domingo, 7 de agosto de 2022

DORSAL ATLÂNTICA ENFIM AO VIVO EM SP!

 


    Eis que 24 anos depois do último show a DORSAL ATLÂNTICA voltou a tocar no estado de São Paulo!

    Foi no domingo, dia 17 de Julho que a banda tocou em São Bernardo do Campo, de graça, no Parque da Juventude Città Di Maróstica num festival comemorativo que visava celebrar o dia mundial do Rock, organizado pelo Coletivo Rock ABC com apoio da Secretaria de Cultura e Juventude.

    O festival, excelentemente organizado e desenrolado durante todo o dia, começou pontualmente às 11 horas da manhã e durante todo dia teve prática de tirolesa, entre outros esportes praticados por moradores da cidade, como skate em suas inúmeras pistas e shows com as bandas locais ANAMA, KEEPTOR, THRASHING, RHEGENCY e BLACKNING, todas na seara do Heavy e Thrash Metal. A banda AÇÃO DIRETA compareceu no começo da noite com um show comemorando seus 35 anos de estrada e contando com a participação de Carlos Lopes nos vocais de ‘Caçador da Noite’ que a banda regravara seu álbum “Na Cruz da Exclusão” de 2019. Ali Carlão já deu um pequeno exemplo do que estava por vir a seguir com o show da DORSAL ATLÂNTICA.

Com o pessoal do AÇÃO DIRETA nos bastidores

    A banda, atualmente composta por Carlos Lopes (sempre) à frente, nos vocais e guitarra (a famosa guitarra baiana que ele carinhosamente chama de ‘Matadeira’), Braulio Drumond (bateria) e Alexandre Castellan (baixo e backing vocals) chegou com um show contestador, ativista, pesado, sem amarras nem censuras. Pra começar, a maior parte do repertório é composto de canções lançadas de 2012 pra cá, sem muito saudosismo e sim compromisso com a sua arte que jamais tinha sido apresentada ao vivo antes desse ano (eles fizeram um show em fevereiro desse ano com o SEPULTURA no RJ) e nenhuma faixa da fase em inglês da banda, pois querem que a mensagem seja passada da forma mais clara possível começando o ataque lírico e sonoro com ‘Imperium’ seguida de ‘Stalingrado’, ‘Meu Filho me Vingará’ e ‘Belo Monte’ intercaladas por palavras de ordem, esclarecimentos históricos e gritos de protesto por parte de Carlos Lopes que não poupou críticas ao atual (des)governo federal e seus fantoches militares deixando bem claro que a DORSAL não tem medo de ninguém e em dado momento do show ele contou passagens das primeiras apresentações na capital paulista, por volta de 1985, onde a banda foi rechaçada e também no ABC onde sempre foram muito bem recebidos, exatamente como nesse dia, que ainda teve ‘Não Temos Nada a Temer’, ‘Cocórobó’ e ‘Gravata Vermelha’, uma trinca magistral do álbum “Canudos” que agora daria espaço para uma trinca do mais recente e impecável disco “Pandemia”, a saber, ‘Pandemia’, ‘Burro’ e ‘Infectados’ (essa, com a encenação por parte de Carlos de um dito pastor que dava motivos divinos para o assassinato de John Lennon em 1980).




Carlos Lopes cantando com o AÇÃO DIRETA


     Também tivemos uma catártica versão de ‘Combaterei’ com enxerto da emocionante ‘A Internacional’ (N.R.: ‘A Internacional’, em francês “L'Internationale” é um hino internacionalista, sendo também uma das canções mais conhecidas de todo o mundo. Segundo informações do Wikipedia, a letra original da canção foi escrita em francês em 1871 por Eugène Pottier, que havia sido um dos membros da Comuna de Paris. A intenção de Pottier era a de que o poema fosse cantado ao ritmo da Marselhesa. Em 1888, Pierre De Geyter  transformou o poema em música...)







    Chegando ao final da noite, tivemos uns clássicos de outrora, como ‘Vitória’, ‘Metal Desunido’, ‘Caçador da Noite’ e ‘Guerrilha’, um show emocionante que o público não queria deixar acabar, tanto que após o fim do show Carlos Lopes fez questão de receber TODOS os fãs que estavam dispostos atrás do palco para autógrafos e fotos, ele fez uma reunião com todo mundo e contou várias histórias, deu muita risada, tirou muitas fotos, abraçou muita gente e chamou todos pelo nome, só quem viveu e viu pra saber quão grande e especial foi este momento! Ele ainda ressaltouPercebi que havia fome de Rock, de Metal e de informação e acho que saciamos todas as vontades.”






Recebendo os fãs de braços e sorriso aberto
(última foto de Billy Albuquerque fotógrafo)


    Para saber melhor como foi esse dia, dê uma checada no minidoc que a DORSAL lançou no Youtube somente com imagens gravadas pelos fãs https://www.youtube.com/watch?v=Es6VW_Tvb7U&t=685s

    E confira a edição 84 do nosso programa de radio em https://mixcloud.com/alexandre-quadros















 

Fotos: Carina Cossa e Alexandre Wildshark.

Um comentário:

  1. Grande dia. Histórico, memorável. E foi inenarrável o significado de fazer parte disso. Tanto pelo evento, pelos shows e pelo pós show, onde o Carlos Lopes se mostrou um dos caras mais humildes e simpáticos desse mundo. Foi FODA.
    Obrigada Alexandre Quadros por me proporcionar esse momento ao seu lado. Poder viver essa parte da história.

    ResponderExcluir