sábado, 29 de setembro de 2018

BASTARD GOD – Grind seco direto na cara!



BANDA: BASTARD GOD
DISCO: “Universal”
ANO: 2017
SELO: Brutal Alien Records/ El Brujo Discos D.I.Y.
FAIXAS:
1.  Acomodado/
2.  Crianças sem Esperança/
3.  Foda-se/
4.  Bastard God/
5.  Vote em Ninguém/
6.  Deus/ (S.O.V. cover)
7.  Boneco do Estado/
8.  Igreja Universal/
9.  Sociedade do Espetáculo/
10.      Tragédia Anunciada/

    Finalmente na Toca do Shark a resenha deste que é um dos principais nomes do Grind/Crust/HardCore da região entre Campinas e Mogi Mirim/SP.
    Formada a mais ou menos uns 4 anos em Campinas a banda conta com Caballero (baixo), Guinho (guitarra), Porcão (bateria) e Amarildo (vocal) que já foi vocalista das bandas TOXEMIA de Mogi Guaçu e SCENES OF VIOLENCE de Mogi Mirim nos anos anteriores.
BASTARD GOD

    A banda é uma verdadeira metralhadora giratória sonora, com letras que destilam nossas frustrações com as instituições sociais estabelecidas há séculos, como a mídia (‘Crianças sem Esperança’), a igreja (‘Igreja Universal’, ‘Bastard God’, ‘Deus’), as urnas ditas democráticas (‘Vote em Ninguém’) e o braço armado do estado (‘Boneco do Estado’) entre outros grandes problemas da massa, como a imprudência no trânsito que põe muitas vidas a perder e famílias destruídas diariamente sem nenhuma punição por parte da lei (‘Tragédia Anunciada’)
    Você até pode dizer que tudo isso é batido e clichê, mas você quer coisa mais clichê do que a rotina em que vivemos desde que fomos concebidos? A vida é uma sucessão de clichês, então, não venha desmerecer uma banda justamente por transformar os sapos engolidos dia-a-dia em arte de confronto. Se a grande maioria fizesse isso, os psicólogos e psiquiatras teriam que trocar de profissão!
    Aqui você vai encontrar tudo, menos hipocrisia e meias-palavras, é Grind, Noise, Crust, HardCore, secão e direto na boca do estômago, sem demagogia ou melodia.
Caballero (bx), Guinho(g), Amarildo (v), Porcão (bt)
BASTARD GOD

    Contatos imediatos ficam por conta das redes sociais e e-mail da banda:



segunda-feira, 3 de setembro de 2018

THE GARD - banda brasileira com personalidade de sobra pra invocar os deuses do Peso!



BANDA: THE GARD
DISCO: “Madhouse”
ANO: 2018     
SELO: Independente/ Som do Darma
FAIXAS:
1.  Immigrant Song/
2.  Play of Gods/
3.  Madhouse/
4.  The Gard Song/
5.  Music Box/
6.  Back to Rock/
7.  Kaiser PF the Sea/
8.  Panem ET Circenses/

    Quando o disco caiu em minhas mãos, logo de cara notei que a primeira faixa era um ‘cover’ do LED ZEPPELIN (mesmo antes de ouvir) e já fiquei frustrado, pô, a banda começa seu disco autoral em pleno século XXI com um cover? E ainda o lança como single? Deixei um pouco de lado o CD e fui ouvir outras bandas que tinha chegado em minhas mãos, até que chegou a hora de tirar o lacre dele e botá-lo pra rodar: Pois bem, realmente começava com a canção do LED, mas, não era a canção do LED. Calma que eu explico. A canção, a melodia, a música que começou a sair dos auto-falantes do meu aparelho não condiziam com os magos ingleses e até me lembrava um pouco nossas raízes, nossas violas, não tão regionalizadas, mas, mais atemporais e etéreas que o usual, uma melodia totalmente original, ali já me animei, pois a banda não apenas fez um ‘cover’ de um clássico do LED, mas sim, o desconstruiu e recriou a obra, mantendo apenas, algumas referências aos acordes originais e a letra original, ou seja, meio que a transformaram em uma canção com a identidade do THE GARD e isso por só já me conquistou.
    Conquista essa que se arrastou disco adentro, com uma sonoridade ímpar com as raízes profundas nos 70’s esse power-trio de Campinas/SP formado por Beck Nolder (bx/v/g), Allan Oliveira (g) e Lucas Mandelo (bt/bv) desfilou canções com instrumentos exóticos como bandolim em ‘The Gard Song’ e glockenspiel (uma espécie de caixinha de música antiga em ‘Music Box’.

    Como os três são acadêmicos de música, eles usaram muitas referências de Jazz e Música Erudita (como em ‘The Gard’) chegando à tão sonhada identidade musical própria.
    A capa tem um destaque todo seu. Com fundo branco e desenhada por Samir Monroe, destaca-se a gravura de um velho casarão representando o tal hospício que deu nome ao disco sem se prender aos clichês que fosse esperado.
    Em ‘Music Box’ além do toque suave da caixinha musical esperada senti aquela leveza e sensibilidade de nomes como THE BEATLES nos vocais e da banda REI LAGARTO nas guitarras e vozes, em tempo, o REI LAGARTO foi uma banda dos anos 90/2000 de Hard Rock da mesma cidade que o THE GARD.
    Já na próxima, ‘Back to Rock’ a banda cumpre o que anuncia e volta com todo peso que se espera, comandada pelo baixão pulsante do também vocalista Beck Nolder (que vocal alto cara!) a banda desce a laje, principalmente no refrão.
    Pois bem, não dá pra ficar aqui falando demais, o negócio é pegar pra ouvir.
    Deixo essa recomendação praqueles que estão na captura de bandas com pegadas setentistas, com o LED ZEPPELIN e afins como farol, pros que estão nessa de procurar um ‘salvador da lavoura’ (bobagem) e que tão boquiabertos com cópias vindas da gringa, ao menos os nossos tem personalidade, seguem os links: