BANDA: VOODOOPRIEST
DISCO: “Mandu”
ANO: 2014
SELO: Die Hard (www.diehard.com.br )
FAIXAS:
1. Dominate and Kill/
2. Religion in Flames/
3. Warrior/
4. Eye for an Eye/
5. Trail of Blood/
6. Mandu/
7. Warpath/
8. Swallowed by Waters/
9. We Shall Rise/
Esse disco é simplesmente histórico!
Vitor Rodrigues
montou em 2012 (quando saiu do TORTURE SQUAD, banda que integrava há 19 anos) um
time de peso e técnica ímpares, contando com os veteranos guitarristas César
Covero (ENDRAH, ex-NERVOCHAOS) e Renato de Luccas (EXHORTATION), o baixista
Bruno Pompeu (AGGRESSION TALES) e o baterista Edu Nicolini (ex-NITROMINDS e
ex-MUSICA DIABLO) e logo começou a compor uma histórica incrível e desconhecida
(se tratando de Brasil, é tristemente natural a nossa ignorância de tais fatos
e feitos históricos). Baseado em profundos estudos indígenas Vitor compôs 9
letras que foram musicadas pela banda como um todo, letras essas que contam a
história do guerreiro indígena Mandu
Ladino que no século XVIII
liderou uma tribo de guerreiros que lutaram contra as forças militares da coroa
portuguesa que estava dizimando os indígenas do território que hoje é conhecido
como o estado do Piauí. Ele resistiu bravamente por 7 anos a invasão branca que
por fim abateu Mandu e seu exército
indígena devido à traição, como sempre acontece. Mas, esse disco que leva seu
nome é na verdade um álbum conceitual, um relato histórico dos feitos de Mandu desde criança até o seu abate e
seguinte legado, contados cronologicamente nas faixas em ordem que nos faz
encarar esse disco como um livro de História, onde a gente vibra com cada
conquista do herói enquanto canta junto e ‘bangeia’
(sim, eu abrasileirei essa palavra).
Edu (bt), Renato (g), Vitor (v), Covero (g) e Bruno (bx) - VOODOOPRIEST. |
As guitarras são
afiadas, feito armas brancas empunhadas para a guerra, o baixo e a bateria
aceleradas tornam a toada mais excitante ainda, ouça sozinho esse disco, com
fones e encarte nas mãos, acompanhando as letras, uma experiência completa no
universo legitimamente nativo-brasileiro, com riqueza de detalhes, como os
nomes das tribos envolvidas, as localizações dos feitos e até nomes de jesuítas
envolvidos. Enfim, pra quem gosta de discos conceituais, histórias de guerra, Thrash
Metal curto, grosso e direto na cara deve adquirir esse disco sem esmorecer,
principalmente pra quem tá de saco cheio de ouvir histórias idolatrando ídolos
de outros países e histórias folclóricas que nada tem a ver com nosso sangue
indígena, sim, porque se você é brasileiro e se acha sangue puro meu filho, ta
redondamente alienado em seu mundo de bardos nórdicos que ficam lindos em
gravuras e pôsteres, mas não condizem com sua realidade em nada, menos ainda em
suas raízes.
Só mais uma
coisinha, perguntarão o porquê das letras serem em inglês e não em português.
Isso a banda explica melhor que eu que estou aqui apenas dando meu relato do
disco, mas, eu acho válido nesse caso, muito válido, pois, assim como anteriormente
foi feito pelo SEPULTURA e o ANGRA, eles estão contando ao mundo uma história
legitimamente brasileira, história essa que deveria ser de nosso conhecimento
como nativos dessa terra, mas não é por inúmeras razões. E graças a essa ‘levantada de bola’ da banda, podemos
agora nos sacudir e procurar saber mais sobre nossas origens. Menos preguiça e
mais curiosidade, por favor, menos mi-mi-mi e mais atitude, mais respeito e
acima de tudo, mais orgulho dos seus.
Para mais infos
segue acima os links de onde encontrar o disco e a banda.
E mais alguns
para conhecer melhor a banda e sua obra:
Esse seguinte link é de um vídeo feito por um fã no show da
Virada Cultural deste ano, o som tá estourando, mas vale pela explicação de
Vítor Rodrigues no comecinho do vídeo, se liguem: https://www.youtube.com/watch?v=6-_L4xtnXY8
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