BANDA: THE GARD
DISCO: “Madhouse”
ANO: 2018
SELO: Independente/ Som do Darma
FAIXAS:
1. Immigrant
Song/
2. Play
of Gods/
3. Madhouse/
4. The
Gard Song/
5. Music
Box/
6. Back
to Rock/
7. Kaiser
PF the Sea/
8. Panem
ET Circenses/
Quando o disco caiu em
minhas mãos, logo de cara notei que a primeira faixa era um ‘cover’ do LED ZEPPELIN (mesmo antes de
ouvir) e já fiquei frustrado, pô, a banda começa seu disco autoral em pleno
século XXI com um cover? E ainda o
lança como single? Deixei um pouco de
lado o CD e fui ouvir outras bandas que tinha chegado em minhas mãos, até que
chegou a hora de tirar o lacre dele e botá-lo pra rodar: Pois bem, realmente
começava com a canção do LED, mas, não era a canção do LED. Calma que eu
explico. A canção, a melodia, a música que começou a sair dos auto-falantes do meu
aparelho não condiziam com os magos ingleses e até me lembrava um pouco nossas
raízes, nossas violas, não tão regionalizadas, mas, mais atemporais e etéreas
que o usual, uma melodia totalmente original, ali já me animei, pois a banda
não apenas fez um ‘cover’ de um
clássico do LED, mas sim, o desconstruiu e recriou a obra, mantendo apenas,
algumas referências aos acordes originais e a letra original, ou seja, meio que
a transformaram em uma canção com a identidade do THE GARD e isso por só já me
conquistou.
Conquista essa que se arrastou disco
adentro, com uma sonoridade ímpar com as raízes profundas nos 70’s esse power-trio de Campinas/SP formado por
Beck Nolder (bx/v/g), Allan Oliveira (g) e Lucas Mandelo (bt/bv) desfilou
canções com instrumentos exóticos como bandolim em ‘The Gard Song’ e glockenspiel (uma espécie de caixinha de
música antiga em ‘Music Box’.
Como os três são acadêmicos de música, eles
usaram muitas referências de Jazz e Música Erudita (como em ‘The Gard’)
chegando à tão sonhada identidade musical própria.
A capa tem um destaque todo seu. Com fundo
branco e desenhada por Samir Monroe, destaca-se a gravura de um velho casarão
representando o tal hospício que deu nome ao disco sem se prender aos clichês
que fosse esperado.
Em ‘Music Box’ além do toque suave da
caixinha musical esperada senti aquela leveza e sensibilidade de nomes como THE
BEATLES nos vocais e da banda REI LAGARTO nas guitarras e vozes, em tempo, o
REI LAGARTO foi uma banda dos anos 90/2000 de Hard Rock da mesma cidade que o THE GARD.
Já na próxima, ‘Back to Rock’ a banda
cumpre o que anuncia e volta com todo peso que se espera, comandada pelo baixão
pulsante do também vocalista Beck Nolder (que vocal alto cara!) a banda desce a
laje, principalmente no refrão.
Pois bem, não dá pra ficar aqui falando
demais, o negócio é pegar pra ouvir.
Deixo essa recomendação praqueles que estão
na captura de bandas com pegadas setentistas,
com o LED ZEPPELIN e afins como farol, pros que estão nessa de procurar um ‘salvador
da lavoura’ (bobagem) e que tão boquiabertos com cópias vindas da gringa, ao menos os nossos tem
personalidade, seguem os links:

Nenhum comentário:
Postar um comentário