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A banda GUERRILHA acaba de lançar seu primeiro disco, mas já tem 10 anos nas costas e isso justifica a excelência em tudo que cerca esse lançamento, mas não se engane, não é uma banda de virtuoses e sim uma banda que tem culhões de sobra pra tocar o terror e não tem medo de falar sobre o que s der na cabeça sem se importarem com opiniões alheias (confira os tópicos políticos da entrevista á seguir) e tudo isso você poderá conferir nas linhas à seguir.
TOCA DO SHARK: O release da banda GUERRILHA aponta que a banda está por aí há
mais de uma década, mesmo este sendo o dèbút
da banda. Vocês poderiam fazer um resumo da ópera pra gente?
Kbça: A Guerrilha surgiu na ZN de SP quando eu o Punk conseguimos nos
reunir com outros dois guitarristas (Paulo e Rogério) e um baterista (Arthur)
que quando estávamos decididos em formar uma banda passamos por uma rua e
ouvimos alguém praticando bateria, tocamos a bateria e nos conhecemos e já
marcamos de ensaiar e tudo mais. Mas antes disso, eu e o Punk já compúnhamos
algumas músicas no violão, nós dois praticamente aprendemos a tocar juntos
tocando violão na rua e aprendendo com revistinhas de música, internet e tudo
mais... Mais tarde eu comprei uma guitarra e ele passou a aprender mais com o
irmão (Anselmo – baixista dos INOCENTES) e usar o baixo dele. De lá pra cá
trocamos vários integrantes sempre por necessidades de conciliarmos as
necessidades da vida com o sonho da música, isso atrapalhou bastante a banda
por um tempo, pois cada nova troca se reaprendiam as músicas e se readaptavam
as ideias e estilo musical, por outro lado isso sempre trouxe muitas novidades
e um repertório criativo novo que alimentaram as composições durante essa
década. Já tocamos em inúmeras casas e também em vários festivais, dos lugares
mais simples até as principais casas de São Paulo, a vida na música tem de tudo
em cada momento. A formação atual tem em torno de dois anos com o Jimmi na
guitarra e o Nicolas na bateria, ela foi formada na época em que estávamos em
gravação do álbum. Antes deste álbum nós lançamos dois EPs que contém as
primeiras versões de algumas músicas q estão nesse álbum. Apesar de ser um dèbút ele também acaba sendo um
compilado de nossas melhores canções desses 10 anos, mas com as canções
repaginadas e outras inéditas.
T.S.: Vemos na sonoridade que a banda não se prende a nenhum estilo
ou rótulo. Mas também percebemos algumas influências daquele TITÃS da época do
“Titanomaquia”, TIJUANA, PLANET HEMP etc... Falem de suas influências mais
fortes.
Punk: Não
nos prendemos a nenhum estilo, mas no início nossa maior influência era o RATM.
Kbça: Acho muito difícil
definir ‘influências da banda’ acho que cada um aqui tem várias influências
pessoais e algumas acabam sendo em comum entre nós. Realmente, por conta da
sonoridade em algumas músicas que gostamos de um ‘funkeado’ e por conta da postura sonora e da linha de voz nos
comparam muito com RATM. É uma das minhas bandas prediletas, mas eu me alimento
de uma gama enorme de bandas de Rock de variados estilos dentro e fora do Rock,
acho que todos aqui também. Eu gosto muito de ouvir e admirar cada banda em sua
proposta e algumas me chamam mais atenção outras não. Isso que você falou do TITÃS
pode ser mesmo verdade porque eu sou muito fã da banda pelo que ela produziu
nos tempos áureos, assim como o Rock dos anos 90 de TIJUANA,
PLANET HEMP, CHARLIE BROWN JR, RAIMUNDOS, etc... fizeram parte da minha
formação também. Mas todas essas influências acabam se revelando nas nossas
canções de forma bem inconsciente e natural, nós simplesmente fazemos a música
do jeito que cada canção se apresenta na sua melhor sonoridade, não buscamos
adaptar ou usar essas ou aquelas características que define um estilo. Somamos
ideias e influências particulares e depois vemos no que deu.
Jimmi: Tive durante toda
minha estrada como guitarrista, as influências que quase todos os guitarristas
seguem: HENDRIX, ANGUS YOUNG, JIMMY PAGE... E até mesmo influência de
guitarrista nacional que é o caso do KIKO LOUREIRO. Hoje em dia sigo uma dinâmica baseada no som
de três guitarristas: Gutrhie Govan (THE ARISTOCRATS), JASON BECKER que, na
minha opinião, compôs obras incríveis provando ser o maior maestro da guitarra
de todos os tempos e um garoto chamado DALIF ALIH, que grava vídeos no You Tube
e tem a melodia mais expressiva que já vi em todos os anos de música, não muito
técnico, mas de uma expressão incrível.
Nicolas: Além
das bandas citadas tenho como influência LEGIÃO URBANA, FOO FIGHTERS e DEAD
FISH Sem preconceito com estilo musical eu tento misturar do Rock mais calmo ao
Rock mais pesado nas baterias.
T.S.: A banda demorou muito tempo pra lançar seu primeiro disco, muito
mais do que o usual do novo século que, com tantas facilidades, muitas bandas
não levam mais que dois anos pra lançarem seu primeiro álbum, outras já saem
lançando sem nem ter tempo de estrada. Explique melhor a linha de trabalho do
GUERRILHA.
Punk: Demoramos
muito sim, falta de grana e também optar por não fazer um lançamento meia boca.
Acredito que veio na hora certa com o time certo e uma banda madura.
Kbça: Hoje em dia é
verdade, ficou bem mais fácil fazer gravações de alta qualidade, mas a 10 anos
atrás não era bem assim, você até gravava, como nós fizemos, mas não era em um
nível profissional sem se gastar uma grana considerada. Nós não somos uma
galera de classe-média alta que tinha vontade de ‘ficar famosinho’ como muitas
bandas que surgiram nos anos 2000, nós tínhamos nossas ideias e vontade de
conta-las, mas não tínhamos condição de bancar a nossa carreira da forma mais
proveitosa possível, tínhamos ótimas canções e não queríamos queimá-las
gravando de qualquer jeito - dentro do que era possível – só por gravar. Acho
que agora o momento foi propício e tudo confluiu de forma a facilitar que
fizéssemos nosso álbum com a sonoridade na melhor maneira possível que
alcançamos, continuamos sem grana, mas agora as tecnologias, a cena, os espaços
de divulgação e consumo da música tudo mudou e nos facilitou.
T.S.: As letras deixam bem claro que a banda não veio pra brincadeira
nem pra ser a mais nova queridinha da mídia, visto que não tem papas na língua
nem censura no que dizem, são conscientemente politizados e revoltados com a
situação vergonhosa da nossa situação sócio política.
Punk: Sim.
Kbça: Isso é uma pergunta? rsrsrs
Jimmi: vergonha e pouco.
Nicolas: Você disse tudo.
T.S.: A canção ’13-JUN-13’ versa sobre as primeiras passeatas da era
moderna, do povo contra o governo vigente. Em 2013 no começo das revoltas
sociais os membros da banda estavam nas ruas também? Qual a opinião sincera de
vocês sobre a ação dos Black-blocs na
época?
Kbça: Eu estava mano. Acompanhei as manifestações organizadas pelo
Passe-livre desde as primeiras, teve aquela que teve uma repressão absurda e
que gerou toda a comoção que unida com a insatisfação geral levou a galera toda
pra ruas depois. Inclusive o single da música ‘Guerrilha’ que abre nosso CD - a
primeira música finalizada do álbum - e que foi lançada em 2014 com um clipe
que tem as cenas dessas manifestações. Eu encontrei o Vitor Miranda – diretor
do clipe – no meio da pancadaria do dia 13 de junho, já o conhecia e também o
seu trabalho, então ali mesmo, meio que no sufoco, combinamos que iríamos usar
as imagens que ele estava captando para um documentário, em um clipe da GUERRILHA.
Ficou bem legal o resultado final, dá uma conferida! Quanto aos black-blocs eu acho as ações do Choque (polícia paulista) mil vezes pior
em violência e destruição do que qualquer black-bloc.
T.S.: Vocês acham justo o povo agir pacificamente nos protestos
enquanto a classe política/policial deste país praticamente estupra e violenta
o povo diariamente, digo, quebrar uma vitrine de banco é errado quando o banco
quebra uma família por hora nesse país desde sempre?
Punk:
É meio conflitante, às vezes eu não acho protesto se mostra com consciência e
não com vandalismo, temos outras formas de quebrar o sistema sem despedaçar uma
vidraça sequer, às vezes eu acho que tem que quebrar tudo mesmo, sei lá.
Jimmi: Eu sempre tive uma
opinião muito particular nessa questão. Eu sempre achei que se você quer um
ambiente justo, o primeiro passo começa pelo seu. Do que adianta cobrar uma
política com leis e interesses mais justos, quando nós mesmos agimos de forma
incorreta. Isso não faz muito sentido pra mim. Aprendi e cresci assim. E antes
que começasse essa era terrível de ‘mimimi’,
quando criança sempre que eu andasse "fora da lei dos meus pais" ,
tomava uma surra da porra! Não que seja
a forma correta, mas dentre surras, conselhos e boa educação, graças a meus
pais, sei o quê não se deve e o que não deve cobrar.
Nicolas:
Violência só trás violência, se nós agirmos com violência a determinada pessoa
ou situação é como se estivéssemos nos rebaixando ao nível dos agressores.
Kbça: Cara eu quero mais é que se foda! Eu acho pouco o que os black-blocs fazem. Acaba sendo um ato
muito mais simbólico contra o que as pessoas tomam por valor e poder na
sociedade, quando se quebra uma vidraça de uma agencia bancária você não está
arruinando um banco, na verdade nem afeta em nada. É uma ‘violência branca’, sem vítimas. Violência de verdade é a que mata
as pessoas aos poucos e sufoca as oportunidades de vida por conta da má
política, ou então as ações de extermínio e humilhação que a polícia promove
nas periferias, isso sim tem que ser levado a sério. A mídia nossa é violenta,
excludente e manipuladora faz uma narrativa horrorizada quando as coisas afetam
a ela e sua classe e ignora ou distorce tudo quando a violência a ser mostrada
é contra os pobres, se alguma pessoa fica mais indignada quando vê uma vidraça
sendo quebrada do que quando vê policiais agredindo pessoas numa manifestação,
então essa pessoa precisa rever seus conceitos, porque sua humanidade se
esgotou.
T.S.: ‘Groove da Pesada’ tem aquele mix demonizado por muitos de
PUNK/RAP na participação de Flip da ZERO REAL MARGINAL, mas sustenta a essência
do Underground plantada na letra e
atitude. Até que ponto vocês acham que o radicalismo sonoro de muitos prejudica
a sustentação dos pilares de uma cena verdadeiramente Underground?
Kbça: Essa é uma pergunta complexa... Eu gosto da mistura quando ela é
bem feita e flui natural e não de forma forçada só pra parecer ‘diferentão’ e chamar atenção como se
isso por si só garantisse qualidade de algo. Eu vejo umas bandas soando esquisita,
misturando umas coisas nada a ver, sem proposta só porque acham que o ‘esquisitóide’ é genial. Não acho assim,
a musicalidade é que conta, não é fácil ser ZAPPA, TOM ZÉ ou RADIOHEAD. Mas em
relação a essa postura de sectarizar os estilos é uma besteira, porque o que
tem que estar em sintonia é a proposta da mensagem e não o ritmo, isso pode ser
rearranjado o tempo todo, você pode cantar a mesma musica em qualquer rítmica.
O diálogo é sempre positivo e traz frutos, um lado aprende com o outro e todos
saem ganhando, ainda mais no Underground
em que a cena depende justamente do engajamento dos artistas e público. O Flip
nós chamamos porque já era nosso ‘brother’
de tempos de tocarmos juntos, agora ele tá fazendo Rap, mas já cantou muito Rock
também, então foi algo bem natural de identificação no que passamos e dizemos
em nossa música.
T.S.:A arte que embala o produto sonoro de vocês é outro ponto de
destaque. Com um digipack
verdadeiramente luxuoso com uma ilustração caótica e um encarte grande que se desdobra
em uma espécie de pôster, dá pra ver que a banda investiu ($) pesado nisso.
Falem mais sobre o contexto por trás da obra e o artista responsável por tal.
Kbça: Então, este é outro ponto que fizemos questão de ter um cuidado
especial. Como eu disse, sabíamos que quando tivéssemos que lançar o álbum ele
teria que ficar da melhor maneira possível. O Luís do estúdio Lanterna Mágica –
que é o artista responsável pela ilustração do encarte – já conhecia e gostava
muito das músicas da banda, ele mesmo já havia se oferecido para o trabalho.
Então quando procurei o Luís, eu tinha a concepção da capa, mas não fazia ideia
de como explicar as ideias a ponto de serem vislumbradas em imagem. Com muita
paciência e talento o Luís soube captar a essência da coisa e surpreendeu
demais com o resultado final, tínhamos um ótimo material de gravação, depois de
uma década estávamos com um álbum gravado na melhor qualidade possível e com as
canções muito bem feitas, então esse álbum merecia também o melhor material gráfico
possível que o acompanhasse, mesmo nos apertando ao máximo, não poupamos nesse
quesito.
T.S.: A banda aproveita bem a internet
pra espalhar seu recado, estão em praticamente todas as plataformas, além do
material físico. Isso é uma tendência natural da nova década, mas, muita gente
não sabe trabalhar essas ferramentas, vejo pelas resenhas que faço, sempre
aviso as bandas e assessorias responsáveis quando vai pro ar. Em poucas horas
percebo quem trabalha mesmo, com o número de visualizações da matéria, crescendo
ou não. Tem bandas que mesmo sem assessores explodem em visualizações em poucas
horas após postada a matéria enquanto outras que tem assessorias e tal empacam
em poucas visitas durante muitos meses seguintes. Eu quero saber como vocês
trabalham todas essas plataformas pra espalharem suas mensagens, pois não é
difícil, mas é uma questão de estratégia bem planejada.
Punk: Aos
poucos estamos apendendo a trabalhar com a internet, mas a saga de ‘likes’, ‘views’ e todo esse
"sucesso virtual" é demorado, mas estamos no caminho. Não temos uma
equipe pra isso, é tudo programado entre nós mesmos e pau na máquina, tem muita
coisa que rola com o antigo boca a boca, (através da internet) alguém vê uma
matéria, vai procurar o som, curte e já indica pra alguma resenha, entrevista,
show etc... e por aí vai.
T.S.: Pra finalizar deixem as mensagens finais aí e os canais de
contato com a banda para conhecerem seus trabalhos e adquirirem seus materiais.
Kbça: Eu quero agradecer
muito pelo espaço e pelas ótimas perguntas que nos deram oportunidade de expor
um pouco mais sobre nós em assuntos que vão além apenas da música tocada,
espero que tenha sido satisfatório pra vocês e pros leitores. Peço pra
acompanharem a GUERRILHA pelo Facebook e pelo site e demais redes sociais. O
novo está aí pelo Underground e tem
muita coisa variada e de qualidade, saiam de suas casas pra ouvir música para
além dos fones de ouvido!
Nicolas: Queria
agradecer a todo pessoal que escuta o som, os parceiros e a própria banda por
estar me dando essa oportunidade de poder acompanhar eles nessa jornada.
GUERRILHA: Kbça – voz, Jimmi – guitarra, Punk – baixo, Nicolas -
bateria
BANDA: GUERRILHA
DISCO: “Sangue, Lágrima e Suor”
ANO: (2016)
FAIXAS:
1. Guerrilha
2. A
Culpa é de Vocês
3. Tráfico
de Influências
4. Fora
do Eixo
5. Groove
da Pesada
6. Vida
de Cão
7. 13 –
JUN – 13
8. Receba
e Processe
9. Rota
de Fuga
10. Falsos
Valores
11. Hein!?
12. Lembranças
No começo dos
anos 2000 surgiu uma tendência (eu achava que era modinha mesmo) que as bandas
não queriam ter rótulos, não queriam admitir um estilo próprio e ficavam
atirando pra todo lado fazendo aquelas misturebas chatas e sem sentido, era a
época das ‘no rotulation’, pois bem, ótimo que aquilo passou rápido, as bandas
eram horríveis ou, no mínimo, chatas. Agora me cai nas mãos um disco de uma
banda, que, pelo meus cálculos, surgiu em seguida a essa geração perdida e traz
um disco que mostra não pertencer a nenhuma rotulação específica, mas ouvindo
seu disco como um todo percebemos que não é aquele tipo de situação, eles sabem
o que querem de verdade e é experimentar, é criar o som característico deles. O
bagulho não é desprovido de personalidade como aquele que citei antes, o que a
GUERRILHA faz é encharcado de personalidade e opinião própria, o que me deixou
impressionado sim.
Eu percebo aqui e
acolá uma pitada de anos 2000 sim, um pouco daquele TIJUANA mais porra-louca,
daquele TITÃS da fase “Titanomaquia”, dum PLANET HEMP sem falar sobre maconha e
por aí vai.
As letras são um
capítulo à parte, daqui há 20 anos poderiam ser citadas em livros de história
para ilustrar a situação que o Brasil vivia nos dias de hoje. A banda não é
Punk, mas bem que poderia ser, tanto que transita com certa liberdade na cena,
tendo dividido os palcos com várias bandas de peso e nome da cena Punk
tradicional.
A arte visual
então, nem se fala, investiram pesado na obra que embala seu som. Um digipack
que podemos chamar sim de ‘luxo’, com um encarte que se desdobra numa espécie
de pôster, totalmente trabalhado á mão, com todas as informações e letras que é
necessário numa obra completa, valorizo muito isso.
Você deve estar
achando essa resenha até maçante de tantos elogios que estou proferindo, mas
fazer o quê? Os caras são bons mesmo no que se propuseram a fazer!
Só espero que
essa banda não se perca pelo caminho, sem fique como ‘nota de rodapé’ na
estória do nosso ROCK, que eles cresçam e evoluam na carreira, se tornando um
dos pilares do som futuro do Underground brasileiro, pois de bandas boas que
ficam em um só lançamento, minhas prateleiras estão cheias.
https://soundcloud.com/bandaguerrilha
Agora você poderá ganhar o CD dos caras, curtindo a página da Toca do Shark no Facebook, divulgando na sua timeline o link da entrevista com eles e clicando aqui em Sorteie.Me (https://www.facebook.com/toca.do.shark/?sk=app_154246121296652&app_data=%https://www.facebook.com/toca.do.shark/?sk=app_154246121296652&app_data=%7B%22id%22%3A595130%7D)
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