Trombei o GANGRENA
GASOSA no festival “Armageddon Metal Fest” em Joinville/SC em Junho deste ano e
bati altos papos informais com alguns integrantes da banda na barraca de merchandising, mas após o show
avassalador que eles fizeram naquele dia (http://tocadoshark.blogspot.com/2019/06/armageddon-metal-fest-2-edicao-01062019.html
) fui entrevistá-los oficialmente na sala de imprensa, quando me deparei
com o amigo Clinger Carlos do site ‘Heavy Metal Online’ ( http://heavymetalonline.com.br/ )preparando seu
equipamento para entrevistá-los, então me sentei ali e liguei meu gravador para
ir gravando enquanto esperava minha vez, mas quando tudo terminou vi que o
Clinger tinha perguntado tudo que eu ia perguntar e até mais. Só falei que não
tinha mais nada a acrescentar e pedi autorização do mesmo para usar a sua
entrevista no meu blog, o que foi
prontamente autorizado, então está aí, esperei ele publicar as partes que ele
ia usar em suas matérias de cobertura do evento para agora liberar a entrevista
na íntegra aqui pela TOCA DO SHARK.
Agradeço a
Clinger Carlos pela liberação do conteúdo e à toda banda GANGRENA GASOSA pela
simpatia com que tratam todos, fãs, imprensa, equipe do festival, desde a turma
da limpeza até os idealizadores.
CLINGER
CARLOS: Falem sobre as impressões de vocês a respeito do
festival “Armageddon Metal Fest”, desde
a chegada de vocês aqui em Joinville até a estrutura de palco?
ÂNGELO
AREDE: Rapaz, desde lá do começo das negociações, que foram
feitas com muita antecedência, foi tudo feito de forma muito organizada, vou
passar pra Gê que cuidou das negociações, fala aí Gê.
GÊ
GAIZEU: Foi tudo maneirão, trataram a gente igual gente (risos
gerais).
C.C.:
Inclusive, numa conversa com os organizadores, eles revelaram que as
prioridades deste festival eram vocês e o RATOS DE PORÃO...
A.A.:
Faço muito gosto! Porra, sensacional, esta tudo ótimo, estrutura perfeita,
entramos no palco no horário combinado, saímos do palco no horário combinado,
translado, tudo jóia, nota 1000!
MINORU
MURAKAMI: Acho que de estrutura até agora, dos festivais que
andamos fazendo esse foi o melhor.
CC.:
Falando da volta pro sul...
AA:
Iiiisso, da volta pro sul, fizemos também o “Metal
Maniacs” também do caralho...
EDER
SANTANA: Sim, “Metal
Maniacs”, inclusive tem uma galera que está aqui hoje, falaram que já
tinham visto nosso show lá no “Metal
Maniacs” que foi outro festival do caralho, só tenho a agradecer a
consideração com a gente.
C.C.:
Vocês acham que estas bandas que estão voltando, como o SHAMAN, THE MIST, o
show de comemoração de 30 anos do “Brasil” que o RATOS DE PORÃO estão fazendo,
são boas estratégias pro Metal, para que as pessoas tenham mais interesse em ir
aos festivais e rever as bandas, conhecer outras bandas novas?
GÊ: Pô,
o disco “Brasil” é super atual, não fica velho nunca!
E.S.: É, “Brasil”
mais atual impossível!
A.A.: Eu
acho legal sim, essas bandas são importantíssimas no cenário brasileiro, que
tem essa história e obras importantes e que estão voltando aí, o caso do THE
MIST, o RATOS não pára nunca... então é tão importante quanto ter bandas novas,
mas a gente ter essa galera que tem essa relevância trazendo os clássicos pra
garotada que não viu, também é ótimo!
E.S.: É
maneiro também pra gente que curtiu o THE MIST há muito tempo e ver os caras ao
vivo agora, é um presente pros fãs.
![]() |
Com Eder Santana "Omulu" após o show |
C.C.:
Ângelo, numa entrevista lá no “Metal Maniacs”
você falou sobre Exus e ‘Povo de Rua’, como você classificaria essa definição?
Eu andei procurando algo sobre isso e não achei nada.
A.A.:
Cara, ‘Povo de Rua’ são os Exus, que fazem parte da Calunga, fazem parte das
encruzilhadas, é o povo que está ali segurando a nossa onda, é o povo da
contenção...
C.C.: E o
contexto de vocês para o próximo álbum vai continuar o mesmo?
A.A.:
Vai, vai continuar o mesmo e vai ter muito mais, se segurem aí, que vocês vão
ficar ‘boladão’ com os singles que nós vamos soltar em breve.
C.C.:
Temos visto o cenário do Metal
ultimamente rachado por causa de política, um fala uma coisa daqui e outro fala
dali, como vocês encaram isso como banda? Digo isso porque vocês entram no
palco e não tem manifesto político da parte de vocês lá em cima, mas
pessoalmente vemos que vocês tem um posicionamento.
A.A.:
Sim, é “Bolsonaro, vá tomar no cú” ele e os filhos dele. Essa corja toda aí,
esses filhos da puta, FILHO DA PUTA! FILHO DA PUTA! FILHO DA PUTA!
GÊ:
Racistas do caralho! Não xinga as putas cara, respeita as putas!
A.A.:
Não, não, não xingo, é verdade... (risos e mais risos)
(Nota do Redator:
Nesta hora a banda toda em uníssono resolveu ofender os políticos que estão no
poder e a entrevista ficou divertidamente um caos. Outra coisa: quando pedi ao
Ângelo para gravar uma vinheta para o meu programa ‘Toca do Shark’ ele me perguntou antes se eu tocava banda fascista
no programa, caso sim ele não gravaria pois não compactua com gente
preconceituosa.)
A.A.: Mas
olha, todo mundo tem direito de ter seu posicionamento, de direita, de
esquerda, só não tem direito de ser fascista, só não tem direito de ser babaca.
Até tem direito de ser babaca, mas longe de mim! Quer ser babaca, vai ser
babaca longe de mim, vai ser babaca na puta que te pariu! Bolsonaro vai tomar
no cú e é isso aí mesmo! Eu não tenho nada bonito pra falar não.
ALEX
PORTO: Tem mais uma coisa. Bolsonaro vai tomar no cú!
(Nota do Redator II:
Quer ver como foi essa parte da entrevista? Está lá no documentário que o Heavy Metal Online acaba de lançar no Youtube chamado “Fascismo no Heavy Metal
– O Mal que nos faz, Parte II” onde várias bandas dão suas opiniões de ambos os
lados da política, inclusive a GANGRENA GASOSA. Clique em https://www.youtube.com/watch?v=ZkJxS49A3sA&feature=share
)
![]() |
Minoru (g), Alex (bt), Eder (v), Ângelo (v), Gê (p) e Diego (bx) |
O GANGRENA GASOSA É
FORMADO POR:
Ângelo Arede (Zé
Pelintra) – voz
Eder Santana (Omulu) –
voz
Minoru Murakami (Exu
Caveira) – guitarra
Gê Gaizeu (Pomba Gira
Maria Mulambo) – percussão
Diego Padilha (Tranca
Rua das Almas) – baixo
Alex Porto (Exu
Tiriri) – bateria
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