terça-feira, 25 de maio de 2021

“Pandemia, a nova Ópera-Rock da DORSAL ATLÂNTICA”

 


BANDA: DORSAL ATLÂNTICA

ÁLBUM: “Pandemia”

ANO: 2021

SELO: Die Hard Records (www.diehard.com.br)

FAIXAS:

1.  Pandemia/

2.  Burro/

3.  Cães/

4.  Pobre de Direita/

5.  Combaterei/

6.  Gorilas (No Passarán)/

7.  Infectados (Teocracia e Narco-Estado)/

8.  Povo (Inocente ou Culpado?)/

9.  Resistência (Não Resiste)/

10.      Terra Arrasada (Escuridão que Nunca Acaba)/

11.      Número 28/

 

    Enfim um dos álbuns, senão o álbum mais esperado do Heavy Metal brasileiros nos últimos anos está finalmente nas mãos, ouvidos e cabeças pensantes dos fãs!

    “Pandemia” é o novo álbum da DORSAL ATLÂNTICA que nos brindou com uma verdadeira Ópera-Rock, um álbum conceitual e extremamente atual (infelizmente). O disco foi todo financiado pelos fãs interessados num novo disco da banda, mesmo sem saber qual tema seria abordado, mas plenamente conscientes da qualidade acima da média em se tratando de lírica e sonoridade.

    “Pandemia” é dedicado à vereadora carioca Marielle Franco assassinada covardemente em 2018 e também homenageia dois ex bateristas da banda, Américo Mortágua (falecido em 2018) que gravou o mais recente álbum da banda “Canudos” além de ter gravado em outras duas bandas do Carlos Lopes, MUSTANG  e USINA LE BLOND e Roberto ‘Tatá’ que foi o baterista do primeiro show da banda e veio a falecer em janeiro deste ano.

    Segundo o próprio Carlos Lopes (fundador, mentor, guitarrista e vocalista da banda) a sinopse do álbum é esta que segue abaixo:

    “Em Brazilândia, a sociedade é dividida entre 3 etnias: os equinos que governam, o povo canino e os símios militares. Um jumento é eleito como Primeiro Ministro através de um golpe dado com o judiciário e os generais gorilas. O novo governo infecta a população com o vírus da burrice, a pandemia da ignorância. Seus fanáticos seguidores empilham livros em fogueiras, clamam que a Terra é plana e lotam os templos porque creem que o Deus Sumé as salvará do vírus, enquanto esses mesmos fanáticos destroem terreiros de Candomblé e incendeiam laboratórios, faculdades e livrarias.” Preciso falar mais alguma coisa?

Cláudio Lopes (bx), Carlos Lopes (g/v) e Braulio Drumond (bt)

    “Pandemia” foi um disco gravado no ano passado durante a eterna quarentena do COVID-19 por Carlos Lopes (vocais, violões e guitarras), seu irmão Cláudio Lopes (baixo) e Braulio Drumond (bateria) e com capa do grande ilustrador Cristiano Suarez que ficou famoso em 2019 naquele fatídico episódio com os remanescentes do DEAD KENNEDYS. Aliás a arte da capa (tamanho disquinho compacto, assim como os antecessores “Canudos” e “Imperium”) é de um esmerado detalhamento daqueles que nos acostumamos nos anos 80 com as obras de Derek Riggs nas capas do IRON MAIDEN, pois a arte traz muuuuuuitos detalhes das letras e do nosso momento presente. Por falar nisso, é com grande tristeza que constato que esse disco é um retrato cantado dos últimos cinco anos do Brasil, uma vergonheira só, impeachment, golpes político-militares, intolerância religiosa contra as de matrizes africanas, representantes eleitos com voto popular que trata seu povo como lixos usando de grosseria, estupidez e ignorância sem precedentes. Letras como ‘Terra Arrasada (Treva que Nunca Acaba)’, ‘Burro’, ‘Pandemia’ e ‘Gorilas (No Passarán)’ explicitam isso, assim como a conivência do próprio povo, o maior culpado pelas mazelas que sucumbe, vide as letras de ‘Pobre de Direita’ (pra mim, uma espécie de continuação da faixa ‘Corrupto Corruptor’ do “2012”), ‘Resistência (Não Resiste)’ e ‘Povo (Inocente ou Culpado?)’.

    Pois bem, se você não foi um dos apoiadores e ficou curioso com o resultado desse álbum, independente do seu posicionamento sócio político você pode entrar em contato diretamente com a banda ou com a loja/selo Die Hard Records de São Paulo que lançou essa obra prima.

http://dorsalatlantica.com.br/

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diehard@diehard.com.br