BANDA: TUPI NAMBHA
DISCO: “Invasão Alienígena”
ANO: 2016
SELO: Independente (www.tupinambha.com.br)
FAIXAS:
1. Invasão
Alienígena/
2. Antropofagia/
3. Tribo
em Guerra/
4. Tupi
Nambha/
5. Galdino
pataxó
6. Feiticeiro/
7. Ayahuasca/
Eu sempre fui um
grande entusiasta do Heavy Metal
brasileiro, quando ele é cantado em bom português eu fico mais fissurado ainda,
agora quando ele defende nossas raízes, aí é paixão mesmo, principalmente
quando a dedicação dos músicos envolvidos é tamanha ao ponto deles
desenvolverem fluência suficiente na nossa língua primária, o Tupi ao ponto da
banda escrever e cantar nesta língua, aí eu vejo que o material deve ser
louvado acima da média, principalmente por que o material é de excelente
qualidade sonora!
O TUPI NAMBHA do
Distrito Federal (Recanto das Emas/Brasília) não é a primeira e nem a única
banda a fazer isso, pelo contrário, temos aí grandes expoentes como o ARANDU
ARAKUAA e uma galera forte daquele coletivo que ficou conhecido anos atrás como
“Levante do Metal Nativo” que levam a público nossas raízes nordestinas e
indígenas, algumas chegando a cantar em línguas indígenas em uma faixa ou outra
inclusive, mas um disco todo eu só vi até agora o ARANDU ARAKUAA e o TUPI NAMBHA
aqui citado com este primeiro EP de extrema qualidade sonora, gravação de primeira,
peso do Heavy Metal e muitas
percussões tribais (nada que se chame de exagerado, diria necessárias). Falando
assim muitos lembrarão do SEPULTURA e até do ANGRA, mas aqui não vejo relações,
o trabalho desta banda é bem original e a cara deles, aliás, uma dupla de
músicos na verdade, Marcos Loiola e Rogério Delevedove desenvolveram esse baita
material todo cantado e escrito em Tupi antigo com auxílio do Tupinólogo
Eduardo de Almeida Navarro e do desenhista João Rafael que desenvolveu toda
arte esclarecedora da capa e encarte muito detalhado com a inclusão das letras.
![]() |
Marcos Loiola (v) e Rogério Delevedove (g) - TUPI NAMBHA |
Um adendo cabe
aqui. Eu gostaria de ver nos encartes também as letras em português para maior
assimilação dos temas por parte de nós reles mortais que não dominamos
vergonhosamente nosso dialeto ancestral. Mas creio que a falta de grana e
espaço impossibilitou isso à princípio, o que pode ser resolvido num futuro
lançamento.
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