segunda-feira, 27 de maio de 2019

SUNRUNNER - Heavy Prog de Portland (U.S.A.) com vocalista brasileiro.



BANDA: SUNRUNNER
DISCO: “Ancient Arts of Survival”
ANO: 2019
SELO: Minotauro Records (www.minotaurorecords.com )
FAIXAS:
1.  Dawnland/
2.  Tracking the Great Spirit/
3.  Inner Vision/
4.  The Scout/
5.  Prophecy of the Red Skies/
6.  Distorted Reflection/
7.  Arrive, Survive, Awaken, Thrive/
8.  Palaver/
9.  Stalking Wolf/

    Temos aqui um jovem power-trio originário de Portland (U.S.A.) formado por Joe Martignelli (g/v), David Joy (bx/v) e Ted Macinnes (bt/v) que, recentemente tiveram a adição de um brasileiro nos vocais principais, Bruno Neves da cidade de São José do Rio Preto/SP.   Bruno entrou na banda em 2018 através de um processo seletivo que ele tomou conhecimento através dos representantes da banda no Brasil, a Som do Darma (http://somdodarma.com.br). Desde então Bruno excursionou pela Europa com a banda e gravou este que é o quarto play do grupo.
    “Ancient Arts of Survival” tem uma filosofia que versa sobre aquela época em que o homem tinha habilidades para controlar seu próprio destino há muito perdido.

    O estilo, eles gostam de chamar de Heavy-Prog, pois, diferencia eles das bandas de Prog-Metal, com as quais eles dizem não se enquadrar, aja visto que eles soam mais ‘soltos’ sonoramente falando, sem amarras técnicas ou virtuoses, sim, realmente soam mais soltos nas experimentações, não vemos ‘firulices’ gratuitas nem auto-indulgências musicais. Mas tem horas que me remete ao SYMPHONY X sim, não há como negar, mas também a conexão sonora deste álbum com instrumentos ancestrais como flautas e demais instrumentos de cordas acústicos nos remete a uma suavidade passada também através da capa desenhada pelo artista Jan Michael Barlow, que retratou belamente a filosofia por detrás deste disco.
    Recomendo para quem tem um estilo musical exigente, mas também aos fãs do bom Heavy Metal experimental e leve dos anos 70 sem toda aquela necessidade imposta pelo estilo dos anos 90 em diante, algo como um meio-termo entre um BLIND GUARDIAN e um MARILLION talvez... não sei explicar bem, ouçam e tirem suas próprias conclusões:


   

quarta-feira, 15 de maio de 2019

PRIMEZERO provando mais uma vez seu poder de fogo!



BANDA: PRIMEZERO
DISCO: “Bravery”
ANO: 2019
FAIXAS:
1.  After Dawn/
2.  Shadow Effect/
3.  Bravery/
4.  The Ferryman/
5.  We Are Fire/
6.  So Long/
7.  Bring Back the Chaos/
8.  Star Way/
9.  Song of the Storm/

    Em 2015 surgiu em Mogi Guaçu/SP uma nova banda de Heavy Metal chamada PRIMEZERO, um quinteto que lançava então seu primeiro EP (leia mais aqui http://tocadoshark.blogspot.com/2016/02/primezero-nova-banda-de-heavy-metal-da.html) deixando uma ótima primeira impressão e gosto de quero mais, o que só veio ser resolvido agora, após quatro anos, sabe como as coisas são lentas quando uma banda é completamente independente, mas veio, o primeiro full-lenght da PRIMEZERO está na praça, chama-se “Bravery” e foi lançado de forma totalmente independente.
    A banda hoje, após um tempo como quarteto, voltou a ser um quinteto de duas guitarras (Gustavo Bensi e Gabriel Grossi), baixo (Daniel ‘Coruja’ Setim) e os fundadores irmãos Franco, Daniel na bateria e Diego no vocal.
Gustavo Bensi (g), Daniel Franco (bt), Di Franco (v), Daniel Setim (bx), Gabriel Grossi (g)
 PRIMEZERO

    Guitarronas gordas e shreding, baixão trampadão, bateria milimetricamente pensada pras canções e vocal de ataque são as armas sonoras da PRIMEZERO. O som está mais esmerado que da primeira vez, muito mais técnico, ‘firulado’ e pesado, o que às vezes, só às vezes, incomoda um pouco, mas antes pecar pelo excesso do que por falta né? Afinal de contas, Rock é sinal de excessos e incômodo mesmo, se fosse pra deixar tudo no mesmo lugar que estava antes nem deveriam chegar, concordam? Eu concordo.
    A linha de Heavy Metal trilhada por IRON MAIDEN, DR. SIN, DREAM THEATER, ANGRA, etc… é a linha dos caras, mas resumi-los à somente isso seria muito simplista da minha parte, então, como sou daqueles que apóia o ouvinte a primeiramente sentir a música pra depois julgá-la, proponho isso aqui mais uma vez, deixo os links e os convido a escutar e re-escutar a banda, analisá-la, esmiuçá-la, sentir o som e depois correr atrás dos materiais da banda, o apoio direto é mais importante do que milhares de likes e tapinhas nas costas.

LINKS:




sexta-feira, 10 de maio de 2019

GRINDING REACTION, banda de Diadema lança um verdadeiro ‘Raio-X’ da atual república das bananas.




BANDA: GRINDING REACTION
DISCO: “O Caos Será a tua Herança”
ANO: 2018
FAIXAS:
1.  O Caos Será a tua Herança (Introdução)/
2.  Aqui “Os Fins Justificam os Meios”/
3.  Recuse a Cegueira/
4.  Flagelo/
5.  Guerra Urbana/
6.  Dor, Sofrimento e Morte/
7.  Cangalha/
8.  Marionete/
9.  Negra Sina/
10.      Piada/
11.      Inimigo no Espelho/
12.      As Ameaças não Devem Mudar a Verdade/
13.      Pesadelo/
14.      Rato Cinza/
15.      Vida Útil/
16.      Verdades e Utopias/

    Quando esse disco chegou em minhas mãos, bati o olho na capa e no nome do disco, virei ele, vi que todas as canções eram em português e o quão chamativos eram os títulos delas, já me peguei pensando “...se não for aquele som exageradamente pesado e embolado com vocal zuado, será um puta play...” e pra minha alegria é a segunda opção, ou seja, um puta play!
    Essa banda foi fundada há quase vinte anos em Diadema/SP com a proposta de misturar Hardcore e Metal e conseguiram, os vocais e letras são herança do Hardcore, os solos de guitarra de Victor Rotta (g) explicitam a verve mais Heavy Metal e no fim das contas, “O Caos Será a tua Herança”, gravado em 2017 e lançado em 2018 é um discáço daqueles que exigem que você o ouça sem outros afazeres, você precisa pegar o encarte e acompanhar as letras que são verdadeiros manifestos populares, não vou ficar aqui explicando canção por canção isso é desnecessário, muitas vezes os nomes das canções já são auto-explicativos mas a abordagem é por vezes poética, com sacadas ótimas, como em ‘Recuse a Cegueira’ onde Ricardo Marchi (v/g) canta: “...seus olhos serão janelas para o mundo... então, revele os absurdos...”.

    A banda é completa por Renato Spadini Jr. (bx) e Weslley Ferreira (bt), que, apesar de praticarem o instrumental do Hardcore tem muitas andanças pelo Heavy Metal dando uma arejada nas melodias e fazendo desse disco uma audição agradável e instigante e não saturada e forçada como muitas vezes acontecem.
    O GRINDING REACTION, que expele influências de S.O.D., MADBALL, BIOHAZARD, SEPULTURA e D.R.I. é mais uma banda da nossa cena que deve ser levada muito em conta, estão na batalha no dia a dia do underground numa época utópica e desanimadora como a nossa tentando nos manter a sanidade, pois, é nessas épocas desgastantes da humanidade que a Arte se faz cada vez mais necessária para nos manter em pé.


    Fotos: Divulgação Facebook Grinding Reaction