quinta-feira, 21 de abril de 2022

MADE IN BRAZIL - ANIVERSÁRIO DE CELSO VECCHIONE, 73 ANOS DE ROCK AND ROLL

 

MADE IN BRAZIL

PICANHA DE CHERNOBILL

BOCA ROXA BLUES BAND

ROLLING PAPERS

“ANIVERSÁRIO DO CELSO VECCHIONE, 73 ANOS”

20/04/2022 – VIP BAR (ITAPIRA/SP)



     A banda MADE IN BRAZIL é uma unanimidade na história do Rock Pesado brasileiro, completando 55 anos de atividades ininterruptas a banda tocou pela segunda vez em menos de 6 meses na região da baixa mogiana, mais uma vez pelas mãos do produtor e comerciante Cleverson, da Dunda Bebidas de Mogi Mirim. Mas desta vez foi no VIP Bar em Itapira/SP para comemorarmos os 73 anos de Celso Vecchione e para essa empreitada convidaram as bandas PICANHA DE CHERNOBILL DE São Paulo, BOCA ROXA BLUES BAND de Limeira/SP e a banda itapirense ROLLING PAPERS para fechar a noite.

PICANHA DE CHERNOBILL
    Começando por volta das 21 horas a banda PICANHA DE CHERNOBILL, um trio formado por Matheus Mendes (baixo/vocal), Chico Rigo (guitarra/vocal) e Leonardo Sacramento (bateria), a banda executou um som totalmente ‘viajero’ psicodélico, pesado e talentosíssimo, muitos momentos me lembrando o BLACK SABBATH daquela pegada mais jazzística, principalmente o baterista Leonardo que até em visual me remeteu muito a Bill Ward. Um dos momentos que mais arrepiou foi próximo ao final quando em meio a uma jam emendaram o refrão de ‘Power to the People’ e JOHN LENNON.

    Logo após a banda da noite, o MADE IN BRAZIL subiu ao palco para a celebração ao Rock and Roll e ao aniversário de Celso Vecchione, aliás ver ele e seu irmão Oswaldo em atividade aos setenta e poucos anos, com cinco décadas e meia de carreira nas costas e tocarem com tanto tesão, guardadas as devidas proporções levando em conta seus problemas de saúde, é uma lição de vida inigualável!

MADE IN BRAZIL

    Acompanhados por Guilherme Ziggy Mendonça na guitarra solo, Marcelo Frissoni (que assumiu o baixo após o AVC sofrido por Oswaldo), Sol Blessa e Ivani Venâncio (backing Vocals) e os veteranos Otávio Bangla (sax) e Dimas Zaneli (bateria), os irmãos Vecchione botaram a casa abaixo com clássico atrás de clássico, começando o show logo de cara com três porradas, ‘Eu Quero Mesmo é Tocar’ (que já diz tudo ao que vieram), ‘Não Transo Mais’ e ‘Jack, O Estripador’ a banda só deu um descanso pra respirarmos com a balada ‘Os Bons Tempos Voltaram’ em que Oswaldo explica antes de cantá-la que a compôs indo para um festival onde tocariam RITA LEE & TUTTI FRUTTI entre outras bandas seminais da época. Grande letra!

BÉBA NA BATERIA


    Na sequência Oswaldo convida para subir ao palco o primeiro convidado especial da noite, Marcelo Béba para tocar bateria na faixa (infelizmente) atualíssima ‘Gasolina’ (Béba é baterista de longa data do Thrash Metal nacional, tendo feito história com a banda EXECUTER e atualmente atuando na banda JOHNNY & OS VIGARISTAZ de Rock and Roll na cidade de Amparo/SP). Seguiram a noite com o hino ‘Pauliceia Desvairada’, a homenagem ao MUDDY WATERS ‘Mexa-se Boy’ (versão para ‘Mannish Boy’) com direito a solo de sax do Bangla e Celso tocando baixo.

    Madrugada adentro, ainda tivemos a baladona ‘Amanhã é um Novo Dia’, ‘Remédio pra Dormir’ e a maravilhosa ‘Anjo da Guarda’ para então chamarem ao palco Paulão Boca Roxa para executarem o hino ‘Minha Vida é Rock and Roll’ com uma longa jam e encerrarem com a estupenda ‘Uma Banda Made in Brazil’. Que showzáço!

O Aniversariante CELSO VECCHIONE

    Após o show muita gente foi prestar suas homenagens pessoalmente a Celso Vecchione na área externa da casa lhes dando os parabéns e isso dispersou boa parte da plateia que perdeu o próximo show da noite a cargo do BOCA ROXA BLUES BAND, formada por Paulão Levy (baixo/vocal), Dédy Boy (guitarra/vocal), Evandro (teclado) e Gaspar (bateria), que com seu Rock’n’Blues debochado começou o set com ‘Trem do Pantanal’, lindíssima canção que me lembrou o BANDO DO VELHO JACK lá do MS. Depois, entre as piadas e escrachos a banda destilou seus clássicos gravados em seus dois álbuns “Picada de Cobra” de 1998 e “Ovelha Negra Graças a Deus” ao vivo de 2000. Faixas hilárias e dançantes como ‘Casquinha de Pão’, ‘Bourbon prá nóis é Pinga’ e ‘Parteira Radical’ (cantada pelo guitarrista Dédy Boy) se mesclaram às politicamente incorretas (graças a Deus) ‘Terezinha Guarujá’ e ‘Patrícia Fast Food’ e as versões Rock de ‘Blues da Pamonha’ (aquela do carro da pamonha, sabe?) e ‘Vomitaram no Trem’ (hino de qualquer recreio dos anos 80 e 90). Ainda deu tempo de apresentarem uma nova composição chamada ‘Pra Casar’ que estará no novo álbum da banda ainda sem data de lançamento e fecharam com ‘Vila Marieta’ com vocais de Dédy de novo. Uma pena que o show foi curto e o público raro, mas foi divertidíssimo e após o BOCA ROXA o restante da plateia deixou o recinto, uma falta de consideração com a banda da cidade que tocaria em seguida, mas eu não vou tentar entender os hábitos dessa plateia de Rock atualmente.

BOCA ROXA BLUES BAND

    Agradecimentos às bandas por nos proporcionar uma boa noite regada a boa música, algo que estamos gradativamente a voltar a ter após dois anos infernais devido ao COVID-19. Agradeço também ao Cleverson da Dunda Bebidas ( https://www.facebook.com/dundabebidas ) pela produção desta festa e à Carina Cossa (https://www.facebook.com/artesdacarinacossa ) pelas fotos, pois eu sempre fui uma negação em tirar fotos, quem acompanha com atenção esse blog sabe bem disso rssss....





















A banda toda prestando tributos ao aniversariante