sábado, 27 de outubro de 2018

MAESTRICK – Viagem sem hora nem lugar para acabar!




BANDA: MAESTRICK
DISCO: “Expresso Della Vita: Solare”
ANO: 2018
SELO: Som do Darma/ Die Hard (http://somdodarma.com.br/pt/)
FAIXAS:
1.  Origami/
2.  I A.M. Living/
3.  Rooster Race/
4.  Daily View/
5.  Water Birds
6.  Keep Trying/
7.  The Seed/
8.  Far West/
9.  Across the River/
10.      Penitência/
11.      Hijos de La Tierra/
12.      Trainsition/

    Todo mundo aí já deve ter feito uma longa viagem na vida, se não de trem (que pena que acabaram com eles, né?), de ônibus, avião, etc...
    Pois bem, uma longa viagem é uma jornada, uma aventura da qual você só tem certeza do local e horário de embarque, o que acontecerá no percurso ninguém pode prever, pessoas que por ventura você conheça no trajeto, ou depois dele, enfim, o MAESTRICK (bandáça formada há 12 anos em São Jose do Rio Preto/SP) traz neste disco novo uma proposta ousadíssima, um disco conceitual que simula uma viagem de trem de 12 horas (durante o dia, por isso o nome ‘Solare’) em que a pessoa vivencia situações da vida humana e em breve teremos a segunda parte, com mais 12 horas de vida, mas à noite, “Expresso Della Vita: Lunare”, mas isso será mais pra frente, por isso, vamos nos ater a esta primeira parte.

    Com uma sonoridade que mescla o que há de melhor em ‘Rock sensorial’, algo que por vezes te remete à obra de gigantes do progressivo como YES, E.L.P., JETHRO TULL, ASIA, passando por mestres do Hard/Heavy como QUEEN e RUSH e até umas pitadas do alien JOE SATRIANI, esse caldeirão de sonoridades te leva mesmo pra uma experiência de viagem sem aditivos químicos, somente no áudio, uma obra tão requintada, apurada, de quilate exacerbado e feeling descomunal. E não para por aí, a banda, hoje formada por Fábio Caldeira (vocal/piano), Renato Somera (baixo/vocal), Heitor Matos (bateria/percussão) e Neemias Teixeira (teclados) contaram com algumas participações especiais que deram o tempero certo para deixar esse disco com a cara de MAESTRICK e não de nenhuma de suas referências e/ou influências. A saber, a banda contou com uma orquestra/coral com cerca de 23 músicos dando corpo a parte sinfônica do álbum. Também contaram com o percussionista Fernando Freitas (professor do Projeto Guri), os instrumentistas Leonardo Almeida e Rodrigo Pimentel nas cordas do banjo, dobro e ukulele e Adair Daufembach como produtor e guitarrista. Como visto as participações não são de nenhum Rockstar famoso e sim amigos e pessoas próximas, tanto que até a avó do vocalista, Dona Rose, participou da belíssima canção ‘Penitência’ cantando angelicalmente um trecho desta canção com letra em português brasileiro/caboclo/indígena e muita musicalidade brasileira.


    A capa e o encarte são obras de arte paralelas que complementam a viagem com riqueza de detalhes, fotografias e letras, tudo obra da artista plástica Juh Leidl (também vocalista da banda campineira Threesome - http://tocadoshark.blogspot.com/2018/01/threesome-estetica-sexualmente-hard-rock.html ).
    Toda essa relevância cultural levou o MAESTRICK a rodar a Europa (atualmente) e a firmar contrato com uma major japonesa, a Marquee/Avalon e pretendem também conquistar sua terra natal, afinal, a nossa esperança, tanto de artistas, quanto de público é que o Brasil volte a ser um exportador de grandes artistas de Rock (isso já é uma realidade há décadas) e que esses artistas também tenham êxito por aqui. Pra isso façamos nossa parte e abaixo deixo links para que você aí do outro lado conheça e contribua com o legado artístico dessa banda maravilhosa chamada MAESTRICK:




sábado, 6 de outubro de 2018

GROTESQUE – Punk podrão das ruas parte II



BANDA: GROTESQUE
DISCOS: “Punk da Periferia”
ANO: 2017
SELO: Independente
FAIXAS:
1.  Brasil/
2.  Todos Iguais/
3.  Sorria/
4.  Punk da Periferia/
5.  Capitalismo/
6.  Holocausto/
7.  Esmague/
8.  Pogo no Salão/

    Desde 2013 na ativa com esta formação que conta com Tubarão Millares (vocal), Régis (baixo-ex TOXEMIA), Marlos (bateria-ex TOXEMIA, SUCO DE LIXO) e Sandro (guitarra-ex MOTORHEART, METALMAD) a banda chegou ao seu segundo disco cheio e lá vem mais 8 faixas mal-educadas do Punk Rock podrão das ruas, como eles mesmo se intitulam.
    E é isso mesmo que a banda é, vinda das ruas não há escolha em relação aos seus posicionamentos e aqui temos belíssimos exemplos do que o povo sente em relação à república em que vivemos desde 1500.
Punk Rock podrão e mal educado heheh
Sandro (g) e Tubarão (v)

    O CD já abre com ‘Brasil’ uma faixa que é o verdadeiro raio-x desse país, temos também ‘Sorria’, uma faixa divertida que relembra até a clássica canção de mesmo nome do EVALDO BRAGA. Ainda com esse clima de pogo e diversão com letra ácida temos ‘Punk da Periferia’ (essa não tem nada a ver com a do GILBERTO GIL, ok?) e ‘Pogo no Salão’.

    Um protesto contra os horrores da guerra nazista seria a faixa ‘Holocausto’ mas também espirra na letra de ‘Esmague’ que bem ataca todo tipo de preconceito. É bom aproveitarmos agora pra expelir essas opiniões sem correr o risco de prisão, pois em breve não será mais possível, aja visto o levante fascista que assolou nosso país nos últimos quatro anos.
Sandro (g), Marlos (bt), Tubarão (v), Régis (bx)
GROTESQUE
    Pra desbaratinar o texto faltou falar da segunda faixa ‘Todos Iguais’, que mostra bem como é a rotina de quem quer se sentir incluído num grupinho popularmente guiado pela moda, ah, isso existe desde sempre, mas é assim mesmo.
    Em suma, quer Punk Rock simples, direto, tosco, das ruas, panfletário e divertido? A resposta é GROTESQUE.
    Contatos: