domingo, 19 de abril de 2020

FABIANO NEGRI – 25 ANOS DE MÚSICA PURA



ARTISTA: FABIANO NEGRI
DISCO: “The Fool’s Path”
ANO: 2020
FAIXAS:
1.  Voiceless/
2.  The Wicked/
3.  The Las Man on Earth/
4.  Blind Superman/
5.  Lies Behind the Mask/
6.  No One Gets Here Alive/
7.  Changing Times/
8.  The Fool’s Path/
9.  Cursed Artist/
10.      Dying City/
    Aqui temos o novo álbum solo do vocalista e multi-instrumentista FABIANO NEGRI, com 25 anos de carreira, das quais mais de 10 foram dedicadas ao grupo de Hard Rock de Campinas/SP REI LAGARTO (onde ele atendia sob o pseudônimo de David Pop).
    Entre suas antigas bandas e carreira solo já lançou 29 álbuns e este “The Fool’s Path” é o trigésimo, traz uma capa impressionante desdenhada pelo artista Emerson Penerari e que mostra ‘o tolo no cume da montanha’ isolado como um Dom Quixote errante sem ninguém o acompanhando além do fiel cãozinho que me remeteu ao Milu, fiel companheiro de Tintin (famoso personagem de quadrinhos criado pelo belga Hergé em 1929). Voltando ao disco, ele gravou praticamente tudo sozinho, com uma mãozinha Cesar Pinheiro (bateria) e Ricardo Palma (baixo, masterização e mixagem).
    Tem momentos de peso absurdo aliados a melodias intrincadas como em ‘No One Gets Here Alive’, onde sua voz por vezes me lembrou Derek Dick, mais conhecido como FISH (ex-MARILLION), mas temos também destaques para ‘Blind Superman’, delicada e melancólica como já entrega o título e ‘Lies Behind the Mask’ que mescla o Hardão com vocal altíssimo à passagens de Free-Jazz.
    ‘Changing Times’ traz os vocais melodiosos dos tempos de David Pop aliado à suas influências de ELTON JOHN e FISH com uma guitarra linda e baladeira chorando bonito no solo emoldurado por uma das letras mais profundas e verdadeiras que se possa encontrar na obra.
    ‘Cursed Artist’ é uma leve canção que traz uma letra pesadíssima sobre a realidade de qualquer artista de verdade que não foi corrompido e nem patrocinado, o ‘maldito artista’.
    Fechando o álbum gloriosamente temos ‘Dying City’, uma espécie de despedida em que ele encarna aquele vocalista que eu conheci e me acostumei nos anos de REI LAGARTO, o David Pop (ainda canta muito!).

    O álbum (que perigas ser o último de sua carreira) traz inúmeras nuances e novidades, inúmeros bons momentos que você não encontrará nas ondas do rádio, nem desfilando na sua timeline, então deixa de ser engessado e se mexa, vá atrás, pois os tempos mudaram, se antes o artista ia aonde o povo estava agora se o povo quiser um artista de verdade, vai ter que procurar, e nem é tão difícil assim, afinal a web tá aí, pro bem e pro mal e agradeçam que ainda existem pessoas como nós, bloggers, radialistas de web, produtores de conteúdo digital no Youtube, Intagram e o caralhoaquatro que ainda espalha essas boas novas, senão, você estaria ferrado sendo manipulado pelos spotify e ‘aleatórios’ do youtube da vida onde você, apesar da diversidade, só ouve sempre o ‘mais do mesmo’.
Contatos:
Telefone: (19) 99994-1769

quarta-feira, 15 de abril de 2020

PORTRAIT ONE – A VOLTA DO METAL CLASSICO!





BANDA: PORTRAIT ONE
DISCO: “Time”

SELO: Die HardRecords (www.diehard.com.br)
FAIXAS:
1.  Lord of Time/
2.  Great Maker/
3.  I Believe/
4.  Prison
5.  Dèjá Vu/
6.  Thorns on the Way/
7.  Liberty/
8.  Voices/
9.  Pharisee/

10.     Shadows and Doubts/

11.     Mask/

    O PORTRAIT é uma banda veterana no Heavy Metal
brasileiro. Formada em São Paulo no ano de 1989 pelos guitarristas Theo Lima e Rinaldo Zupelli, a banda atravessou os anos 90 fazendo um som à lá BLIND GUARDIAN com muita propriedade e aquela sonoridade brilhante dos anos 90. Foram um dos grandes nomes que marcaram aquela geração dos festivais Brazil Metal Union e passaram por diversas trocas de integrantes, o que acabou atrapalhando a trajetória da banda, que agora, completando 30 anos de estrada lançaram o novo álbum “Time” com a mesma maestria que lhes é peculiar desde sempre. Atualmente formada pelos dois fundadores já citados e mais Alexandre Lofiego (teclados), Emerson Barcos (baixo), Marcelo Rocha (bateria) e Ricardo Cassal (vocais, ex-DESTRA) a banda nos apresenta 11 faixas incríveis, a começar pelo single ‘I Believe’, um Heavy Metal aceleradíssimo e épico por natureza, com tecladeira absurda, vocais gigantes e guitarras cortantes sobre uma base aceleradíssima de baixo/bateria!


    Destaco outras como ‘Thorns on the Way’, minha predileta, já chegam na velocidade como um hino de invasão. O começo me remeteu aos grandes alemães dos anos 90 como RUNNING WILD, GRAVE DIGGER e os já citados BLIND GUARDIAN, mas tem um diferencial de riffs pelo meio que imprimem a identidade da banda brasileira quando, eis que surge outra rifferama de teclados que me jogou lá nos anos 70, totalmente influenciados por EMERSON, LAKE & PALMER!
    Em ‘Pharisee’ a bateria chega arrombando a porta e entrega um som bem cadenciado com guitarronas gordas e vocais, como
sempre, bem encaixados, sem exageros!
    ‘Mask’ derrama tantas influências no seu colo que você fica maluco com tantas nuances tão bem costuradas numa canção épica como essa que encerra o álbum com 6 minutos de extremo bom gosto sem cair nas armadilhas maçantes que o estilo pode
desencadear.
    Enfim, vou parar por aqui e deixar para vocês definirem se “Time” é ou não um dos novos clássicos do Metal nacional. E se você gosta de Heavy Metal clássico e não se assimilar com essa peça de arte lapidada, você tá com sérios problemas!
    Confira sem medo de ser feliz: