cima dos riffs de Rafael Musa e Kelson Palharini (guitarras), é pra cima daquelas que nos conquista e logo estamos cantarolando junto, definitivamente um hino instantâneo.
    O disco fecha com duas faixas pesadas á lá ALICE IN CHAINS onde a bateria de Marcos Ribeiro e o baixo de Anderson Pavan destacam-se por si só. Em ‘Natural’ e ‘Minha Hora’ as letras narram as agonias de uma pessoa chegando ao fim de seus dias e assim também se encerra esse belo exemplo de como se fazer ROQUENROU, ou seja, como chamo o ROCK AND ROLL brasileiro de verdade em bom português.
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