domingo, 3 de janeiro de 2016

PROJECT BLACK PANTERA – Ousado, politizado e pesado sem ser maçante!


DISCO: “Project Black Pantera” (2015) – independente


FAIXAS:
1.  Boto pra Fuder/
2.  Ratatatá/
3.  Godzila
4.  Eu Sei
5.  Rede Social
6.  Abre a Roda e Senta o Pé/
7.  Execução na Av.38/
8.  Manifestação/
9.  Ressureição/
10.      Escravos
Bônus:
Manifestation/
Execução na Av.38/ (feat J Cole mix by Afropunk)

  Pois bem, quando recebi esse CD fiquei bem curioso, um power trio de negão com cara de rappers e com nome de Panteras Negras, pensei no conteúdo político que viria à seguir, algo na linha do PAVILHÃO 9 ou BODY COUNT, pois bem, achei alguns resquícios dessas bandas na sonoridade sim, mas logo de cara o que saltou aos ouvidos foi mesmo MUQUETA NA OREIA, sim, vi uma grande semelhança e fiquei bem feliz com o que ouvia afinal, sou fãzáço do MUQUETA e, por consequência, me tornei fã do PROJECT BLACK PANTERA também.
  Letras escancaradas, com vocal agressivo, quase gutural cantando em bom português as mazelas de ser brasileiro e se fazendo entender.
Chaene da Gama (bx/v), Charles Gama (g/v) e Rodrigo Pancho (bt)

  O trio de Uberaba/MG, pratica um Crossover de responsa com pitadas de LIVING COLOUR e BAD BRAINS entre outros com a cozinha profissionalíssima composta por Rodrigo Pancho, baterista peculiar que usa uma máscara bizarra e Chaene da Gama que faz baixo e vocal ao lado do também vocalista e guitarrista Charles Gama, uma das gratas surpresas mesmo desse final de 2015.
  Além das pancadas com letras bem sacadas como ‘Eu Sei’, ‘Rede Social’ e ‘Manifestação’ (que ganhou uma versão em inglês no final do disco, como bônus), temos uma instrumental chamada ‘Godzila’ e outras feitas pra descer o sarrafo mesmo, como os próprios nomes entregam ‘Boto pra Fuder’, ‘Ratatatá’ e ‘Abre a Roda e Senta o Pé’, ou seja, som feito pra pensar, prestar atenção mas nunca sem bangear.

  Brasil é um país propício pra bandas dessa linhagem se proliferarem aos montes, mas poucas deixam a coisa toda tão bem equalizada, digo, som, letras, riffs, batidas, mensagens, peso, arte gráfica, ou seja, a obra como um todo. O encarte mesmo, ficou muito bem localizado numa espécie de envelope digipack que na verdade não é envelope e se abre em duas partes e o encarte ao meio se abre em quatro partes, gostei muito.
  Pra fechar o play, além de ‘Manifestation’, que, como já expliquei é uma versão de ‘Manfiestação’ em inglês, pra gringo saber o que rolou no Brasil nesses últimos 2 anos com a galera tomando as ruas, também temos uma versão peculiar remixada de ‘Execução na Av.38’ com participação de J.COLE e AFROPUNK.
  Corra atrás do seu, se quiser antes conferir algo deles, veja na web:
http://www.tratore.com.br/um_cd.php?cod=7898614905049



Fotos by Facebook da banda.

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