Quando cheguei em Joinville/SC para a segunda edição do “Armageddon
Metal Fest” logo me deparei com uma banda furiosa no palco, com sangue de
palco mesmo, um Power trio barulhento
na melhor definição que esta palavra possa ter, era o VIOLENT CURSE de São
Bento do Sul/SC. Fiquei
tão ‘de cara’ que logo pensei, preciso entrevistar esses caras e foi o que fiz
logo em seguida, mesmo que isso tenha me custado não ver a segunda banda do
festival. Ossos do ofício à parte, a banda estava disposta na sala de imprensa
logo em seguida descer do palco em postura super profissional e tanto a TOCA DO
SHARK como os camaradas do “Heavy Metal Online” (http://heavymetalonline.com.br/) como do “Underground Extremo”
(http://www.undergroundextremo.com) tratamos de logo garantir
nossas rápidas palavras com a banda.
Então, à seguir
uma curta entrevista com a VIOLENT CURSE e uma resenha de seu primeiro EP “Total
Extermínio” lançado em 2016
TOCA DO SHARK: Como é a primeira vez que travo contato com a banda,
creio que também seja para tantos outros leitores nossos, então se vocês
puderem apresentar a banda de maneira resumida seria um bom começo.
NETO ROTHBARTH: A VIOLENT CURSE se formou em
2011 e se firmou como Power trio com
Lucas Cruz (bt), Peter Fragoso (g/v) e eu no baixo.
T.S.: Vocês praticam um Speed Metal nos antigos moldes blasfemos e virulentos dos anos 80,
uma época em que toda forma de se consumir música era diferente, existiam
revistas impressas, fanzines, LP’s,
CD’s com encartes gigantes com fotos e letras e hoje em dia é tudo bem virtual,
streaming, webradios, sites, etc...
Quais as estratégias da banda para atingir esse público atual que não ouve um
álbum inteiro?
LUCAS CRUZ: O primeiro contato nosso
com o Heavy Metal foi com tudo
impresso e formatos físicos como você bem destacou. As nossas estratégias são
produzir materiais curtos, EP’s, demos com no máximo 5 faixas, pois temos
consciência de que hoje em dia quase ninguém, nem da nossa idade, vai ouvir um
álbum de 40 minutos, tudo está muito centralizado em redes sociais e esse tipo
de coisa.
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Lucas Cruz (bateria), Peter Fragoso (guitarra e voz), Neto Rothbarth (baixo) (Foto: Elvis Lozeiko) |
PETER FRAGOSO: Sem contar que sai mais
barato o material físico com 5 faixas né? Mas sempre iremos colocar nossos
trabalhos nas mídias sociais e todas as plataformas possíveis, porque você vai
gravar em CD ou LP mas vão te perguntar se tem MP3 pra ouvir, salvo raras exceções que querem viver a essência da
coisa, pegar a capinha, os encartes pra acompanhar, mas é um mundo louco hoje
em dia, vivem e consomem o que não existe. É tudo virtual! L.C.: É uma lâmina
de dois gumes, porque facilita pra gente atingir público em qualquer parte do
país e do mundo, sem barreiras geográficas e financeiras, mas por outro lado
limita um pouco e impede a cena de crescer, porque o cara deixa de sair de casa
e ir num show, conviver com o
público, interagir num show da banda
porque se acomodou ali na casa dele curtindo tudo pela web e os shows vão
minguando. É uma questão que tem que evoluir ainda, estamos passando por um
momento de transição, enquanto isso vamos tentando atingir aquela galera que
ainda preza por valorizar as raízes do convívio Heavy Metal mesmo.
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(Foto by Kaká Gomes) |
T.S.: Quais serão as próximos passos
da banda pra esse resto de 2019?
L.C.: Acabamos de gravar um EP full, mas o que pesa sempre é o lado
financeiro, pois mesmo um EPzinho
curto sai caro pra gente gravar e produzir, mesmo assim vamos lançar e assim
que começarem os contatos fora do país iremos se jogar pra lá porque é o nosso
objetivo, temos um som muito característico e, como diz um amigo nosso de Rio
Negrinho/SC, o Metal da América
Latina deixa o Metal europeu no
chinelo. Sabemos que temos muito território pra conquistar, mas é uma coisa que
requer tempo e investimento.
P.F.: Nós temos 8 anos de estrada e
nunca largamos isso aí. Pra gente tocar em grandes festivais daqui (SC) como o ARMAGEDDON FESTIVAL é uma grande
conquista, uma puta honra que conquistamos aos trancos e barrancos, mas
chegamos até aqui e queremos ir adiante sim, tocamos no METAL MANIACS, OTACÍLIO FEST de Santa Catarina, esse estado é foda
em matéria de festivais, só festival fudido mesmo, estrutura gigante cheia de Headbangers, uma irmandade mesmo.
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(Foto: Kaká Gomes) |
Veja como foi a apresentação da banda
no citado “Armageddon Metal Fest” no link:
BANDA:
VIOLENT CURSE
DISCO:
“Total Extermínio”
ANO:
2016
SELO:
Antichrist Hooligans/ Independente
1. FAIXAS:
Submundo/
2. Ritual
Maldito/
3. Total
Extermínio/
4. Orgias
Bestiais/
5. Eterna
Prisão/
Essa eterna escola oitentista de Speed Metal
blasfemo nunca envelhece. A prova disso é o número de bandas que surgiram na
última década praticando esse estilo violento de expressão.
Aqui temos um bom exemplo vindo de Santa
Catarina, VIOLENT CURSE, formada em 2011 a banda é um Power trio formado por Peter Fragoso (guitarra/vocal), Lucas Cruz
(bateria) e Neto Rothbarth (baixo/ backing
vocals), lançaram esse EP com
cinco faixas em 2016 (paralelo a sua participação no grande festival “Maniacs Metal Meeting”) e desde então
vêem tocando no circuito underground
desde pequenos redutos até grandes festivais, sempre espalhando blasfêmias em
formato de Metal rápido e furioso,
bem na escola de veteranos como IRON ANGEL e VULCANO entre outros.
Contatos:
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