domingo, 29 de outubro de 2017

PRIMATOR: De Charles Darwin à Dark Avenger, passando por Savatage e Iron Maiden


BANDA: PRIMATOR
DISCO: “Involution”
ANO: 2014
SELO: Independente (http://bandaprimator.com.br/site/)
FAIXAS:
1.  Primator/
2.  Black Tormentor/
3.  Deadland/
4.  Flames of Hades/
5.  Erase the Rainbow/
6.  Caroline/
7.  Let Me Live Again/
8.  Face the Death/
9.  Praying for Nothing/
10.      Involution/

  Grande nome da cena paulistana do Heavy Metal há mais de sete anos, o PRIMATOR traz neste disco seu début apostando naquela sonoridade que influenciou umas duas gerações no mínimo, o hoje reconhecido como Heavy Metal Tradicional, ou seja, aquela linhagem clássica de grandes nomes como SAVATAGE, IRON MAIDEN, DARK AVENGER, QUEENSRÿCHE e até um pouco da carreira solo do BRUCE DICKINSON (ao lado do Adrian Smith), inclusive o vocal de Rodrigo Sinopoli (também responsável pela arte da capa) é muito próxima da linha usada por Dickinson na época do disco “The Chemical Wedding” de 1998.
  A banda é afiadíssima e tem um instrumental convincente e nenhum pouco cansativo, é a dose certa pra agarrar os apaixonados por Metal/Arte pelos tímpanos e emoções.

  Márcio Dassié e Diego Lima destrincham suas guitarras com maestria e emoção pura, a cozinha, por parte de Andre dos Anjos (bx) e Lucas Assunção (bt) é aquela que a música necessita, virtuosa, mas concisa, sem exageros.
  O disco é baseado nas ideias Darwinianas desde a capa até o material lírico, desenrolando aquela máxima do maior massacrando o menos, do ser humano destruindo para se reconstruir, uma filosofia de involução.
  A banda possui um trabalho profissional de divulgação em vários canais em que você pode conferir suas músicas, clipes, manter contato com eles e até adquirir o material físico, principalmente, para ajudar a banda a manter uma produção futura com a mesma qualidade oferecida neste primeiro passo. Contate-os via:







sábado, 21 de outubro de 2017

SUNROAD - a sétima dose do HARD/AOR nacional em grande estilo!


BANDA: SUNROAD
DISCO: “Wing 7”
ANO: 2017
SELO: MusiK Records

FAIXAS:

1.  Destiny Shadows/
2.  White Eclipse/
3.  In the Sand/
4.  Misspent Youth/
5.  Tempo (What is Ever)/
6.  Whatever/
7.  Skies Eyes/
8.  Day by Day (Delaying)/
9.  Craft of Whirlwinds/
10.      Drifting Ships/
11.      Brighty Breakdown/
12.      Pilot of Your Heart/
13.      Last Sunray in the Road/

  Mais um grande nome da cena Hard Rock nacional que é bem conhecida lá fora e aqui necas! Como pode? Uma banda com 21 anos (oriunda de Goiás) e grandes endorses, tendo tocado ao lado de gigantes internacionais fica relegada ao underground do underground nacional, afinal, Hard Rock não é um estilo mais abraçado pela cena nacional, a terra do SEPULTURA e do KRISIUN tem o hábito de deixar de lado as bandas do tradicional estilo ‘americanizado’, sejamos francos aqui e isso força esses grandes talentos a se dedicarem ao mercado exterior o que cria muitas discrepâncias, mas enfim...
O restante da discografia do SUNROAD

  Com seis álbuns na bagagem, uma coletânea e um DVD a banda lança agora em 2017 o sétimo álbum “Wing 7” com muita influência dos grandes nomes do estilo, CINDERELLA, DR. SIN, WHITE LION, MSG, VAN HALEN, FIREHOUSE, DOKKEN só para citar alguns, mas com aquele diferencial indefinido que só um artista brasileiro tem perante o mundo.
  O instrumental dá aquele destaque às guitarras e vocais que são primordiais ao estilo, dando projeção ao talento de Neto Mello (g) e André Adonis (vocais, teclados), com uma cozinha muito talentosa por detrás nas pessoas do fundador Fred Mika (bateria) e Akasio Angels (baixo) ambos fazendo grandes harmonias nos backing vocals também. As letras também não decepcionam, ou seja um pacote completo pra fãs daquele Hardão que aprendemos a adorar (e alguns a odiar, mas que com o tempo, viraram a casaca... hahahaha).

  Eu recomendo fortemente essa banda e esse disco que não me deixa destacar faixas em detrimento das outras, afinal, aqui temos as mais aceleradas, as mais festivas, as mais cadenciadas, aquela baladona, todas com a dose de peso mais que necessária!
  Corra atrás do seu, pois banda veterana sabe o que faz!

HERETÏC volta agora com dose dupla de arte instrumental!


BANDA: HERETÏC
DISCO: “The Errorïsm”
ANO: 2016
SELO: Two Beer or not Tow Beer Music/ Blastbeat Records
FAIXAS:
DISCO 1
1.  Grounds of Kalinga/
2.  Amlid/
3.  Sumerian Counsel/
4.  Chocked in Cicuta/
5.  Sitar Fusion/
6.  Drown in Apsu/
7.  The Errorism/
8.  Mirage/
9.  Trampled by War Elephants/
DISCO 2
1.  Summoning the Greek/
2.  Bite the Sand/
3.  Act IV (live!)/
4.  Black Genius/
5.  Echoes/
6.  Act I (live!)/
7.  Birth of Ashoka/
8.  Ruins/

  Pois é, cá estamos nós defronte a mais uma obra ímpar deste projeto musical goiano de extremo talento que, na pessoa de Guilherme Aguiar, nos apresenta agora um CD duplo com nada mais nada menos que 17 faixas instrumentais de muito peso, esmero, mil-e-um instrumentos de todas as partes do planeta e sem uma definição concreta e comercial do que pode ser o rótulo de tudo isso. É o HERETÏC fazendo jus ao seu nome, desta vez trazendo esses dois CD’s encartados em um digipack em formato de embalagens de DVD e extremo bom gosto na arte em geral, temos aí todas àquelas influências já apresentadas no disco anteriormente resenhado pelo Shark (http://tocadoshark.blogspot.com.br/2017/07/heretic-e-death-e-heavy-e-musica-etnica_15.html) e onde percebi um acréscimo de pitadas sonoras que me remeteram ao THERION, NILE e até PARADISE LOST, sem contar os já esperados DEATH e MELECHESH e até uma referência à nossa pátria mãe já na segunda faixa ‘Amlid’, nome sugestivo esse!
Guilherme Aguiar
  Por fim, não vou ficar com verborragia sem sentido aqui e logo deixo os canais pra vocês tirarem suas próprias conclusões:
Clipe da faixa ‘Trampled by war Elephants’:


Fotos extraídas do Facebook oficial da banda.


quarta-feira, 18 de outubro de 2017

“FRIDAY METAL FEST II – Uma sexta feira 13 old-school!”


“FRIDAY METAL FEST II”
BANDAS: HIGH BUTCHER
EM RUÍNAS
SLAMMER
DATA: 13 de Outubro de 2017
LOCAL: Barones Club (Paranaguá/PR)
  Eis que tivemos uma Sexta-Feira 13 com uma trilha sonora legítima na semana passada, afinal, foi uma noitada totalmente Thrash Metal 80’s com três bandas que podemos chamar de legítimas veteranas da cena, afinal o HIGH BUTCHER (de Paranaguá) foi formado em 2004, o SLAMMER (de Curitiba) vem lá dos anos 90 (com uma pausa, retornando recentemente) e o EM RUÍNAS (de São Paulo) também tem uma estrada de 15 anos e todas honrando o Underground metálico!

  Começando a barulheira por volta das 23:30, o HIGH BUTCHER já entra com a plateia na mão, afinal, eles eram a ‘prata da casa’, um público pequeno sim, mas literalmente na palma da mão do vocalista Belo Butcher e de sua trupe. Durante a hora seguinte eles debulharam nove sons autorais, totalmente velozes e estridentes, numa linha próxima de monstros como EXCITER e OVERKILL, só pra ficar em dois nomes.
  Uma sucessão de bate-cabeça na frente do palco deu mais gás pra banda que estava com o som perfeito e explosivamente alto, sem distorcer ou incomodar. Destaque pra canção ‘Metal is Our Mission’ que é um hino da banda!
Belo Butcher (HIGH BUTCHER)

  Um intervalo curto serviu pra galera se recompor nas externas da casa e confraternizar enquanto o EM RUÍNAS passava o som começando rapidamente o show que contou com o guitarrista/vocalista da banda ÁLCOOL Lucas Chuluc no baixo e o batera Cave Hoffmann (do LEATHERFACES) acompanhando o batalhador fundador da banda Igor Lopes (g/v).

  Com pouco mais de 40 minutos de show, a desgraceira tomou uma proporção absurda durante o show do EM RUÍNAS onde a galera antes ensandecida, além dos headbangin’ agora se jogavam pro alto e pra trás com direito até a chuva de cerveja na geral. A banda executou nove autorais, entre elas a mais nova ‘Furiosa’ (inspirada na heroína do filme Mad Max) que saiu em single/vinil e o hino ‘Headbanger Race’ que antecedeu o final destruidor com uma versão brutal de ‘Victim of State Power’ do RUNNING WILD que contou com a participação do baixista/vocalista Urso que em seguida entrou com sua banda SLAMMER no palco para a derradeira overdose de brutalidade desta noite.
Cave Hoffmann (EM RUÍNAS)

EM RUÍNAS com Urso (SLAMMER) no baixo

  Já passava das 2 da manhã quando o trio curitibano SLAMMER entrou no palco para apresentar seu Brutal Heavy Metal como os próprios integrantes definem seu estilo, o que se pôde ver foi um set curto devido ao horário estendido, mas isso não foi motivo para acalmar a fúria e a sede por bate-cabeça dos presentes, o trio já entrou de cara com os dois sons de seu single lançado recentemente ‘Sons of Evil’ e ‘Antichrist´s Rage’ e mostrando que o tempo parado não atrapalhou em nada esses três veteranos da cena nacional. O que se seguiu foi um atropelo que transportou muita gente ali, incluindo esse que vos relata, a uma época de ouro do Metal, lembrando VENOM, EXCITER e MOTÖRHEAD. 

  Antecedendo o fim mandaram uma versão matadora de ‘Snowblind’ do BLACK SABBATH e encerraram com ‘The Slammer’ que já se tornou uma canção indispensável em suas apresentações com o refrão cantado com os punhos cerrados por muitos presentes.
  Em resumo, foi uma noite para celebrarmos e honrarmos aqueles que muito fizeram em nome do HEAVY METAL e do Underground num passado não tão distante assim, mas beeeeem diferente do que vivemos atualmente, afinal, uma noite dessas sendo acompanhada por pouco mais de 50 pagantes é uma tristeza, mas como os vocalistas da noite justificaram, ‘somos poucos, mas somos verdadeiros’. Só que fica na minha cabeça aquela pergunta: “Por onde andam aqueles caras e minas que, de dia, desfilam pelas ruas com suas peitas pretas desenhadas com pentagramas e logotipos de bandas trevosas?”

  Agradecimentos ao Leonardo Cardoso (RF Produções Underground) e Thelma Roza pelas colaborações para esta resenha com fotos e detalhes.


André Magrelo (bx) HIGH BUTCHER

Igor Lopes (EM RUÍNAS)

EM RUÍNAS & Urso (SLAMMER)

Jairo (SLAMMER)

Igor (EM RUÍNAS) & Urso (SLAMMER)

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