quarta-feira, 26 de junho de 2019




   Quando cheguei em Joinville/SC para a segunda edição do  “Armageddon Metal Fest” logo me deparei com uma banda furiosa no palco, com sangue de palco mesmo, um Power trio barulhento na melhor definição que esta palavra possa ter, era o VIOLENT CURSE de São Bento do Sul/SC. Fiquei tão ‘de cara’ que logo pensei, preciso entrevistar esses caras e foi o que fiz logo em seguida, mesmo que isso tenha me custado não ver a segunda banda do festival. Ossos do ofício à parte, a banda estava disposta na sala de imprensa logo em seguida descer do palco em postura super profissional e tanto a TOCA DO SHARK como os camaradas do “Heavy Metal Online” (http://heavymetalonline.com.br/) como do “Underground Extremo” (http://www.undergroundextremo.com) tratamos de logo garantir nossas rápidas palavras com a banda.
    Então, à seguir uma curta entrevista com a VIOLENT CURSE e uma resenha de seu primeiro EP “Total Extermínio” lançado em 2016

    TOCA DO SHARK: Como é a primeira vez que travo contato com a banda, creio que também seja para tantos outros leitores nossos, então se vocês puderem apresentar a banda de maneira resumida seria um bom começo.
 NETO ROTHBARTH: A VIOLENT CURSE se formou em 2011 e se firmou como Power trio com Lucas Cruz (bt), Peter Fragoso (g/v) e eu no baixo.

 T.S.: Vocês praticam um Speed Metal nos antigos moldes blasfemos e virulentos dos anos 80, uma época em que toda forma de se consumir música era diferente, existiam revistas impressas, fanzines, LP’s, CD’s com encartes gigantes com fotos e letras e hoje em dia é tudo bem virtual, streaming, webradios, sites, etc... Quais as estratégias da banda para atingir esse público atual que não ouve um álbum inteiro?
LUCAS CRUZ: O primeiro contato nosso com o Heavy Metal foi com tudo impresso e formatos físicos como você bem destacou. As nossas estratégias são produzir materiais curtos, EP’s, demos com no máximo 5 faixas, pois temos consciência de que hoje em dia quase ninguém, nem da nossa idade, vai ouvir um álbum de 40 minutos, tudo está muito centralizado em redes sociais e esse tipo de coisa.
Lucas Cruz (bateria), Peter Fragoso (guitarra e voz), Neto Rothbarth (baixo)
(Foto: Elvis Lozeiko)
PETER FRAGOSO: Sem contar que sai mais barato o material físico com 5 faixas né? Mas sempre iremos colocar nossos trabalhos nas mídias sociais e todas as plataformas possíveis, porque você vai gravar em CD ou LP mas vão te perguntar se tem MP3 pra ouvir, salvo raras exceções que querem viver a essência da coisa, pegar a capinha, os encartes pra acompanhar, mas é um mundo louco hoje em dia, vivem e consomem o que não existe. É tudo virtual! L.C.: É uma lâmina de dois gumes, porque facilita pra gente atingir público em qualquer parte do país e do mundo, sem barreiras geográficas e financeiras, mas por outro lado limita um pouco e impede a cena de crescer, porque o cara deixa de sair de casa e ir num show, conviver com o público, interagir num show da banda porque se acomodou ali na casa dele curtindo tudo pela web e os shows vão minguando. É uma questão que tem que evoluir ainda, estamos passando por um momento de transição, enquanto isso vamos tentando atingir aquela galera que ainda preza por valorizar as raízes do convívio Heavy Metal mesmo.
(Foto by Kaká Gomes)
T.S.: Quais serão as próximos passos da banda pra esse resto de 2019?
L.C.: Acabamos de gravar um EP full, mas o que pesa sempre é o lado financeiro, pois mesmo um EPzinho curto sai caro pra gente gravar e produzir, mesmo assim vamos lançar e assim que começarem os contatos fora do país iremos se jogar pra lá porque é o nosso objetivo, temos um som muito característico e, como diz um amigo nosso de Rio Negrinho/SC, o Metal da América Latina deixa o Metal europeu no chinelo. Sabemos que temos muito território pra conquistar, mas é uma coisa que requer tempo e investimento.
P.F.: Nós temos 8 anos de estrada e nunca largamos isso aí. Pra gente tocar em grandes festivais daqui (SC) como o ARMAGEDDON FESTIVAL é uma grande conquista, uma puta honra que conquistamos aos trancos e barrancos, mas chegamos até aqui e queremos ir adiante sim, tocamos no METAL MANIACS, OTACÍLIO FEST de Santa Catarina, esse estado é foda em matéria de festivais, só festival fudido mesmo, estrutura gigante cheia de Headbangers, uma irmandade mesmo.
(Foto: Kaká Gomes)

Veja como foi a apresentação da banda no citado “Armageddon Metal Fest” no link:



BANDA: VIOLENT CURSE
DISCO: “Total Extermínio”
ANO: 2016
SELO: Antichrist Hooligans/ Independente
1.  FAIXAS: Submundo/
2.  Ritual Maldito/
3.  Total Extermínio/
4.  Orgias Bestiais/
5.  Eterna Prisão/

    Essa eterna escola oitentista de Speed Metal blasfemo nunca envelhece. A prova disso é o número de bandas que surgiram na última década praticando esse estilo violento de expressão.
    Aqui temos um bom exemplo vindo de Santa Catarina, VIOLENT CURSE, formada em 2011 a banda é um Power trio formado por Peter Fragoso (guitarra/vocal), Lucas Cruz (bateria) e Neto Rothbarth (baixo/ backing vocals), lançaram esse EP com cinco faixas em 2016 (paralelo a sua participação no grande festival “Maniacs Metal Meeting”) e desde então vêem tocando no circuito underground desde pequenos redutos até grandes festivais, sempre espalhando blasfêmias em formato de Metal rápido e furioso, bem na escola de veteranos como IRON ANGEL e VULCANO entre outros.
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