segunda-feira, 27 de julho de 2015

TOMADA lança álbum digital autointitulado e invade a web em várias plataformas diferentes!



  Como todos já sabem (se não sabiam ficarão sabendo agora) a banda TOMADA​ acaba de lançar um álbum digital chamado "Tomada" e 'De Verdade' é uma das faixas de trabalho do álbum.

Segue abaixo alguns links para quem quiser conhecer melhor esse trabalho.

Rdio: http://rd.io/x/Rl1X6pg-CqeU/ 

Spotify: http://spoti.fi/1GtvOzZ 

Google Play: http://bit.ly/1TOWLY8 

Napster: http://bit.ly/1TOX19w 

Amazon.com: http://amzn.to/1f5JCKD 

Deezer: http://bit.ly/1JZ5SzQ 

iTunes: Versão #DELUXE http://apple.co/1CuLgzD 


E aqui o link para o outro vídeo clipe 'Ela não tem Medo'

https://www.youtube.com/watch?v=dLoFqAVclcc 






domingo, 19 de julho de 2015

SERGUEI: DIVINO DO ROCK OU ANJO MALDITO DO ROCK BRASILEIRO?


ARTISTA: SERGUEI
DVD: “O Anjo Maldito do Rock Brasileiro”
DIRETOR: Márcio Baraldi
ANO: 2015

  Fale rápido, uma música do SERGUEI? Nada?
  Cante um pedacinho se não souber o nome? Nada também?
  Putz... e como você conhece o SERGUEI?
  A primeira coisa que vem à sua cabeça é que ‘ele comeu a JANIS JOPLIN’, certo? As entrevistas dele na TV sempre hilárias... e por ai vai... Bem, pois é, agora me explique, como um cara que não tem nenhum grande hino no ROCK AND ROLL BR pode ser um ícone tão grande e conhecido nos quatro cantos do país sem nenhum disco que tenha tocado exaustivamente nas rádios e TV’s nos últimos 60 anos? Pois é justamente isso que o grande cartunista e fã de SERGUEI Márcio Baraldi quis desvendar produzindo esse DVD documental duplo sobre o mito SERGUEI, ao lado do documentarista Marcelo Rossi (também conhecido como ‘Reverendo’, o baixista e vocalista da banda EXXÓTICA) e com uma ajuda de Luiz Calanca da loja/selo Baratos Afins.
Edy Star, Luiz Calanca, Marcio Baraldi e SERGUEI

  Neste DVD que acaba de ser lançado, com uma tarde de autógrafos disputada na Loja Baratos Afins da Galeria do Rock em SP, numa tarde de sábado que abrigaria ainda a Virada Cultural na qual SERGUEI se apresentaria há Meia-Noite ao lado de EDY STAR aos 82 anos.... cara, é muita coisa pra um senhor dessa idade, mas ele tem uma energia que só os Deuses pra explicar de onde vem e sempre foi assim. No documentário vários ex-garotos dos anos 80, como George Israel (KID ABELHA), Toni Platão (HOJERIZAH) e João Barone (OS PARALAMAS DO SUCESSO) entre outros contam como conheceram essa figura fácil do RJ que desde os anos 60, antes da Jovem Guarda já vinha aprontando mil-e-umas por aí e vivendo literalmente o estilo de vida ROCK AND ROLL, um cara que foi comissário de bordo das respeitáveis empresas aéreas PAN-AM e VARIG e largou tudo isso após uma situação peculiar que ele viveu em Madri (ESP) em 1955 quando farreou com a famosa atriz Gina Lollobrigida . O primeiro cara que usou lentes de contato abaixo da linha do Equador, um cara que viajou o mundo, viveu nos EUA da Paz-&-Amor, conheceu, HENDRIX, MORRISON e sim JANIS JOPLIN, um cara que foi pioneiro de tudo no Brasil, teve uma carreira errática fonograficamente falando, com poucos compactos lançados no decorrer de seis décadas e um único álbum full-lenght, ainda sim conseguiu subir ao palco principal do Rock in Rio II pra um show completo no ano de 1991 aos 57 anos de idade com energia de 25.
  No DVD tem toda sua estória contada pelos moradores de Saquarema/RJ onde ele vive a maior parte da vida e sedia o ‘Museu do Rock’, também tem várias imagens de incontáveis programas de TV e entrevistas as quais ele desmistifica essa história de ter transado com uma árvore, conta fatos desconhecidos de sua vida ao lado de Jô Soares, RITA LEE, ensina Caetano Veloso, Maria Rita e alguns ex-TITÃS como se deve portar um artista íntegro e fiel aos seus princípios em 2010 (aquela cena, que puta lição!) entre outras raridades, muitas fotos, toda sua discografia esmiuçada pela sumidade no assunto, Luiz Calanca, dono da loja/selo Baratos Afins que lançou uma coletânea em CD com quase todos os seus singles gravados e que tem histórias impagáveis sobre SERGUEI também.
Marcio Baraldi e SERGUEI no lançamento do DVD

  Não há quem fale mal desse cara, da pureza humana e quase infantil que vive no coração dele como ser humano, como Sérgio Bustamante ou como SERGUEI, os irmãos VECCHIONE do MADE IN BRAZIL, RITCHIE, membros do BARÃO VERMELHO e da banda HERVA DOCE com outras tantas histórias de como a JANIS JOPLIN quase fez um show a céu aberto no RJ em 1970 ao lado dele, enfim, história não falta, testemunhas delas também não.
  De quebra tem um belo pôster do Anjo Maldito e um DVD bônus que contém preciosas apresentações de SERGUEI através dos anos, como em 1982 ao lado de CELSO BLUES BOY, no Jô Soares do SBT em 1990, na festa de aniversário da Baratos Afins tocando músicas suas em 2003, uma ponta surpresa no Rock in Rio III ao lado de SYLVINHO BLAU-BLAU e culminando na festa da Baratos Afins de 2013 com SALÁRIO MÍNIMO e GOLPE DE ESTADO.

  Esse DVD contem muitas lições de vida nas entrelinhas e se você quiser adquirir essa pérola da nossa história basta entrar em contato pelos Facebook:
ou no site da Baratos Afins: http://www.baratosafins.com.br/

    Agradecimentos especiais ao responsável por tudo isso ter se concretizado Marcio Baraldi.

  Fotos Bolívia & Cátia Rock

sexta-feira, 17 de julho de 2015

VOODOOPRIEST - Moralizando os indígenas com o lançamento de "Mandu"!



BANDA: VOODOOPRIEST
DISCO: “Mandu”
ANO: 2014
SELO: Die Hard (www.diehard.com.br )
FAIXAS:
1.   Dominate and Kill/
2.   Religion in Flames/
3.   Warrior/
4.   Eye for an Eye/
5.   Trail of Blood/
6.   Mandu/
7.   Warpath/
8.   Swallowed by Waters/
9.   We Shall Rise/

  Esse disco é simplesmente histórico!
  Vitor Rodrigues montou em 2012 (quando saiu do TORTURE SQUAD, banda que integrava há 19 anos) um time de peso e técnica ímpares, contando com os veteranos guitarristas César Covero (ENDRAH, ex-NERVOCHAOS) e Renato de Luccas (EXHORTATION), o baixista Bruno Pompeu (AGGRESSION TALES) e o baterista Edu Nicolini (ex-NITROMINDS e ex-MUSICA DIABLO) e logo começou a compor uma histórica incrível e desconhecida (se tratando de Brasil, é tristemente natural a nossa ignorância de tais fatos e feitos históricos). Baseado em profundos estudos indígenas Vitor compôs 9 letras que foram musicadas pela banda como um todo, letras essas que contam a história do guerreiro indígena Mandu Ladino que no século XVIII liderou uma tribo de guerreiros que lutaram contra as forças militares da coroa portuguesa que estava dizimando os indígenas do território que hoje é conhecido como o estado do Piauí. Ele resistiu bravamente por 7 anos a invasão branca que por fim abateu Mandu e seu exército indígena devido à traição, como sempre acontece. Mas, esse disco que leva seu nome é na verdade um álbum conceitual, um relato histórico dos feitos de Mandu desde criança até o seu abate e seguinte legado, contados cronologicamente nas faixas em ordem que nos faz encarar esse disco como um livro de História, onde a gente vibra com cada conquista do herói enquanto canta junto e ‘bangeia’ (sim, eu abrasileirei essa palavra).
Edu (bt), Renato (g), Vitor (v), Covero (g) e Bruno (bx) - VOODOOPRIEST.

  As guitarras são afiadas, feito armas brancas empunhadas para a guerra, o baixo e a bateria aceleradas tornam a toada mais excitante ainda, ouça sozinho esse disco, com fones e encarte nas mãos, acompanhando as letras, uma experiência completa no universo legitimamente nativo-brasileiro, com riqueza de detalhes, como os nomes das tribos envolvidas, as localizações dos feitos e até nomes de jesuítas envolvidos. Enfim, pra quem gosta de discos conceituais, histórias de guerra, Thrash Metal curto, grosso e direto na cara deve adquirir esse disco sem esmorecer, principalmente pra quem tá de saco cheio de ouvir histórias idolatrando ídolos de outros países e histórias folclóricas que nada tem a ver com nosso sangue indígena, sim, porque se você é brasileiro e se acha sangue puro meu filho, ta redondamente alienado em seu mundo de bardos nórdicos que ficam lindos em gravuras e pôsteres, mas não condizem com sua realidade em nada, menos ainda em suas raízes.
  Só mais uma coisinha, perguntarão o porquê das letras serem em inglês e não em português. Isso a banda explica melhor que eu que estou aqui apenas dando meu relato do disco, mas, eu acho válido nesse caso, muito válido, pois, assim como anteriormente foi feito pelo SEPULTURA e o ANGRA, eles estão contando ao mundo uma história legitimamente brasileira, história essa que deveria ser de nosso conhecimento como nativos dessa terra, mas não é por inúmeras razões. E graças a essa ‘levantada de bola’ da banda, podemos agora nos sacudir e procurar saber mais sobre nossas origens. Menos preguiça e mais curiosidade, por favor, menos mi-mi-mi e mais atitude, mais respeito e acima de tudo, mais orgulho dos seus.

  Para mais infos segue acima os links de onde encontrar o disco e a banda.
  E mais alguns para conhecer melhor a banda e sua obra:

Esse seguinte link é de um vídeo feito por um fã no show da Virada Cultural deste ano, o som tá estourando, mas vale pela explicação de Vítor Rodrigues no comecinho do vídeo, se liguem: https://www.youtube.com/watch?v=6-_L4xtnXY8

quarta-feira, 15 de julho de 2015

MARCIO BARALDI - O CARTUNISTA MAIS ROCK AND ROLL DA AMÉRICA LATINA!



  Quando eu tinha 16 anos e era assinante da tradicional revista Rock Brigade conheci o trabalho de um cartunista 100% genial, o nome dele é Marcio Baraldi, que neste mesmo ano se associou ao Rock and Roll no Brasil trabalhando nesta revista. Este desenhista maluco, que já desenhava em várias publicações há um bom tempo, entrou de sola na cena Rocker brasileira com os personagens Roko-Loko e sua ‘affair’ Adrina-Lina, duas figuráças que passaram a ser referência do público Rocker mensalmente nas últimas páginas desta revista vivendo aventuras e desventuras hilárias com personas gratas do Rock mundial.


    O resultado de tudo isso foi sucesso absoluto, o que o levou à outra publicação do gênero no Brasil, a revista MetalHead que neste mesmo ano criou a primeira publicação sobre tatuagem do Brasil, a MetalHead Tattoo, que precisava de um personagem próprio para ela, e foi aí que o Baraldi entrou, trazendo consigo o Tattoo Zinho, um Tatu tatuador, Rocker e politicamente brasileiro, que se tornou o primeiro personagem tatuador dos quadrinhos brasileiros (ou,quem sabe, do Mundo)!
    Este personagem rendeu um belíssimo livro que saiu em 2005 pela Opera Graphica Editora e é o primeiro nesta categoria artística (tatuagem) retratado dessa forma (quadrinhos) e está completando 10 anos!

    São exatas 42 aventuras vivenciadas por Zinho (e seu parceiro Podrão) que retratam o cotidiano de um tatuador no Brasil, mas não é só isso, pois em vários momentos o assunto principal não é a tatuagem em si e sim, política, higiene, George Bush (que na época era Presidente dos EUA) e suas estúpidas guerras pelo mundo afora, ecologia e o que não poderia faltar, muito Rock and Roll.
  As participações especiais nas histórias ficam por conta de uma gama de celebridades que incluem: Capitão Gancho, Eddie (IRON MAIDEN), Popeye, Papai Noel, Wolverine, Alien, Hulk, Zorro e até Deus e o próprio Planeta Terra, entre outros.
    Nos prefácios e citações de capa e contracapa temos César Nemitz (editor da MetalHead), Ayrton Mugnaini Jr.), Reverendo 
Marcelo Rossi (EXXÓTICA), Paulão Cavalo (VELHAS VIRGENS), Mauro (GAROTOS PODRES e parceiro de Zinho) além de tatuadores renomados como Zero, Tita, Zuba, Osmar e George (ex-KÃES VADIUS).
O criador e sua obra!

  Exatos 2 anos depois, em 2007 Baraldi lançou o livro “HumorTífero” que traz coletado em 50 páginas todas as sátiras que ele lançou através da revista MetalHead até o ano de 2006, são muitas tirações de sarro, muitas referências que só vai entender quem viveu os anos 80 e 90, sem dúvidas, principalmente os anos 90 que foi uma década pronta pro deboche, eram tantas asneiras e bizarrices acontecendo no mundo do Rock e fora dele que o Baraldão se esbaldava. Como na MetalHead ele não trabalhava com nenhum personagem fixo, ele usava seu espaço de uma página na revista (às vezes mais) para sacanear os assuntos do momento. Sendo assim, desde a capa já vemos personagens típicos como Tio Sam, Michael Jackson, James Hetfield e até o Papa Bento (que era chamado de Sebentus), ou Ratzinger que nas mãos dele virou Ratozinger, enfim, tem uma gama de artistas e não artistas famosos nas páginas que englobavam assuntos, como “Almoço com as Estrelas” onde ele zoava a dieta de tipinhos como OZZY (comendo seus morcegos), ALICE COOPER (sendo comido por uma jiboia) e até Sandy & Junior (ou Zandy & Xúnior) com suas mamadeiras...haha

  Michael Jackson, Mick Jagger, João Gordo e Ozzy Osbourne eram apenas alguns dos que apareciam sempre, mas sobrava espaço até para tipinhos como Richard Kleiderman (quem se lembra dele ai?) e Boy George. Várias bandas como KISS, OS MUTANTES, SARCÓFAGO e METALLICA são figuras fáceis nas páginas onde menos que de repente se encontra uma paródia desenhada baseada em letras de clássicos como ‘Surfista Calhorda’ d’OS REPLICANTES, ‘Aluga-se’ de RAUL SEIXAS ou ‘Inútil’ do ULTRAJE À RIGOR.
  Ele também zoava o som de lata que o Lars Ulrich tirava da bateria do METALLICA naquela época, ou a sexualidade de Kirk Hammet. Também sacaneava as lendas de que se tocar um vinil ao contrário você encontraria mensagens subliminares, aliás, o oculto é um tema ótimo pra ele, que fez várias charges sobre as bandas de Black Metal. Também reservava espaço para os nomes nacionais, como MADE IN BRAZIL, ULSTER, OS MUTANTES (que ele misturava aos X-Men), RATOS DE PORÃO (com aquele episódio em que um certo playboy ameaçou o Gordo com uma machadinha no seu extinto programa ao vivo na também extinta MTV). Também encontramos numa página uma homenagem que ele fez à banda de Rockabilly CRAZY LEGS devido aos seus 10 anos que até foi encartada num lançamento da banda em vinil na mesma época.
Uma das melhores páginas,
na minha opinião.
  Chegando mais pro final do livro encontramos umas sagas chamadas “Flagrantes de...” onde ele desenha um tema relacionado à algumas canções da banda em questão, aí temos NIRVANA, BON JOVI, METALLICA (de novo...hehehe), PINK FLOYD, RAIMUNDOS e ELVIS PRESLEY pra fechar o livro.
  De lá pra cá ele continua na ativa ganhando vários prêmios Angelo Agostini que é a honraria máxima que um quadrinista pode receber no Brasil, entre outros.
  Atualmente está mensalmente na revista Roadie Crew sempre homenageando alguma banda e ou artista do Rock nacional, o que é uma honraria disputada a tapa pelas bandas, ser desenhado por ele é um baita presente às bandas, principalmente as novas.
  Esses livros e mais alguns outros itens você encontra à venda baratinho no site do próprio Márcio Baraldi (http://www.marciobaraldi.com.br/ ), onde também poderá encontrar bonecos, camisetas e, o principal, conhecer melhor sua obra. 
  Não perca seu tempo, vá atrás da obra de um dos melhores quadrinistas desse país, ao lado de grandes nomes como Marcatti, Ziraldo, Angeli, Laerte, Glauco, Adão, Gonzales e até Maurício de Souza, porque não?


Miscelânea da cultura pop dos anos 90.

Acima o personagem TattooZinho



sábado, 4 de julho de 2015

VIRADA CULTURAL 2015 (21/06/2015 – Palco Rio Branco no dia do Metal)


Esse foi o clima da Virada Cultural, o respeito com o público e a admiração para o artista.
Aqui André Matos do VIPER se entregando ao público enquanto canta!


  E lá vamos nós ler mais uma história que eu vivi, sim porque resenha seria muita prepotência de um cara que saiu de casa 3 horas da madrugada de busão rumo à capital do estado de SP sem credencial nem moral pra contar pros amigos no seu blog o que viu, com fotos toscas de celular tiradas do meio da multidão. É isso que vocês queridos leitores irão ler aqui, a experiência d’um cara que tá nas ‘trincheiras do Metal nacional’ desde sempre e não é um amigo do colega do parente de alguém que foi agraciado com a pulseirinha especial ou uma credencial de imprensa, ok?
  Se não fosse ‘a little help from my friends’, vocês iriam ter que se contentar com as fotos mais toscas da Terra, hehehehe…

  Explicado isso lá vamos nós. A Virada Cultural desse ano era uma incógnita até o último minuto pros amantes do Rock, afinal, o curador da Virada responsável pelo lado ROCK da coisa, nosso querido Percy Weiss faleceu há uns 2 meses e ninguém sabia se iria ter Rock nessa Virada e sim, teve e muito. Quisera eu poder ir no sábado pra pegar as atrações desde o primeiro minuto, mas, como a vida é feita de escolhas eu escolhi sacrificar o sábado em prol das atrações de Metal Nacional que iriam dominar o Palco Rio Branco no domingo à partir das 6hs da manhã.
  6 horas o KRISIUN subiu ao palco pra começar a ‘moeção’, mas o mané aqui ainda tava dentro do Cometão essa hora e só conseguiu pegar os últimos segundos da apresentação do trio mais poderoso do país!
KORZUS
  Me restou se preparar psicologicamente para o massacre dos veteranos do KORZUS que entraram com o ‘pé na porta’ às 8 horas em ponto. Um show do KORZUS é sempre uma aula de peso, talento e, acima de tudo, respeito para com o público Metal, com Marcelo Pompeu usando o dom da oratória para mais uma vez defender os fãs de Metal e louvá-los pelos mais de 30 anos de estrada, onde ele agradeceu a cada um ali por amanhecer no centro velho de SP em nome do Metal. Clássicos não faltaram, ‘Pay for Your Lies’, Agony’, ‘Correria’ e ‘Guerreiros do Metal’ se misturavam à sons novos como a polêmica ‘Vampiro’ do último CD. Uma aula de como se deve fazer um show de Metal e de como se deve tratar os fãs, aliás uma coisa que se repetiu o dia todo em todos os shows.
Final do show do KORZUS.
  Às 10 da manhã sem deixar a peteca cair entra em cena o VOODOOPRIEST com seu repertório baseado no primeiro CD da banda “Mandu” que conta a história de um guerreiro indígena brasileiro que defendeu seu território por 7 anos sozinho, território esse que hoje se chama Piauí, tudo isso explicado detalhadamente pelo vocalista e Vítor Rodrigues (veja vídeo https://www.youtube.com/watch?v=6-_L4xtnXY8), também conhecido como Vitinho, ex- vocalista do TORTURE SQUAD. 
VOODOOPRIEST
  Vitinho uma pessoa sem igual botou o público na palma da mão com sua educação e simpatia e com os sons ‘Warrior’, ‘Trail of Blood’ e a faixa título do play em questão fez todo mundo bater cabeça e abrir rodas enormes de mosh-pit.
Um dos destaques deste show e também do DR SIN e do VIPER foram os discursos em prol da igualdade das minorias, nesse caso das raças e etnias dentro do país. Ao final da apresentação foram atender aos fãs e vender alguns CD’s e camisetas, distribuindo autógrafos e fotos com quem aparecesse. Nota 10!
Edu Nicolini (bt), Covero (g) e Vitor (v) autografando CD's
"Mandu" do VOODOOPRIEST

DR. SIN (Andria Busic, Ivan Busic e Eduardo Ardanuy)
  12 horas era hora do maior nome do Hard Rock nacional pisar no palco, DR. SIN que começaram o show com ‘Down in the Trenches’ e desfilaram vários clássicos desses mais de 20 anos de banda, como ‘Miracles’, ‘Fire’ e novos sons como a festeira ‘Saturday Night’ e ‘We’re not Alone’. Ivan Busic ainda passou a bateria ao seu roadie para tomar a frente do palco e cantar ‘You Really Got Me’ do KINKS na versão VAN HALEN e se divertir um pouco enquanto agitava o público com seu carisma inigualável. O auge final ficou por conta de ‘Futebol Mulher e Rock and Roll’ que sempre alegra todo mundo, afinal putaria move o mundo hehehehe.... (aqui um pequeno resumo em vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=pcs1-AsgoYQ )
DR. SIN com Ivan Busic cantando.

  Era hora de uma das apresentações mais esperadas pelo público subir ao palco, VIPER, sim André Matos incluído, que, ao lado de Pit Passarel, Felipe Machado, Guilherme Martin e Hugo Mariútti fizeram daquela Avenida Rio Branco uma puta festa. Pra quem já viu um show do VIPER com essa formação sabe que não é show e sim, uma reunião de velhos amigos, uma celebração aos 30 anos de amizade 
VIPER (Hugo Mariutti (g), Gui Martin (bt), Pit Passarell (bx/v), André Matos (v) e Felipe Machado (g-escondido) num dos momentos de descontração
Pit e André divertindo a galera com Val Santos no baixo (VIPER)
(confira mais nesse link http://tocadoshark.blogspot.com.br/2012/09/viper-em-itapira-uma-noite-de.html ) e esse show aqui foi mais especial ainda, pois contou com a presença de ex-integrantes da banda, como Ricardo Bocci, o último vocalista que gravou com a banda o disco “All my Life” e também já cantou no REI LAGARTO, e Val Santos que já tocou bateria e guitarra em outras formações do VIPER, inclusive nesse citado disco além de integrar o TOYSHOP com Guilherme desde os anos 90.
VIPER com Ricardo Bocci nos vocais
A festa foi tamanha que em certos momentos virou
Stand-Up Comedy com André e Pit contando piadas no microfone, zoando os moradores de um certo prédio afronte do palco que supostamente reclamaram do barulho, Pit se complicando com piadas sobre bordéis e igrejas entre outras peripécias ímpares como André e Pit indo pro meio do público cantar com os fãs, sim Pit cantou ‘Rebel Maniac’ cedendo seu baixo ao Val Santos. Ainda tivemos ‘H.R.’ com até 6 vocalistas e André fazendo backin’vocals no microfone do prato da bateria, sim uma puta bagunça e vocalistas cantando sem microfones, enquanto outros cantavam com 3 microfones nas mãos, Nando Machado (irmão do Felipe) no baixo e Val cantando, Felipe Machado pulando pra todo lado e clássicos mais clássicos, ‘Nightmare’ e  ‘At Least a Chance’ (cantadas pelo Ricardo Bocci), ‘Living for the Night’, ‘To Live Again’ entre outros finalizando com a versão deles pra ‘We Will Rock You’ do QUEEN. Festa igual essa será difícil de vermos de novo!
"♫Ev'rybody Ev'rybody...♪" Pit Passarel cantando 'Rebel Maniac'
  Você pode ter uma ideia nesse link https://www.youtube.com/watch?v=Q7G0VoBDkvE
HELLARISE no 'Palco TEST' em momento milagroso!
  Nessa hora 15hs sai correndo pra ver o HELLARISE no Palco TEST ali dois quarteirões e ainda consegui ver uns 20 minutos do show, com uma estrutura bem menor esse palco fazia parte do tal Dia da Música, um evento menor que foi inserido dentro da Virada Cultural e o Palco TEST ainda abrigou mais 24 bandas do underground como o próprio TEST, CÄTÄRRO, FIM DO SILÊNCIO entre outros. Mesmo com pouco tempo o pessoal do HELLARISE conseguiu destrinchar alguns de seus sons como o novo single 'Darkened Flames' e o clássico 'More Mindless Violence' entre um 'pacote de bolacha voador' e 'uma garrafa de Fanta fervente'. Teve de tudo um pouco nesse show, até aleijado se curando heheheh...
HELLARISE

Robertinho de Recife (METALMANIA)

  Voltei rapidão pra ver o penúltimo nome do Palco Rio Branco, o renomado guitarrista Robertinho de Recife e a nova versão da banda METALMANIA que pegou a todos de surpresa com um repertório mega-pesado, totalmente baseado em sua guitarra ultra-rápida e metálica ao extremo, acompanhado de um baterista que também cantava (Raphael Sampaio), Júnior Mauro no baixo e um ser metálico à lá DAFT PUNK sem face nos teclados e efeitos robóticos, Robertinho desfilou simpatia e carisma, aliado ao seu talento mais do que comprovado. 
METALMANIA
  Entre novos sons num show 80% instrumental, ele homenageou os fãs de São Paulo dizendo que somente a Virada Cultural numa cidade como São Paulo poderia ter um palco tão pesado como aquele por onde passaram vários garotos talentosos onde um ‘velho como ele’ não iria ficar botando banca, palavras do próprio que ganhou o público de assalto com seu carisma. Ainda tocou uns clássicos como ‘Trem Fantasma’, ‘Gata’, ‘Como um Animal’ e ‘Metal mania’, seu maior clássico metálico e fez uma justa homenagem ao falecido curador da Virada, Percy Weiss tocando uma versão Heavy Metal para ‘Jack, o Estripador’, seu maior sucesso com o MADE IN BRAZIL, mas não encerrou sem antes agradecer ao festival Monsters of Rock (usou a camisa do festival o show inteiro) por ter tocado com o MANOWAR e detonar o festival Rock in Rio, alegando que o único festival de Metal do país é o paulista e ainda teve espaço pra uma instrumental ‘Bicho de Sete Cabeças’ do ZÉ RAMALHO e um pout-pourri de riffs clássicos inegáveis do Metal mundial como ‘Crazy Train’, ‘Breaking the Law’, ‘Iron Man’ e ‘The Trooper’! Mas ele não saiu do palco sem antes tocar uma versão para ‘Metal Daze’ do MANOWAR com o baterista cantando junto com o público, era bate cabeça pra todo lado!   A maior surpresa do dia, sem dúvidas! Também temos um resumão disponível pelo pessoal do canal Rock na Mochila do youtube, https://www.youtube.com/watch?v=8oMV11MYEEo

MADE IN BRAZIL (Celso e Oswaldo Vecchione)
  Pra fechar em grande estilo essa edição e esse palco o MADE IN BRAZIL subiu ao palco com 20 minutos de atraso para fazer adequadamente seu show ‘Tributo à Cornélius Lúcifer e Percy Weiss’ que contou com vocalistas convidados para homenagear a obra e a memória dos dois maiores vocalistas que a banda já teve com um repertório calcado em cima dos dois primeiros álbuns “Made in Brazil” de 1974 (com Cornélius nos vocais) e “Jack, o Estripador” de 1976 cantado por Percy. 
  Para isso Oswaldo que recentemente operou o tornozelo direito e ainda está impossibilitado de botar o pé no chão recebeu uma visitinha de SERGUEI que foi lhe cumprimentar na passagem de som, e tocou a maior parte do tempo sentado. Começou o show cantando ‘Jack, o Estripador’ chamando na sequência Dino Linardi (ex-vocal do GOLPE DE ESTADO) para cantar ‘Tudo Bem, Tudo Bom’ da fase Cornélius que na voz dele ficou muito semelhante, estridente como tem que ser. Em seguida subiu ao palco Paulão de Carvalho (VELHAS VIRGENS) para cantar ‘Rock de São Paulo’ e ‘Vou te Virar de Ponta Cabeça’ da fase Percy. 
MADE IN BRAZIL & SIMBAS
A minha curiosidade era saber qual o Pompeu do KORZUS iria cantar e ela foi sanada em seguida com Pompeu pedindo a bênção de Oswaldo e interpretando a mais rápida e pesada canção do primeiro disco ‘Menina Pare de Gritar’, sim, Pompeu fez todos gritarem essa letra que era berrada pelo poderoso Cornélius Lúcifer. Pompeu que ficou ao lado do palco o show inteiro acompanhado de seu filhinho Otto (o menino roubou a cena várias vezes) não saiu do palco sem antes agradecer os irmãos Vecchione pela obra da banda dizendo que se não fossem eles e outros tantos pioneiros ele não estaria em cima do palco há mais de 30 anos e Oswaldo reiterou dizendo que Pompeu carrega o Metal BR nas costas há três décadas, o que não deixa de ser verdade.
Marcello Pompeu (KORZUS) de volta ao palco da Virada
para homenagear Cornélius Lúcifer com o MADE IN BRAZIL!
  Oswaldo retoma o microfone para cantar ‘Paulicéia Desvairada’ e ‘Os Bons Tempos Voltaram’ que ele disse, foi escrita enquanto ele ia para um show de RITA LEE & TUTTI FRUTTI em 1975. E dessa época também é a amizade dele com outro convidado da noite, o mais esperado, diga-se de passagem, Simbas (ex-CASA DAS MÁQUINAS, TUTTI FRUTTI e INTELLIGENCE) que dominou o palco como ninguém, seu carisma, sua destreza, seus trejeitos e principalmente sua voz deu vida à ‘Aquarela do Brasil’, clássico de Ary Barroso que o MADE reformulou transformando-a em Rock na voz de Cornélius no primeiro disco e ‘Anjo da Guarda’. Sim, ele serelepe como só, ainda trocou de lugar com o backing vocals Rubão para este tomar a frente do palco em alguns momentos. 
Wander Mafra (t) e o MADE mostrando como se faz O Rock
em Sampa city!

As vozes reunidas em uma só festa!
(Celso e Ziggy nas guitarras com as vozes de
Simbas, Oswaldo em pé, Dino, Paulão e Pompeu)
Os momentos finais reuniram todos os membros da banda (completa por Celso Vecchione e Ziggy Mendonça nas guitarras, Rick Vecchione na bateria, Otávio Bangla no sax, Ivani Venâncio backing vocals e Wander Mafra nos teclados) e os convidados especiais para bradarem os dois maiores hinos da história da banda, ‘Minha Vida é Rock And Roll’ e ‘Uma Banda Made in Brazil’ que aqueles mais de 2 mil presentes cantaram à plenos pulmões.
Cantando em honra de Cornélius e Percy!
Simbas, Oswaldo (que não aguentou ficar sentado), Dino Linardi,
Paulão de Carvalho e Marcello Pompeu.
  E assim terminava mais um belíssimo show/celebração/espetáculo apaixonado de ROQUENROU e também findava-se mais uma Virada Cultural às 19:30 do dia 21 de junho de 2015.
Fotos toscas by ‘Me, Myself and I Photobook co.’

Fotos decentes por parte do mestre Lincoln Baraccat, a lenda!

Celso 'Kim' Vecchione e...

...Ziggy Mendonça (as guitarras do MADE)


Simbas e Oswaldo (com Dino ao fundo)
apontando para a lenda viva das lentes,
Lincoln Baraccat!

KORZUS
VOODOOPRIEST
 
VOODOOPRIEST atendendo os fãs

Pit Passarell e...

...André Matos se entregando ao público do VIPER

KORZUS
Ivan Busic cantando e incitando a galera ( com Andria - DR. SIN)
DR. SIN